Mano, tu é? | YEONGYU - REESCRITO

2- 15

Quando entraram na tal conhecida casa amarela do mais velho, ele não demorou nem um segundo para agarrar Beomgyu pela cintura e empurra-lo direto para o sofá, se deitando pelo corpo magro enquanto atacava sua boquinha. O menor tinha as mãos no cabelo de Yeonjun, segurando ali com urgência como se quisesse que ele não voltasse para a Inglaterra nunca mais e ficasse apenas o beijando para sempre.

Se afastaram minimamente, as respirações se encontrando no espaço entre os lábios, e começaram a rir. Aquele momento era tão gostoso só entre os dois, e a felicidade era tanta que ficava difícil demonstrar apenas com sorrisos.

— Eu senti tanta sua falta! Estava quase pegando um voo para a Inglaterra e invadindo seu dormitório só para te agarrar, te beijar e sentar-

— Nossa, eu entendi! - parou o menor antes que ele pudesse terminar aquela fala completamente sem vergonha, morrendo de rir — Fica tranquilo, já foi metade e agora estou aqui junto com você e vamos fazer tudo o que você quiser.

— Sério, te amo.

— Também te amo. Você bem que podia ter ido me encontrar de saia, né?

Isso foi o suficiente para o menor revirar os olhos e empurrar Yeonjun de cima de si para que pudesse se levantar do sofá.

— Paciência tem limite, Junnie.

O maior continuou deitado no sofá, rindo da situação enquanto observava o namorado ir até a cozinha pegar um copo d'água.

Tateou ao seu redor, procurando pelo seu celular e assim que achou, pegou e começou a olhar as notificações. Mas então, percebeu o papel de parede e viu que não era o seu celular, e sim o celular de Beomgyu.

Resolveu aproveitar o momento de distração do menor para tirar várias fotos de si mesmo e do teto só para encher a galeria dele quando uma notificação chegou.

[unknown]
Estou ansioso para te ver de novo, gatinho! - 20:03

Yeonjun pulou do sofá, encarando a mensagem desacreditado. Sabia a senha do celular do Beomgyu, então desbloqueou e começou a ler todas as mensagens românticas e flertes descarados.

— Você bem que podia fazer aquela panqueca de morango pra mim né - Beomgyu disse quando voltou, segurando um copo cheio de água.

— O que é isso? - virou o celular na direção dele, mantendo sua expressão confusa.

— Como assim?

— Que porra é essa, Choi Beomgyu? Você tá me traindo e nem se faz o trabalho de disfarçar? Porra, não achei que você fosse esse tipo de pessoa. Eu viajei onze horas só para te ver..

— Do que você tá falando, seu maluco? - pegou o celular da mão dele e foi ver sobre quem estava falando.

— Agora você vai mentir pra mim também?

— Mentir? Espera, esse aqui não é você?

— Pelo amor de Deus, garoto! Sério isso?

O rosto de Beomgyu esquentou e de repente parecia que a casa estava girando ao redor de si. Realmente dava para entender o porquê de Yeonjun estar bravo, mas não tinha culpa! Ele também não fazia ideia de quem era e independente de quem fosse, não trairia Yeonjun de maneira alguma.

— Não, Junnie, eu acho que isso é uma confusão minha.. - riu nervoso. Suas pernas estavam tremendo, teve que colocar o copo em cima do braço do sofá e se apoiar na parede para não cair no chão.

— Sinceramente, eu não quero saber. Não achei que todas as pessoas, você ia fazer isso comigo.

– Junnie..

— E sem essa porra de Junnie. Só vai embora e nunca mais olha na minha cara.

Beomgyu se levantou e o encarou mais uma vez só para ter a certeza de que ele estava falando sério. E sim, ele estava.

Com as lágrimas rolando e soluços presos na garganta prestes a sair, guardou o celular no bolso e saiu.

Não tinha forças para voltar para casa, então simplesmente se sentou na porta de Yeonjun e começou a chorar. Não sabia o que fazer e sabia que ele não ia escuta-lo. Estava tão frustrado por ser um idiota e não ter reconhecido seu próprio namorado falando consigo, e agora, tinha perdido quase três anos de namoro só por isso.

— Sunoo, alô? É.. Você pode vir aqui em casa? Vamos ver um filme e conversar um pouco - a voz trêmula e azeda de Yeonjun falou do outro lado da parede. Conseguia ouvir. Era como se ele soubesse que ainda estava ali e falasse alto de propósito.