III - Não Vou Deixar

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Primeiro: A sensação é alucinante.

Menos de uma semana, ambos os capítulos de Drão atingiram, separadamente, mil visualizações cada. Cada leitura, releitura, nova leitura e investidura de tempo nessa história que eu venho semeando aqui com tanto carinho pra mim, é lindo.

Eu tomei algum tempo para ler cada mensagem bonita que li sobre o fim de Doces Bárbaros (e ainda leio, sou uma só e tenho certos problemas com mensagens rs), e pensei... meu Deus, como posso produzir algo melhor que isso? Algo que atenda bem quem lê, que atinja todas as expectativas... que seja, realmente, tão bom ou melhor quanto Doces Bárbaros?

Em meio a essa epifania de pensamentos, eu comecei a esboçar qualquer coisa que fugisse do esperado. Tipo, atirei para todos os lados. Mil plots, e todos, já pareciam ser contados.

Não dá pra inventar mais nada, tudo já estava feito, pensei. E seria pavoroso para mim criar mais do mesmo, atingindo comparações incomparáveis, e uma autossabotagemn sorrateira. Esse negócio de básico, modesto, métrico e comum não é comigo.

Tomei meu tempo, fiz um planejamento, tive ideias — debati muitas ideias com as minhas amigas do Deep e com a Giulia de Alma Barroca e Resposta ao Tempo que são simplesmente as mentes mais insanas que conheço, e bem... saiu alguma coisa.

E aí, refletindo sobre o que eu fazia, como fazia e como prometi fazer, na minha calmaria toda... eis-me Drão: e iniciei os escritos de Drão no mesmo dia que postei o último de DB.

Para mim, parecia a coisa mais óbvia do mundo, no grau de instabilidade do nosso casal real da Bahia que o divórcio era consequência. Eu só precisei exercitar o pensamento, mostrar para algumas colegas, discutir mais um pouco. Até porque a história deles sempre esteve pronta. Sempre foi óbvia, e linda.

JURAVA QUE IA SER MUITO MAIS RETALIADA! Mas, aparentemente, estamos na mesma página.

Espero que entendam, gostem, e tenham certa paciência. A meta é cumprir com as atualizações semanais, como de praxe, mas tudo é possível.
Tudo no fim vale a pena.

Boa leitura!





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Não vou deixar você esculachar com a nossa história. É muito amor, é muita luta, é muito gozo, é muita dor e muita glória.

(...) Apesar de você dizer que acabou — que o sonho não tem mais cor... eu grito e repito, eu não vou.

— Não Vou Deixar, Composição de Caetano Veloso.


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Despertei sob vibrações do telefone. Não era o despertador – quiçá lembrei de ativá-lo pela noite passada. Esqueci de fazer muitas, muitas coisas na noite passada.


Era a segunda ligação do dia de Narciso Nero, de pronto, me despertando em meio ao breu inebriante do meu largo quarto, da larga cama, do frio espaço.


Assustada com o relógio, que quase marcavam 8 da manhã de sexta, cocei os olhos e retornei a ligação, de forma imediata. De forma curiosa.


— Bom dia, seu Narciso. - dizia, sonolenta, apertada em meio aos lençóis.


Te acordei, minha filha? – soou o mais velho, como se preocupasse com o incômodo possivelmente causado.


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