X - Deixo

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Eu espero de coração que tenha alguém online para ler isso, se não... eu choro, de verdade.

Entrei em hiperfoco e consegui finalizar e aprimorar esse capítulo da forma que queria, graças a pressão psicológica de algumas ilustres no twitter, vide Josy e Lulu que me perturbaram TANTO que conseguiram me arrancar as palavras. Obrigada pelas ameaças, meninas. Foram efetivas! KKKKKK.

Ahhhh, e o capítulo de hoje é especial para a Kelly, aniversariante que me cobrou atualização pós parabéns. Feliz vida, linda!

E também minha musa Rafaela,  , madrinha moral de João Caetano. Tu vai entender.

No más, é isso. Façam bom proveito. 


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"Lembro daquele beijo que você me deu, e que até hoje está guardado em mim...

Quando a noite vem, fico louco pra dormir, só pra ter você nos meus sonhos, me falando coisas de amor. Sinto que me perco no tempo, debaixo do meu cobertor."

— Deixo, composição de Jorge Santos e Sergio Roberto Pereira Dos Santos.


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— Me diga o que peste eu vou fazer na Europa?


— Há um mundo de coisas a se fazer na Europa. Que pergunta besta, Nero. — respondi, do outro lado da mesa, tirando meus olhos enquanto organizava os papéis da viagem, com hotel e itinerário praticamente pronto. — Só uma escapada, eu, você e os meninos. E coincide com o aniversário de Caê, ele vai adorar, imagina. Tem tudo pra ser muito bom


— Criança gosta de ver rato com laço na cabeça e calção vermelho. — disse, dobrando os braços rente ao peitoral. É a primeira vez que o vejo fora de roupas velhas e pijamas compulsórios.


Estava lindo. Sua camisa de linho clara, sua bermuda seguindo os mesmos tons claros, e o rosto, mais ávido que da primeira vez que o encarei nessa casa, enclausurado nas paredes de uma cela que a vida o prendeu, e que os sentimentos de dor tão adormecidos no seu corpo.


Sentimentos que eu ouso dizer que em algum momento, ele havia esquecido que existiam dentro dele.


Sentimentos que nos amaldiçoaram, cada vez que o seu cérebro e sua humanidade se desligava, pouco que fosse.


Não os nossos filhos. — respondi, segurando suas mãos com uma firmeza cabal. — Criamos pequenos eruditos, Alexandre, e você sabe disso. E eu acho que... vai ser bom pra todos nós, sair um pouco da cidade, respirar ares diferentes, conhecer um lugar novo... qual é. A gente nunca viajou em família, os meninos estão grandinhos, meu irmão vai nos ajudar. O que custa você fazer essa bondade por eles?

DrãoOnde histórias criam vida. Descubra agora