Javon é possuído.
Ele tinha metade de uma alma perdida no corpo dele, que fazia ele ter comportamentos e jeitos estranhos. Mas naquela época eu não sabia disso, e deixei ele entrar na minha vida.
Javon em meu vocabulário significava ódio, terror, ca...
"Pensei ter encontrado um caminho, pensei ter encontrado uma saída, mas você nunca nunca se vai, então eu acho que tenho que ficar agora."
Lovely Lauren babic
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Javon Walton, o nome do meu primeiro amor, decepção, trauma, tristeza, e coração partido. Quando você se apaixona pelo vilão da história, você acaba sendo atraído para sua órbita terrível e se afoga junto com ele em seu mar de erros.
E eu tinha conseguido me livrar dele por um tempo, e nem morta eu voltaria para aquele lugar novamente.
— Sua mãe tá lá embaixo. — Nick diz após entrar no quarto, me vendo deitada em sua cama, espremida no canto da cabeceira com o cobertor enrolando meu corpo.
— Manda ela ir pra puta que pariu. Eu não vou voltar pra lá Nick, eu não posso.
Mal tinha conseguido dormir essa noite, passei mal madrugada passada e Nick foi que me socorreu quando eu parecia morrer.
Viemos direto para a sua casa, dormi certa de duas ou uma hora, pois coloquei na minha cabeça que talvez minha mãe tivesse falado aquilo apenas para me manter com medo. Mas a ideia de ser verdade me assombrou outra vez, e fez eu acordar e não dormir mais.
— Eu sei, meu bem. — ele mantia o tom manso, se aproximando lentamente — Talvez ela tenha falado aquilo para te manter com medo.
— Eu também pensei nisso, mas ela não brincaria com algo tão sério. Ela sabe o que aconteceu lá comigo, e a... — as palavras prendem no arame da minha garganta, e me sinto horrível por dizer aquilo — Ela sabe o que aconteceu com a Beth. Ela é uma mãe, ou uma psicopata?
— Uma mãe, Liz. — uma voz familiar vem da porta do quarto do meu melhor amigo, e sinto meu ar faltar.
Nick leva o olhar para a porta, parecendo mais surpreso que eu, encarando a silhueta magra da mulher cuja se rotulava como minha mãe, aparecer na porta.
— Eu juro que não deixei... — o moreno leva a atenção para mim, tentando se explicar, mas minha mãe é mais rápida, e toma a fala.
— Eu subi por conta própria, Mary permitiu.
Respiro profundamente, puxando além de oxigênio, paciência para lidar com minha mãe nesse momento.
— Eu não vou pra lá. — falo já me prevenindo de qualquer argumento que ela falaria de mim agora.
— Nick querido, será que poderia nos dar licença? Sei que o quarto é seu, mas queria conversar com minha filha.
— Apenas se Liz quiser. — ele olha para mim procurando uma resposta, e eu balanço a cabeça positivamente — Qualquer coisa estarei lá embaixo.
— Tá bom, obrigado.
Forço um sorriso de agradecimento, e vejo o mesmo virando sua silhueta para a direção contrária da minha, e em poucos segundos sumir pela porta, me deixando sozinha com minha mãe.
