Um Admirável Mundo Novo

13

Após o desastre com a tentativa de transformar o gelo de volta em água, a sessão de treinamento de Harry realmente correu muito bem. Ficou claro que ele não possuía a habilidade para isso como tinha para magia do fogo ou do ar, mas ele tinha uma quantidade impressionante de poder, se não precisão. Severus assegurou-lhe que este era frequentemente o caso quando se tratava de Magia de Água, devido à sua natureza tempestuosa e mutável, e que com a prática sem dúvida melhoraria.

Apesar de encharcá-lo, Severus de fato deixou Harry realizar a Transferência Aérea no final da sessão. Tinha sido diferente da vez anterior, embora não menos agradável. Harry ainda se sentiu completamente exultante depois, mas se sentiu mais no controle, mais forte do que distraído. Ele sentiu a energia percorrer seu corpo, sentiu-a se misturando com a sua, dando-lhe poder. Foi uma sensação maravilhosa e um pouco estranha, que Harry se deleitou. Eles voltaram para as masmorras mais tarde naquela noite, Harry ainda no topo do mundo, Severus apenas deixando-o continuar enquanto olhava para o garoto com leve diversão.

Harry estava esparramado no sofá, sua cabeça praticamente pendendo para fora, um tipo de sorriso engraçado em seus lábios. Severus estava sentado em uma das poltronas, examinando vários artigos de poções que haviam chegado para ele naquela manhã. "Você vai cair do sofá se não tomar cuidado," ele alertou enquanto Harry se espreguiçava como um gato.

"Mm, eu duvido que notaria," Harry respondeu, ainda deleitando-se com os efeitos da transferência. "Honestamente, você tem que tentar isso, é fantástico."

"Como eu disse antes, um drogado na família é o suficiente," Severus respondeu. "Você não tem nenhum trabalho a fazer?"

"Nada disso vai ser feito esta noite," Harry respondeu alegremente. "Por que você não para de trabalhar de uma vez?"

"E fazer o que, em vez disso, diga?"

Harry deu de ombros e olhou para o homem, dizendo: "Eu não sei, o que você quiser. Seja o que for."

"Você continua tagarelando."

Harry sorriu e respondeu, "É parte do meu charme; não negue que é uma qualidade cativante."

Severus apenas levantou uma sobrancelha cético, mas Harry notou que ele não havia discutido ou respondido com algum comentário mordaz, na verdade era raro hoje em dia que Severus dissesse algo excessivamente negativo para ele.

Harry voltou à sua posição relaxada e afundou no confortável sofá, grato, não pela primeira vez, por Severus ter tanto bom gosto para móveis. Ele estava cochilando alegremente quando uma batida forte na porta o acordou. Ele manteve os olhos fechados ao ouvir Severus mover-se para atender, e só os abriu quando ouviu Severus dizer: "Sr. Weasley, o que você está fazendo aqui?"

"Rony?" Harry disse, sentando-se e olhando por cima do sofá para seu amigo.

"Olá, Harry. Desculpe incomodá-lo, professor," disse Ron enquanto entrava na sala enquanto Severus se afastava, "mas tive más notícias, infelizmente."

"O que foi? O que há de errado?" perguntou Harry, saindo do sofá e indo até onde Severus e Ron estavam.

"É o Sr. Malfoy. Ele está no St. Mungus, em coma. Ele foi atacado durante uma missão para a Ordem. Draco está se preparando para ir ao hospital, eu disse que viria e contaria a você."

"Merlin, Draco está bem?"

"Ele está abalado, compreensivelmente. Eu acho que ele ainda está em estado de choque para ser honesto. Você vai contar ao Professor Dumbledore, senhor?" Ron perguntou a Severus, que assentiu em resposta. "Obrigado. Vou levar Draco ao ponto de aparatação, a mãe dele quer que ele esteja lá o mais rápido possível. Acho que ele gostaria que você estivesse lá também, senhor, acho que ele precisa de todo o apoio que conseguir ."