oi, anjinhos, como vocês estão? espero que bem! mesmo estando nas semanas de provas eu consegui terminar esse capítulo para vocês e espero que gostem. e mais uma perguntinha antes de seguir para a leitura, vocês gostariam que eu disponibilizasse a playlist da fic?
desde já, desejo boa leitura e desculpem qualquer erro! se cuidem e não esqueçam de votar e comentar, adoro vocês 🤍
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Os olhos bem curvados de Nayeon espiavam por cima dos ombros de Sana, esta que estava bem acomodada na poltrona fornecida pela cafeteria. O ambiente era praticamente o oposto do qual Momo frequentava com seus amigos da polícia ou até mesmo com Jihyo. Tudo ali dentro era diferente aos olhos de Hirai, parecia um conglomerado de burgueses em volta do castelo real. O ambiente em sua maioria era calado, a não ser pelos periódicos tilintares de xícaras ou buchichos provindo das mesas. Mas se houvesse alguém falando num tom um pouco mais alto do que o normal, era quase como carimbar sua testa com o título de plebeu, aquilo denunciava que você não fazia parte daquela parte da sociedade.
Já arquitetonicamente, a cafetaria era rústica, como se tivesse estagnada em séculos atrás, constituída em sua maioria com paredes de alvenaria acompanhadas com detalhes em madeira entalhada. Parecia que a aura do local era imersa numa rica casa de campo. Algumas vinhas grossas e grandes o bastante sustentavam o teto com alguns ramos de folhas artificiais enroladas nos mesmos, isso era o suficiente para dar ao local um pouco da atmosfera dos campos, como os jardins reais. Podia-se sentir até mesmo uma brisa fresca batendo gentilmente contra sua própria silhueta, de tanta imersividade aquele espaço possuía.
Parecia que aquele local havia saído diretamente de um dos episódios de The Crown.
Mas Sana não gostava inteiramente daquele lugar, mas especificamente do estereótipo que ele carregava. Muitas das vezes sentia-se delimitada em suas ações e falas por sempre ter que se portar como uma maldita burguesa metida porque qualquer fala mais alta ou uma ação mais intensa, dezenas de pares de olhos lhe perfuravam com afinco. Só que não havia o que fazer a não ser falar baixo e tomar cuidado para que o som do atrito da xícara e do pires não fosse ouvido:
— Ela parece… deslocada. - Mina comentou enquanto Nayeon ainda a encarava por cima dos ombros alheios.
— Porque ela está. - Sana respondeu porque sabia que se referiam a Momo, ela estava a poucas mesas longe delas, apenas em silêncio com sua xícara de café enquanto apoiava a cabeça em uma das mãos. — Posso até sentir os olhos daquela velha ali a encarando por estar com os cotovelos em cima da mesa.
Mina e Nayeon olharam rapidamente para a idosa numa mesa próxima a de Momo e, realmente, sua cara era de desprezo, mas o bom era que a ex-policial nem estava ligada naquilo:
— Jungheon ainda acha que você vai aplicar um golpe do baú nele? Ele é um pouco patético de vez em quando. - Finalmente os olhos de lince da mais velha descansaram ao pousar em seu chá de hibisco.
—Um pouco patético? - Mina falou irônica para responder a fala de Nayeon. — Ele é totalmente sem noção, isso sim.
Sana não se ofendia quando suas amigas falavam daquele jeito de seu marido, porque era a mais pura verdade. Sem tirar nem pôr. E se elas soubessem pelo menos mais um terço da história, provavelmente iriam infringir mais de quinze direitos humanos naquela mesa.
Mas voltando sua atenção para o mundo real, a japonesa assistiu uma das mãos de Nayeon pousar na coxa de Mina, por debaixo da mesa. Ela achava aquele gesto lindo embora não tivesse a oportunidade de sentí-lo. Não naquelas condições… de amantes perdidamente apaixonadas. E talvez as duas mulheres fossem uma das únicas coisas que aquele capítulo de sua vida lhe trouxe de bom… Mina e Nayeon são apaixonadas como descrito nas histórias de mitologia grega, de tal maneira que parecia que Eros, em sua personificação, flechou aquelas duas. As amarrando pelo resto da eternidade:
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vigilant shit | samo
Fanfiction"Lately she's been dressed for revenge" - Momo nunca entendeu verdadeiramente o que essa expressão queria dizer até aquela noite na qual assistiu o saco preto afundar sem mais delongas nas águas escuras distantes demais da orla. E então, Sana desato...