Capítulo 6 (POV: SIRIUS)

667 98 100
                                    


(POV: SIRIUS)

Diferente de mim, quando Remus sai do banheiro, ele já está vestido.

Encaro-o de canto enquanto ele se senta na sua cama. Ele está com uma regata branca e uma calça de pijamas listrada em preto e vermelho.

Quando percebo que ele está preses a olhar pra mim, viro o rosto rápido. Sinto seu olhar na minha nuca.

-Seca o cabelo direito. Vai pingar na cama - ele diz.

Me viro com raiva. Ainda nem coloquei meu pijama, somente uma cueca e continuo com a minha toalha enrolada no quadril.

-Seque você! - brigo.

Remus franze as sobrancelhas, pega a toalha encima da cabeceira e vem andando rápido, com passos pesados até mim.

Sentado no sofá, me empurro para trás, no susto. Então ele mira em mim e usa sua toalha como um chicote na minha direção.

-Pare de me irritar e seque a porcaria do cabelo.

Pego minha própria toalha para atacá-lo também, ficando só de cueca.

-Eu seco se eu quiser!

Pulo da minha cama para a dele, que parecem até mais distantes do que antes. Eu estou com raiva e não aceito ser acertado novamente.

Dou os ombros.

-Os incomodados que se retirem.

-O meu pau que os "incomodados que se retirem". Você que se adeque ao ambiente.

Ataco ele com a minha toalha.

-Pra mim só parece que você quer conversar comigo e está brigando pra chamar minha atenção, feito uma criança.

Ele coloca as mãos no quadril.

-Você está falando de si mesmo.

-Seu-

Tropeço no edredom da sua cama e dou um grito, sem querer. Quando percebo que vou atingir o chão, acabo, sem querer, atingindo Remus.

Nós dois acertamos o chão num baque, eu por cima dele.

Quando me sinto cobrido por uma toalha caída tampando minha visão, suspiro e, com a cabeça girando, me sento como posso.

Remus solta um gemido de dor e um xingamento, levantando o tronco do seu corpo se apoiando nos cotovelos.

Ele passageia a própria nuca, piscando devagar.

-Seu idiota - ele xinga, tirando minha toalha da minha cabeça e me permitindo expandir o campo de visão.

Estou sentado encima dele de uma maneira extremamente familiar. E isso já nem é uma coisa estranha pra nós dois.

Nos odiamos por anos, mas nunca vai ser possível esquecer como foi conhecer um ao outro. O odiando, ainda sei sua comida predileta, qual cheiro o agrada mais, o que gosta de fazer e como fica quando fica bêbado.

Conheço cada centímetro da pessoa que mais odeio. Cada coisa boa nela.

Quando ele retira a toalha de mim, fico repentinamente envergonhado pela posição em que me coloquei.

Gosto muito de como seus músculos ficam marcados através da regata branca. Gosto dos seus ombros expostos.

-Ãn, eu-

Ele ainda tem um bom corpo. Eu posso odiar-lo e gostar de todo o resto, certo? Odiá-lo não significa que sou proibido de achar o corpo dele bom.

Ele levanta uma sobrancelha.

Mamma Mia, Here I Go Again Onde histórias criam vida. Descubra agora