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Pov JAMES NARRANDO

Oiço uma voz pequena soar, olho pra lá e vejo uma criança, supostamente o filho de Dayana

Sinto meu corpo ferver de raiva ao ve-lo ser tão bonito, ele é extremamente fofo, deveria ser MEU e não de outro sacana qualquer

Sem pensar bem tiro minha arma da cintura e aponto em direcção à criança

Do nada sinto como se Dayana estivesse vibrando de raiva, seus instintos de mãe quase gritavam

Ela bate em minha mão com uma força tremenda fazendo a arma cair ao chão, eu olho pra ela irado mas quase não a reconheço

Seu olhos trasbordavam raiva e ela já não demonstrava fraqueza, ela já não demonstrava ser aquela garota indefesa

Ela mudou bastante. Ela amadureceu, perdi muita coisa pelos vistos. Ela agora é uma mulher forte

Dayana me empurra e eu dou um passo pra trás

Dayana: VC NÃO VAI VOLTAR A ARRUINAR MINHA VIDA!— ela andava firme em minha direcção

Ela mesmo acha que tem hipoteses comigo?

Eu pego seus braços e em um movimento rápido prendo seu corpo usando o meu, a deixando de costas pra mim

Suas costas estavam coladas em meu peitoral

Eu: como vc ousou em deixar um babaca tocar em vc? Vc teve um filho, que deveria ser nosso, vc é nojenta. Eu vou acabar com ele— sussuro em seu ouvido e a vejo se arrepiar


Dayana fica tensa e me dá um empurrão se soltando do meu aperto


Dayana: James não vai dizer que vc não vê...— ela parece perplexa— olhe pra ele

Eu fico confuso com sua fala e olho pra criança

No fundo de seus traços suaves e delicados eu consigo ver o meu eu


Meu coração bate descontrolado e minha respiracção quase falha

Eu: ele é ...meu ?



Dayana: É! — Ela já chorava


Não pode ser... Eu só gozei em Dayana uma vez...

Faço os cálculos e vejo que bate certo

Eu: como eu não vi?


Dayana: vc me faz passar por tanto... Eles eram dois, gêmeos! Mas no dia em que nos reencontramos naquele beco, vc me espancou e me fez ter um aborto de um deles, a partir daí todas as chances que eu tinha de ter outro filho sumiram. — ela chorava descontroladamente

Eu fiz isso?

Me sinto tão mal....

Como eu fui capaz?. Eu matei meu filho

Sinto uma culpa me consumir
Pedir desculpas não vai mudar nada... Nada do que eu faça fará Dayana se sentir melhor

Eu fui um otário. Eu não mereço seu perdão

Eu: não acredito...— ando até a criança que parece muito curiosa com tudo oque está acontecendo, mas não demonstra medo



??: quem é voxe?

Eu: eu... sou seu pai— sinto meus olhos arderem

Eu iria acabar com a vida do meu próprio filho? Como eu não consegui ver?

o sequestroOnde histórias criam vida. Descubra agora