~Hannah Arendelle
Sabe aquela sensação de angústia?onde o coração começa a acelerar, a fome passa,a vontade de vomitar aumenta, o sono some,a boca seca,o corpo começa a tremer, a barriga começa a doer, as mãos e pés começa a formigar e o desespero aparece quando você percebe que esta tendo uma crise de ansiedade, na verdade mais uma crise de ansiedadeMas ai você lembra que já está acostumada com essa sensação e a única reação que tem é se trancar no banheiro e se jogar no chão deixando as lágrimas quente cair desesperadamente enquanto tenta de tudo para abafar o som do seus soluço que saia sem a sua permissão
Me levantei do chão quando conseguir me acalmar, Me encarei no espelho e vi aquela pessoa no reflexo.
Quem era eu? Eu não me reconhecia.
Meus cabelos estava bagunçados, Minha maquiagem borrada e meu rosto sem expressão.
Se passava mil coisas em minha mente, mas nenhuma delas era a resposta que eu precisava.
Tirei minha roupa ficando completamente nua na frente do espelho, encarava meu corpo tentando entender oque estava acontecendo.
Marcas e cicatriz espalhadas por onde meu olho alcançava, eu sabia que aquilo para mim significava que eu venci. Venci mais uma batalha em minha vida onde eu quase deixei a depressão me dominar, onde eu quase desisti de lutar , onde eu quase matei a mim mesma.
Caminhei para o box e liguei o chuveiro deixando a água fria cair sobre meu corpo, abaixei a cabeça e me vi ali perdida novamente em meus pensamentos.
Senti quando meus dedos ficaram enrrugados e percebi que me desliguei novamente do mundo em minha volta.
Sair do chuveiro e caminhei para meu quarto, procurei meu roupão e quando achei o vesti.
Olhei para o chão molhado de água, bebida barata e o líquido gástrico.
Sinceramente não me importei com nada, olhei no relógio e era sete da manhã, caminhei para o closet e peguei uma roupa que me deixasse bonita o suficiente para ninguém notar que sou uma fudida desgraçada.
Me vesti e fui até a penteadeira onde arrumei meus longos cabelos negros e fiz uma maquiagem para esconder minha cara de morta.
Caminhei para fora do quarto e comecei a descer as escadas.
— Bom dia - falei quando finalmente cheguei na cozinha para tomar café.
— Bom dia minha linda, está perfeita como sempre. - disse mamãe com um sorriso lindo onde mostrava todos os seus dentes brancos e alinhados.
Estranhei seu comportamento.
— Bom dia querida. - papai desejou sem tirar os olhos dos jornais.
— Bom dia pirralha. - Jacob, meu irmão mais velho disse com um sorriso brincalhão.
Me sentei e me servir com uma xícara de café.
Eu odeio café!
Dei o primeiro gole e me forcei a engoli aquele líquido horrível.
— Vamos nos mudar. - Papai disse me olhando estranho.
E com essa notícia meu irmão engasgou com o suco de laranja me fazendo automaticamente me engasgar com o café.
No momento eu não sabia se torcia ou se ria do desespero do nossos pais em tentar nos ajudar.
— Mudar? Mudar para onde? - perguntou Jacob quando conseguiu se acalmar.
— Las Vegas. - falou Alessandro novamente.
— Mon Dieu. - sussurrei.
— A cidade do pecado?. - Jacob perguntou animado.
Ele não está bravo?.
Quem não estaria bravo?.
Eu estou brava!.
— Como? Onde? Por que? Quando? - perguntas frenéticas saiam sem minha permissão.
— Já dominamos toda a França, a cidade é toda dos Miller e Arendelle, precisamos nos mudar para construir um novo legado e aumentar nosso poder. - mamãe respondeu.
Ava Miller Arendelle e Alessandre Arendelle são dois grandes empresários.
Os Miller e Arendelle são as famílias mais ricas da França, os dois juntos são basicamente o poder em pessoa.
Temos dinheiro para sustentar até a nossa última geração mas ainda sim não é suficiente.
— Iremos amanhã, se despedem de quem tem que se despedir e arrume suas coisas. - Papai disse saindo da mesa.
— Iremos dar uma entrevista amanhã antes de irmos, se preparem e por favor não falem alguma coisa que nós prejudique - mamãe disse saindo da mesa.
— Chienne. - sussurrei outro xingamento.
— Não precisa chamar a nossa mãe de vadia Hannah, não faça todo esse show, nem é tudo isso.
— Nem é tudo isso?, Jacob nós nascemos aqui. - falei entrando em um surto.
Aqui eu tenho fãs e pessoas que me admiram, por mais que por trás possa existe uma grande porcentagem de interesse, ainda sim eles são capazes de fazer tudo por mim.
Como vou ir para outro país onde literalmente vou ter que construir tudo de novo?.
Sabe o quanto é difícil dizer um simples "oi"?.
Caralho,só em pensar em me socializar novamente, eu entro em pânico.
— Va au diable. -desejei saindo da mesa.
Continua...