6- conversa

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POV BECK

Após ter saído do banheiro peguei um Uber pra ir pra casa do Derick, não suportava o clima sombrio em minha casa.

Enquanto estava no Uber pensei nas palavras de Freen. Será que ela tinha razão ? Que cheiro a gente esnobe ? Eu nunca fui muito simpática, mas esnobe ? - neguei com a cabeça por pensar no que aquela idiota falou-

Chegando na casa do Derick, bati na porta de sua casa e ele prontamente abriu me dando um selinho.

- tudo bem, vida ?
- não pareço está bem ?
- sei lá, tá estranha. Aconteceu algo ?
- não! Posso dormir aqui ?
A mãe de Derick aparece do nada dizendo que não, que era pra mim voltar pra casa. Sentia que minha sogra não gostava de mim, então apenas assenti e pedi outro Uber pra pra casa.

Sem mais delongas, tomei meu banho e fui dormir. Espero que amanhã seja melhor.

No dia seguinte

Fui trabalhar como sempre mas dessa vez Nam chegou no mesmo horário que eu. - Becky- falou num tom intrigante
- oi ?
- hoje é confraternização da loja, tá afim de ir?
- ah não, obrigada. Não curto festas.
- você precisa aprender a se divertir, garota.

Depois de tanta insistência decidi ir, iria começar às 19:00 numa boate.

O resto do dia passou rápido, e então comecei a me arrumar pra ir a tal festa. Ainda de toalha no quarto, resolvi vestir uma saia de couro acima do joelho e uma blusa que mostrava um pouco minha barriga.

Quando fui abrir a porta ouvi uma voz falar - vai sair, Becky ?"
- só uma festa lá da loja com o pessoal, mãe.
- hum, volte cedo!
- ok.

Minha mãe estava num estado péssimo mas não tínhamos intimidade pra falar sobre dores e tals. Então eu só me preocupava calada, nem questionava.

Cheguei no endereço que me mandaram e pra minha decepção, era um bar. Eu odiava lugar barulhento, cheio de gente e ainda por cima esse nível de lugar.

Procurei minhas colegas no local e vi elas na mesa mais próxima da pista de dança, aquilo me irritou pois sabia que seria mais barulho. Porém, tentei manter o disfarce de simpatia e cumprimentei Heid, Irin e Nam.
- ganhei a aposta- Nam falou contente-
- eu achava mesmo que ela não viria- Irin falou contente também -
- já eu desejava que ela não viesse -Heide falou já meio alta - ignorei suas palavras. Nunca liguei pra suas ofensas sóbria, imagine bêbada.

Tentando me conectar ao assunto que não me importava nenhum pouco, por um momento todos paramos ao ver uma garota vestida com um vestido preto na coxa e um tênis. Mesmo de forma tão simples, ela era interessante e nem dava pra não notar.

- FREEN! - Heidy gritou e logo ela veio em direção -
- oi Heidy, conhecidência kk.
- quem sabe destino - falou ousada - tá afim de beber com a gente?
Nesse momento Freen olhou pra mim com um olhar receoso mas aceitou.

2 horas se passaram e todos a mesa já estavam altos demais, principalmente Freen, percebi que ela bebia como se não houvesse amanhã.

- Becky, você vai criar um peixe nessa taça de champanhe? - Nam perguntou me fitando-
- não sou muito de beber, não acho saudável.
- jeito chato, personalidade chata, óbvio que tem uma opinião chata também- falou Freen num tom de sarcasmo -
- antes chata do que uma inconsequente louca.
- chega vocês duas! Parecem crianças - Nam falou irritada
- tem razão. Isso não levará a nada, estou perdendo meu tempo, vou pra casa.
- a quê isso Beck, não concordo com o jeito da Freen te tratar mas você precisa tentar relaxar um pouco. Bebe um pouco, só tenta pra vê se relaxa, se não der certo, não insisto mais, prometo. - falou Irin
- nada vai mudar mas como você é uma das poucas educadas aqui, irei apenas tentar

Não demorou muito tempo pra Becky se render a tomar quase o litro de champanhe inteiro, talvez por já está triste, talvez por está de saco cheio de lidar com os deboches de Freen, talvez por saber que sua situação em casa estava ruim e que sua sogra a odiava... Quem sabe talvez por tudo junto e misturado.

Becky não se sentia em seu normal estado, mas não estava incomodada, ao contrário, estava aliviada. Mas queria ligar pra Derick pra saber dele, então pediu licença e foi ao jardim do restaurante.

Ligou, ligou mas nada de atender. Bom, já era de madrugada, talvez estivesse dormindo pois afinal tinha aula.
Cansada, embriagada e frustada se sentou ali no chão mesmo e começou a pensar na vida quase chorando, até perceber um cheiro horrível de cigarro se aproximando do seu lado. Sabia quem era e fez questão de levantar.
- tá indo embora? - perguntou Freen
- sim, se sua presença incomoda por si só, seu cigarro é um aliado e tanto.

tentou se levantar mas pendeu por não conseguir sustentar seu corpo direito e logo foi apoiada por uma Freen prestativa que segurava seu braço e sua cintura. Ela estava apoiada em Freen porém um pouco com as costas ainda arqueada pelo fato de ambas terem quase o mesmo tamanho e físico e Freen não conseguir deixar ela ereta totalmente. Inusitadamente Freen apontou para o decote de Becky sem olhar, apenas apontando em direção com o dedo, Becky sem entender olhou para a direção e viu seu peito quase a mostra por causa do decote. Talvez por conta da embriaguez ou somente por notar que Freen não era ousada como de costume, pelo contrário, parecia tímida. Ela sorriu, e se endireitou tomando centímetros de distância de Freen mas não ajeitou o decote.

Logo lhe veio uma vontade de brincar com a timidez que ainda não conhecia de Freen.
- te incomoda - perguntou-a fitando nos olhos
Freen pareceu levemente incomodada e mesmo parecendo relutante apenas ajeitou rapidamente o decote de Becky sem tocar muito ou demorar mais de 3 segundos.
- você quer ser estuprada indo pra casa ?
Beck se sentiu meio sem jeito e até mal com essa pergunta, então simplesmente respondeu ríspida antes de bater o pé dali.
- vou pra onde eu quiser e do jeito que eu quiser.
- do jeito que você tá eu não posso simplesmente te deixar sozinha - falou Freen a seguindo.

Beck continuou correndo até cair na grama de novo.
- viu ? Você não tem jeito. - falou estendendo as mãos....
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Continua ...

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