one

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"Dizendo todas as mesmas coisas, eu vou embora desta vez. Suas palavras não significam nada, então pegue-as de volta"

DEATH
Melanie Martinez

Todas as pessoas tinham falhas, buracos em seu interior em que era impossível de serem acobertados, fomos criados para não ser um orifício perfeito, cheio de curvas descritas e atitudes estúpidas

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Todas as pessoas tinham falhas, buracos em seu interior em que era impossível de serem acobertados, fomos criados para não ser um orifício perfeito, cheio de curvas descritas e atitudes estúpidas. Esses são os seres humanos.

Mas, existem aqueles seres humanos que além de ter falhas, são elas próprias. Seu buraco é tão profundo, que o fundo é impossível de se ver em qualquer orbes que o encara seriamente, ele não tem fim. Ele nem sequer tem algum tipo de salvação. 

E o que fazemos com as falhas? Nada. Portanto, desde de pequena agi em contradição diante daquela questão, então em meu próprio interior formulei minha própria resposta, criando uma própria alternativa. O que fazemos com a falha? Nada, apenas a matamos de nossas vidas.

Dou um pouco dos créditos ao meu pai, ele me ensinou a viver assim. Ele me fez ver a adrenalina em meus olhos, mesmo quando eu era nova demais para enxergar, apenas ele sabia a dose perfeita para a minha felicidade. Aquele cara era foda pra caralho.

Mas fodasse também. Ele está mofando em Atlanta debaixo do seu caixão, deixando o mundo sem que ninguém estivesse preparado para sua perda. E ele me mataria se soubesse que eu estaria me limitando por conta disso.

As forças dos meus pés se tornam mais fortes, e eu piso no acelerador como se fosse a minha maior prioridade do momento. Entre as ruas de Los Angeles, tendo abandonar a preocupação dos meus ombros, enquanto o acelerador do carro aumentava conforme eu continuava correndo para longe da bagunça que minutos atrás tinha o nome de "mãe".

Aquela mulher ainda vai me matar de raiva, e não vai ser o suficiente para me atormentar.

Mas eu tentava esquecer disso, e seria inusitado dizer que era até um tipo de droga pra mim. Mergulhar no asfalto com a ajuda do meu McLaren 720s personalizado, era tão bom que chegava a ser inefável. A sensação de quase morrer em alguns momentos de adrenalina era tão satisfatória quanto pudesse imaginar. Descontar toda a minha dor no acelerador, e deixar que o carro praticamente voe na rua, deixava até a euforia de seu corpo mais carregada.

Me chamavam de louca por isso, mas era isso que gostava. A loucura era o gosto mais doce de se provar, o efeito satisfatório que percorria em meu corpo toda vez que a mesma se fazia presente era inesquecível. Era essa a sensação que queria carregar para sempre.

Estaciono meu carro em frente a distribuidora de bebidas, ajeitando minha jaqueta de couro por cima do meu cropped branco, enquanto a porta do carro se fechava em um movimento simples. Caminho até o lugar, certificando se meu lindo McLaren 720s estava estacionado corretamente, continuando bater meus All Star falsificados contra o chão.

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