amores, vícios e obsessões ─ BAXTER ✰ 𝐒𝐔𝐑𝐕𝐈𝐕𝐈𝐍𝐆 𝐒𝐔𝐌𝐌𝐄𝐑

𝟎𝟓 - 𝐀 𝐅𝐄𝐒𝐓𝐀: 𝗉𝖺𝗋𝗍𝖾 𝟤.

CRYSTAL

— Solta ela. – Olhei para a porta e vi Marlon com os olhos semicerrados para Griff que na mesma hora me soltou e olhou para ele.

— Cacete, hein, Marlon. Já não basta a Poppy até a brasileira você quer agora? – Griff foi indo na direção de Marlon.

Pisquei e quando olhei Marlon tinha empurrado Griff contra a geladeira.

— Ela é minha irmã, seu cuzão. – Marlon deu um soco no rosto de Griff.

Eles começaram a brigar e eu não sabia o que fazer, só gritei para que os dois parassem e felizmente alguém chegou para separar eles, Bax.

— EI, CHEGA! – Bax segurou Marlon que gritava com Griff que estava com a boca cortada.

Griff pegou um gelo na geladeira e saiu andando enquanto xingava Marlon de todos os nomes possíveis.

— Que inferno! – Marlon gritou e olhou para mim. — Eu falei para tomar cuidado, porra! Não quero ter que ficar cuidando de você.

Eu ri sem humor e num tom indignada, comecei a discutir com o garoto.

— Cuidando se mim? – Ri mais uma vez sem humor e falando gritando, no mesmo tom
que ele falou comigo. — Vai se fuder, Marlon. Você não cansa de ser um babaca comigo, não?

— Eu que 'to sendo um babaca? – Ele perguntou e eu fiquei ainda mais irritada.

— Pode ter CERTEZA, que eu que não estou sendo. Você nem olha na minha cara, finge que eu nem existo, praticamente, e agora por ter me ajudado que falar de "cuidar de mim" – Fiz aspas com os dedos assim que falei e meus olhos começaram a encher de lágrimas, mas me segurei o máximo possível para não soltá-las. Se tem uma coisa que eu não gosto é demonstrar fraqueza.

Bax estava olhando para nós dois sem saber o que fazer ou falar, ele apenas estava assistindo e tentando garantir que não caíssemos no soco ali mesmo. Marlon começou a falar alguma coisa e eu só o ignorei e fui para fora da casa. Sai de lá e assim que vi que era próximo à praia não pensei duas vezes em ir para lá.

Sentei na areia e comecei a chorar, chorar muito. Não era isso que eu estava esperando quando vim para cá. Eu sei que a mãe dele me pediu paciência, mas sinceramente passou apenas 3 dias e eu já estou esgotada. Eu sabia que não seria mil maravilhas quando eu chegasse aqui, sabia que Marlon iria me estranhar, mas não sabia que ele ia me odiar tanto por algo que eu nem tenho culpa.

Ouvi um barulho de garrafas batendo uma na outra e assim que olhei para o lado, vi Bax sentando-se ao meu lado, me fazendo levar um pequeno susto. Enxuguei as lágrimas o mais rápido possível para ele não ver que eu estava chorando.

— Foi mal, não queria te assustar. – Olhei para mão do garoto e ele estava com duas garrafas de cerveja na mão. – Trouxe uma para você.

Ele me ofereceu e eu peguei da mão do garoto e sorri para ele. Abri a garrafa e tomei um gole que quase foi a garrafa inteira.

— Vai com calma, carioca. – Ele riu e eu parei de beber para rir também.

— Foi mal. – Falei. — Valeu, pela bebida.