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Acordo totalmente desnorteada e com uma dor enorme em minha cabeça.

Abros os olhos me acostumando com a clareza daquele quarto e me sento com um pouco de dificuldade

Me vejo em uma cama improvisada e começo a analisar o quarto

Ele é todo com paredes que parecem que algum dia já foram brancas, mas hoje estão em tons de creme e manchadas.

Pelo aspecto e pela falta de janelas, acho que é um porão

Do meu lado tem uma banca de gavetas toda de madeira gasta e degradada

Além do enorme guarda roupas no outro canto do quarto, do mesmo estado da banca

Me levanto da cama e ando pelo quarto, me lembrando dos últimos acontecimentos

Perai... Onde eu tô?

Minha família morreu?

Fui sequestrada?

Pq ele não me matou?

Tento abrir a porta de madeira, que não tinha maçaneta no meu lado
Faço esforço mas a porta não abre

Eu: SOCORRO!— Grito desesperada

Eu sei que isso pode me ferrar, mas oque é um peido pra quem já está cagado?

Pelas imagens que estão circulando pelas redes sociais, mostrando como ele mata suas vítimas, consegui comparar com oque ele fez a minha família. É o mesmo serial killer

Essas coisas só acontecem à mim!

Depois de gritar desesperadamente por longos minútos, oiço passos à cima de mim, como se alguém tivesse no andar de cima

Eu: olá?? Têm ai alguém??! Socorroo!!— grito mais e logo a ficha cai

Se for ele?? Meu deus eu sou tão burra!

Oiço passos numa possível escada e decido agir rápido

Vou pra aquela banca degradada e arranco uma aste de madeira

Corro pra trás daquela porta

Eu vou dar luta! Eu não vou morrer por nada!

A porta se abre lentamente e oiço dois passos serem dados e eu penso

É agora ou nunca!

Uso toda a força que eu tinha naquele momento pra pegar um grande impulso pra lhe acertar

Eu: AHH!

Ele apercebe-se do meu movimento e facilmente se desvia do meu ataque

Tudo bem que eu nunca lutei com ninguém! Mas aquilo tinha de dar certo.

Agora fudeo!

Ele segura meu braço o torçendo fazendo eu largar aquela aste de madeira

E logo me derruba no chão

: deixa de ser irritante pirralha— uma voz rouca e grossa soou por detrás daquela máscara

E pela primeira vez ouvi sua voz.

Eu: o-que vc quer de mim?— perguntei me arrastando pra longe do alto homem a minha frente — quem é vc?!

Ele só me encarava e começou a dar passos e minha direcção

: eu não sei oque fazer com vc— sussurrou mais pra si do que pra mim— mas tenho certeza que sua morte será lenta e sofrida

Eu: me solte! Eu não digo nada— após dizer isso ouvi uma gargalhada alta e rouca

o sequestroOnde histórias criam vida. Descubra agora