capítulo 10: família

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Pov:narrador*

Esther encarou Enid com uma expressão surpresa, enquanto a loira permanecia com um sorriso confiante no rosto. A mulher sorriu de lado, dando leves tapinhas no ombro de Enid.

- Vejo que cresceu, minha filha - ela disse com expressão serena.

- Também vejo que aprendeu várias coisas na escola do mundo, no entanto..

- Nessa escola eu dei aula, então baixa sua bolinha ou se arrependerá de ir contra sua mãe - disse a mulher com uma expressão rancorosa e olhar perfurante.

Enid desfez seu sorriso e assentiu com a cabeça, vendo sua mãe passar por ela, logo passando pelos rapazes que encaravam a irmã com um certo penar.

- Desculpa pedir por você voltar - disse Ernest com voz baixa e arrependida.

- Não há porque se desculpar, a culpa não é sua, isso acontece mesmo antes de você nascer, ninguém é culpado de nada - respondeu a loira com expressão sombria e pensadora.

Os irmãos olharam para ela com uma certa pena, odiavam pensar que sua irmã passou por tantas coisas sem poder se apoiar a ninguém, afinal eram muitos pequenos para ajudá-la em algo. Saber que Enid presenciou a separação de seus pais e fez de tudo para que seus irmãos não fossem afetados por isso, era realmente admirável e triste ao mesmo tempo.

- Papai logo chegará, vão se arrumar - disse Enid passando por eles que a obedeceram.

Assim como Enid disse, não demorou muito para que a campainha da casa ressoasse novamente. Ao abrir a porta, a loira viu um homem alto com pelo menos 1,85 de altura, barba castanha com cabelos grisalhos platinados, seus cabelos eram castanhos, quase sendo completamente cobertos pelo boné vermelho com a logo de uma serralheria.

- Oi, pai - disse Enid sorrindo em ternura ao o ver.

- Oi, minha lobinha - disse seu pai a abraçando.

O homem levantou Enid em seus braços, a abraçando com carinho e amor. Dava para perceber a saudade que ali existia, a loira tinha os olhos semicerrados,um sorriso doce e angelical.

- Pai!!!- gritou os garotos felizes.

- Eai, rapazes - disse o homem sorrindo, enquanto colocava Enid no chão.

- Vejo que meu moleque está se formando na escola - disse o homem sorrindo alegremente, enquanto afagava os cabelos castanhos de seu filho Ernest.

- Parabéns, filhão!!

- Obrigado, pai - respondeu Ernest feliz.

- Traga-os antes de meia- noite - disse Esther adentrando a sala.

- Lamento dizer que não será possível, eles irão dormir lá em casa - disse o homem desfazendo seu sorriso e fazendo uma expressão séria.

A mulher o encarou de maneira perfurante, mas o mesmo não recuou ou abaixou a cabeça, ele a encarou de volta, de forma sufocante.

- Meninos, vão para o carro - Enid disse aos rapazes que obedeceram.

- Dá para vocês dois parar? Porra, é um dia importante para o Ernest e estão agindo como crianças - Enid disse com expressão descrente e voz cansada.

- Eu fiz hora extra ontem só para estar de folga hoje. Para eu ver vocês brigarem? Ah, pelo amor de Deus, quer saber? Os dois vão juntos e pronto!- Enid disse de forma autoritária e estressada.

Os dois olharam a loira de forma surpresa e admirada, era a primeira vez que Enid havia levantado a voz para eles e os enfrentado.

- Sério! Já estragaram a minha formatura, não estraguem a dele, por favor - a loira disse com penar na voz e uma expressão suplicante.

Fã número 1°Onde histórias criam vida. Descubra agora