capítulo 9: Casa Sinclair.

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Pov: narrador*

No dia seguinte como combinado, Enid estava no ônibus a caminho da casa de sua mãe que fica do outro lado da cidade. Estava trajada com uma saia rosa quase sendo coberta por seu suéter listrado com roxo e rosa, junto de um tênis ALL star preto. Estava no terceiro assento do ônibus que estava quase vazio com exceção de uma senhora de idade e um rapaz que aparentava estar na casa dos vinte.

Enid estava com seus fones, em seus ouvidos tocando "Black Magic", enquanto olhava pela janela as casas que o ônibus passava em frente, vendo suas diversas cores e padrões.

Não estava animada para ver sua mãe, mas estava feliz em ir ver seus irmãos. Enid é irmã mais velha de três meninos. Ernest tem 17 anos, Eduard tem 15 anos e Ermes tem 14 anos de idade. Todos são apaixonados pela irmã, amam muito ela e a admiram com fervor. Enid que criou todos eles na infância, enquanto ainda morava com sua mãe que quase nunca estava em casa por estar trabalhando, a loira que cuidava deles.

Ao o ônibus parar , Enid desceu rapidamente, sendo deixada no ponto de ônibus em uma rua praticamente deserta. A loira caminhou alguns minutos até que chegou em uma casa não muito grande, pintada de um tom pastel que Enid odiava. Tinha um pequeno jardim em frente a porta de madeira.

A loira passou pelo pequeno portão, a qual era feito de algumas estacas pintadas de branco. Enid tocou a campainha que ressuou pela casa inteira e em poucos segundos escutou inúmeros passos descendo do segundo andar da casa.

Após escutar os passos mais próximos da porta, a mesma é aberta dando a visão de três garotos do tamanho da loira com olhares brilhantes e felizes.

- MANA!!!- gritou os três praticamente se jogando sobre a loira que arregalou os olhos.

Eles a abraçaram com carinho, ela cambaleou um pouco, mas conseguiu se manter em pé, logo retribuindo o abraço com ternura.

- Oi, meus lobinhos - disse Enid com carinho.

Os três irmãos tinham lágrimas nos olhos e sorrisos alegres, seus olhos eram o reflexo de sua felicidade em ver a irmã mais velha depois de dois anos.

Enid sorriu em ternura, segurou com carinho o rosto do rapaz mais alto, e acariciou sua bochecha com o polegar.

- Parabéns, Ernest - Enid parabenizou o mesmo que começou a chorar.

- O-obrigada - ele respondeu com voz chorosa.

- Estava com muita saudade de vocês, suas pestes - disse a loira afagando os cabelos dos três.

Ernest tinha pelo menos 1,70 de altura, cabelos castanhos curtos sempre bem cortados, olhos azuis assim como os de Enid. Já os outros dois, tinham cabelos castanhos assim como o mais velho, no entanto seus olhos eram verdes assim como o de seu pai, os dois tinham a mesma altura, tendo por volta de 1,64 de altura.

- Também estávamos - disse eles dando espaço para irmã entrar.

- Ei, que história é essa de você mandar a tia Lucil caçar o que fazer?- Enid perguntou a Ernest que sorriu sem graça.

- Como ficou sabendo disso?- os dois mais novos perguntaram juntos.

- Isso já não é da conta de vocês, fofoqueiros - disse Enid apertando o nariz dos dois que franziram a testa.

- Não criei vocês assim, tem que respeitar os mais velhos, independente do quão chato ele seja - disse Enid colocando sua bolsa sobre o sofá da sala.

Ela olhou em volta e foi invedida por inúmeras memórias que havia passado ali. Nem todas eram boas, mas algumas não eram ruins, a casa estava exatamente como antes, nenhum móvel havia sido mudado de lugar.

- Desculpa.. não gostamos dela - disse Ernest com a cabeça baixa.

- Está tudo bem, contanto que não aconteça de novo, irei deixar você comer o presente que eu trouxe - disse Enid sorrindo para seu irmãozinho que agora era maior que ela .

- E concordo que ela é chata pra cacete - concordou Enid fazendo uma careta de aversão.

- kkkk não é?

Enid riu com seus irmãos de maneira divertida, estava com saudade de seus pequeninos que agora não eram tão pequenos. Parou de rir quando percebeu o casaco de sua mãe no lugar de sempre, sorriu de lado ao perceber que ela realmente não tinha mudado nada.

Enid caminhou pela casa, passando pela cozinha e a sala de jantar, parou de andar em frente a uma porta da madeira clara que dava ao escritório de sua mãe. Olhava para a parte de baixo da porta onde tinha desenhos que fazia quando pequena, sua mãe não havia os tirado, mesmo tendo brigado muito com ela por te-los feito.

Enid bateu levemente três vezes na porta, sendo seguida por um "entre" de sua mãe. A loira girou a maçaneta e logo viu sua mãe sentada atrás de sua escrivaninha, com os olhos concentrados em alguns papéis que estavam organizados meticulosamente em cima da mesa.

- Oi, mãe - Enid disse, enquanto via sua mãe levantar o olhar para ela.

- Enid - Disse a mulher sorrindo se levantando.

A mulher foi até a loira e abraçou com carinho. Enid fechou os olhos aproveitando aquele ato de afeto, mas não retribuiu o abraço.

- Você veio - disse a mulher segurando em seus ombros a fitando nos olhos.

- A senhora mandou eu vir, não?- Enid perguntou com um sorriso confuso.

- Fico feliz que não tenha perdido os bons modos - disse sua mãe sorrindo.

- Não sou tão medíocre assim - disse Enid vendo sua mãe a analisar de cima a baixo.

- Certo, certo.. como está? Continua trabalhando no emprego que te consegui? Deixou de pensar naquela besteira de arte?- Sua perguntou e Enid sorriu sem mostrar seus dentes, apenas seus lábios que não mostravam nenhuma felicidade emanando daquele sorriso.

- 5..,6, foi um novo recorde, mãe - disse Enid, por já estar esperando aquela última pergunta.

- E sim, continua trabalhando lá, estou bem e não, não deixei de pensar na arte - respondeu a loira com uma certa autoridade em sua voz.

Sua mãe desfez seu sorriso, seu rosto foi tomado por uma expressão cansada e estressada. Esther Castel, mãe de Enid. A mesma tem cabelos loiros que atualmente estão grisalhos platinados, seus olhos são azuis mais escuros que o da loira, suas feições são rígidas devido a idade, mas contendo uma certa sutileza..

Ela colocou a mão sobre os olhos e começou a massagear os mesmo em um ato de estresse e decepção.

- Não cansa de me decepcionar, Enid?- Esther perguntou .

Enid desfez seu sorriso, tendo uma expressão penosa, olhava para seus pés, enquanto se arrependia cada vez mais de ter voltado ali, mas não iria recuar agora.

- Desculpe, mãe, mas não me importo mais com o que a senhora pensa - disse Enid com um sorriso de lado vendo sua mãe engolir em seco o fato que sua filha já não estar sobre sua asa.

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E esse foi o capítulo, espero que tenham gostado. Logo irei atualizar as outras fics, me desculpem, meu tempo está curto.

Fã número 1°Onde histórias criam vida. Descubra agora