𝟎𝟕 - 𝐈𝐍𝐄𝐒𝐐𝐔𝐄𝐂𝐈́𝐕𝐄𝐋.

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❝você é inesquecível, eu quero ter você sozinha.❞

unforgettable,
french montana.


CRYSTAL


Faz mais ou menos uma semana desde o dia da praia com o Bax, desde então não nos falamos mais. Eu até cheguei a mandar uma mensagem para ele agradecendo a tarde maravilhosa que a gente teve, mas ele nem visualizou. Será que ele não gostou?

Fiquei com isso na cabeça a semana inteira. No dia ele saiu sem explicações e depois não me respondeu, que merda! Ele definitivamente não gostou, o que será que eu fiz de errado?

— Terra chamando Crystal. – Marlon estalou os dedos na minha frente e eu sai dos meus pensamentos olhando para ele. — Se quer competir mesmo ao meu lado tem que prestar mais atenção na treinadora, sonsa.

Dei língua para ele e ergui o dedo do meio, o garoto só riu. Voltei a prestar atenção na treinadora que descobri que era irmã do Bax e da Wren, Elo o nome dela.

Ouvimos um barulho de porta abrindo e todos olharam para o lado, Bax estava entrando. Ajeitei minha postura e por um segundo trocamos olhares, mas ele logo olhou para as irmãs. Pera, o supercílio dele tá com um corte?

— Baxter, o que você 'tá fazendo aqui? – A treinadora parou a explicação para falar com o irmão.

— Só vim assistir à aula. – Ele fala e abaixa a cabeça.

— Já falei que não quero você aqui. – Ela cruzou os braços olhando para ele, que não pensou nem duas vezes em sair da sala, batendo a porta com força.

Meu deus, que mulher babaca.
Ela voltou a explicar as estratégias que estava pensando e minha concentração só piorava depois do Bax ter aparecido e a própria irmã ter tratado ele assim na frente de todo mundo.

— Vou ao banheiro, já volto. – Falei baixo apenas para Marlon ouvir.

Ele assentiu e eu levantei, e fui indo para a porta, até ouvir a Elo me chamando.

— Ei, ei, ei! – Elo olhou para mim confusa. — Você é a peça mais importante na estratégia, não posso te deixar sair.

— Não pode me deixar? – Ri irônica. — Eu to indo no banheiro treinadora, relaxa aí.

Falei saindo da sala e ouvindo ela reclamar atrás. Quando eu surfava no Brasil, meu treinador não agia como se pudesse mandar em mim desse jeito, e Jorge, meu treinador, era meu treinador há anos, não é alguém que acabou de se tornar minha treinadora que vai mandar em mim.

Sai bufando pelos corredores do lugar e fui tentar achar, Bax. O supercílio dele cortado me deixou genuinamente preocupada. Fui andando pelo lugar e o vi em uma salinha onde ficavam as pranchas do campeonato. Fiquei meio nervosa, não sabia se entrava para falar com ele ou voltava para a sala.

— Pode entrar se quiser, carioca. – Bax falou levantando o olhar e sorrindo para mim. — Não vou te morder, só se você pedir.

— Você gosta de usar umas frases clichê, né? – Sorri sarcástica e entrei na sala.

Cruzei os braços e encostei na porta. O garoto olhava as pranchas e eu não conseguia tirar o olho de seu rosto machucado.

amores, vícios e obsessões ─ BAXTER ✰ 𝐒𝐔𝐑𝐕𝐈𝐕𝐈𝐍𝐆 𝐒𝐔𝐌𝐌𝐄𝐑Onde histórias criam vida. Descubra agora