Capítulo 13

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Todo meu corpo parece ser dominado pelo coração, o som da minha pulsação preenche o interior. O corpo que antes tremia de frio, agora treme por outro motivo. Prendi a respiração, tentando me controlar, mas minhas pernas perderam a força e meus joelhos quase cederam. A água do chuveiro ainda corria continuamente, transbordando no chão do banheiro, mas era inaudível. Era como se nada mais existisse.

A água morna escorria pelos meus pés descalços. Seus pés estavam bem longe dos meus, mas seu corpo estava colado às minhas costas e qualquer movimento dele fazia minha respiração sufocar.

— Corra…

O sussurro baixo ecoou na minha cabeça. O aviso me assustou e também me alarmou, mas não é por isso que meu coração bate acelerado. Esse sentimento vibrante é diferente, quente e inebriante.

— Sunbae.

Sua voz foi tão suave quanto um sussurro, mas conseguiu chegar em algum lugar um pouco entorpecido na minha espinha. Como um aviso final, “Agora é sua última chance de fugir”. Mas tudo o que fiz foi ofegar, enquanto sentia o calor se espalhando.

— Eu também…

Foi muito baixo, então eu não tinha certeza se ele ouviu. Até eu duvidava que não tivesse feito nenhum som. Nem percebi que devia levantar a voz para falar. Não sei… Acho que nesse momento, não posso deixar de me levar.

— Eu também... não tomei meu supressor.

A culpa por mentir atingiu meu coração como se estivesse prestes a explodir. Minhas mãos estão tremendo. Obviamente ele notou esse tremor. A vergonha me domina e ansiedade pelo que está por vir gradativamente toma conta de mim. De repente, eu o senti prender a respiração.

Logo depois disso, sua outra mão envolveu a minha, me abraçando com firmeza. Eu podia sentir claramente o corpo sólido debaixo das suas roupas molhadas. Ele encostou a cabeça no meu ombro, respirando profundamente.

— Por quê?

Quando ele perguntou, seus braços me apertaram ainda mais. Talvez fosse pela vergonha de mentir, mas eu não disse uma palavra. A mão em volta da minha cintura se moveu novamente. Ele levantou minha camisa e deslizou para dentro dela, tocando minha pele nua, acariciando abaixo do meu estômago. Minha respiração estava tão pesada quanto todo o meu corpo estava na palma de sua mão.

— Sunbae, por quê?

A pergunta ressoou por cima do meu ombro. Ele pressionou os lábios na camiseta molhada. Uma corrente elétrica entorpecente percorreu meu peito. Obviamente, na minha cabeça, entendi a implicação dessa pergunta, mas meus pensamentos pareciam ter parado, então fiquei sem palavras. No entanto, toda a atenção estava voltada para outro lugar. Sua mão na minha pele começou a se mover para baixo. As pontas dos dedos alcançaram o cós da minha calça. Eu inconscientemente contraí meu abdômen, prendendo a respiração.

— Posso beijar você?

Outro sussurro. O tom baixo de sua voz se misturava com as batidas do meu coração. Desta vez também não pude dar nenhuma reação. Apenas os nervos sensíveis involuntariamente perseguiam a mão em movimento que desabotoava minha calça devagar, bem devagar. Pouco a pouco, centímetro a centímetro, seus dedos abriram silenciosamente o zíper.

É lento demais, a sensação de toque na pele é maximizada. Então talvez toda a minha percepção tenha sido dominada por aquele movimento lento da mão. Não foi até que sua mão parou que a razão voltou, como se um interruptor tivesse acabado de ser ligado na minha mente. O som da pulsação encheu o interior novamente. Eu sei que ele está esperando por uma resposta.

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