Canção infantil (+18)

•𝑰𝒔𝒂𝒃𝒆𝒍𝒍𝒂•

Isabella - 12/09/2008

Saio do meu quarto e vejo que minha mãe já saiu do banho, decido não ir ate ela, não quero decepcionar mais ela.

Desço as escadas e vou em direção a porta de entrada, saio pela mesma e abro o portão saio andando em direção a praça que fica atrás de minha casa. Eu e Heitor costumamos vir aqui para ficar se pegando, mas as coisas acabam esquentando e nos vamos ate sua casa já que meu pai não podia nem sonhar que eu tinha relações sexuais com alguém, mas agora ele sabe e descobriu da pior maneira.

Chego na praça e me sento no banco que eu e ele sempre sentamos. Meu maior medo nesse momento é a reação dele, não estava em nossos planos ter filhos, não agora pelo menos.

Sinto braços envolta de meu pescoço e olho para cima e lá estava ele, com o cabelo molhado uma bermuda e uma regata branca.

- Fala minha vida, como você ta?- Ele diz beijando minha boca.

Logo encerro o beijo e sinalizo para ele sentar do meu lado, ele me solta e senta do meu lado e olha para mim esperando uma resposta.

- Então, manda o papo o que...- Logo corto ele para acabar logo com isso.

- Eu to gravida.- Mando e fico quieta esperando sua reação que atualmente é o que eu mais estou com medo.

Ele arregala os olhos e olho para ele, ele tenta falar algo mais nada sai.

- E não eu não vou aborta, não adianta você sugerir isso,  estávamos cientes do que estávamos fazendo, abortar não é uma opção. - Digo e olho para frente cortando qualquer tipo de contato visual.

- Quando você descobriu isso- Ele pergunta ficando de pé.

Ergo minha cabeça e olho em seus olhos que estão irreconhecível ao meu olhar.

- hoje mais cedo.- Digo engolindo o choro.

- A sim agora tudo faz sentindo, desculpa não estou preparado para ser pai.- Ele diz andando e levanto cerrando os punhos.

- E eu? você acha que eu estou? Porra é de uma vida que estamos falando,  nosso filho!- grito e ele vira para mim com toda raiva e vem em minha direção, ele gruda sua mão em meu pescoço apertando o mesmo impedindo o ar de entrar em meus pulmões.

- Não ousa falar que esse filho é meu, você é toda assanhadinha, com toda certeza deu para alguém e tá falando que o filho é meu.- Não consigo falar nada quando ele grita essas palavras em minha cara, meus olhos enchem de lágrimas e escorre uma em minha bochecha.- A claro agora a vadia vai chorar.- Engulo seco e em questão de segundos vejo Heitor levar um soco de alguém.

Ele cai no chão por causa do soco me soltando e caindo longe de mim, caio no chão e tento controlar minha respiração enquanto tusso.

Olho para cima e vejo um homem branco dos cabelos negros estendendo a mão para mim, com a mão tremula levo-a ate a mão desse homem me levantando.

- Você está bem?- O homem pergunta com a voz rouca.

Sinalizo que sim com a cabeça e tento achar Heitor mas ele não esta mais ali, ele fugiu.

- Precisa de ajuda para ir para casa?- O homem pergunta.

- Não, obrigada pela ajuda.- Digo agradecendo e soltando sua mão.

- Você esta gravida, não está?- Ele pergunta e olho em seus olhos.

- Sim, estou gravida- Como é louco dizer essas palavras

- há problema em eu acompanha-la ate sua casa?- Ele pergunta olhando em meus olhos e consigo ver que o mesmo é asiático.- Não me perdoaria deixando você andando sozinha de noite depois de ser agredida.- Ele diz cerrando os punhos, ele esta nervoso.

- não tem não, pode me acompanhar.- Digo dando de costas e andando em direção a rua de cima no caso a rua da minha casa.

- Por que estavam brigando?- Ele pergunta andando logo atrás de mim.

- Digamos que ele não quer aceitar o fato de que nosso filho é dele também- Digo atravessando a rua.

- Descobriu a pouco tempo a gravidez?- Ele pergunta ainda atrás de mim.

- Descobri hoje.- Digo engolindo o nó que está em minha garganta. 

- Sinto muito.- Ele diz e logo fica quieto.

Andamos o resto do caminho em silencio ate chegar a minha casa.

- É aqui?- Ele aponta para minha casa e sinalizo que sim com a cabeça.

- Ok, então está entregue. Boa sorte com a gravidez, vai dar tudo certo.- Ele diz e continua a caminhar.

Olho para ele enquanto o mesmo vai embora.

Quem é esse homem?