capítulo 11

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Eu continuava deitado com a cabeça no colo do loiro, minha respiração estava normalizada  entretanto minhas mãos ainda tremiam, eu  queria poder sumir nesse momento, odiava demonstrar meu lado frágil. 

Ainda me perguntava sobre como o baixinho parecia saber que eu precisava de alguém nesse momento, mesmo que não quisesse que as pessoas me vissem assim, ter ele do meu lado foi como se o  arco íris  surgisse em meio uma tempestade.

Não conseguia esquecer como o loiro foi capaz de me acalmar apenas com sua presença, não foi preciso que ele dissesse nada para que eu sentisse uma tranquilidade.

- Jimin...-  disse em um tom de voz baixo, quase como um sussurro - como você sabia que eu estava mal ?

O loiro olhou me olhou e agora que não segurava mais as minhas mãos ele voltou a fazer um leve carinho nas mechas castanhas. Ele parecia em dúvida sobre como responder essa pergunta.

-S-seu irmão...ele pa-parecia pre-preocupado, seu pai es-estava fa-falando coisas ruins so-sobre você.

O olhar do pequeno com aparência de anjo era de pesar, sabia que ele já havia passado por coisas parecidas e que mesmo o mais forte dos homens se sentiria ferido por palavras tão duras sendo dirigidas a si, por alguém que devia acolher e dar amor.

- Jooheon di-disse que vo-você não era um pro-problema no mo-momento, que vo-você devia estar cho-chorando no quarto.

Meu irmão era inteligente, ele sabia que não podia falar de forma aberta para Jimin me ajudar, então ele deu o jeito dele de avisar a alguém que eu não me encontrava no meu melhor estado.

Eu agradecia meu irmão por toda a ajuda que ele me dava mesmo de forma discreta, eu sabia que ele faria muito mais por mim se pudesse, mas eu não queria que ele se metesse em problemas.

O fato de Jimin ter vindo me ajudar me deixava emocionado, ele podia muito bem ter ignorado o que eu estava passando naquele momento assim como a minha família fez, porém, ele decidiu vir aqui cuidar de mim.

O loiro era de fato um anjo não só em aparência, sua alma era pura e mesmo com todas as palavras e surras ele ainda se mantinha bondoso e amoroso, mesmo com aqueles que ele conhecia a pouco tempo.

- obrigado por vir aqui - disse com um olhar grato, sem ele eu ainda estaria tendo uma crise - obrigado por estar ao meu lado.

O loiro abriu a boca diversas vezes, mas nem mesmo uma palavra saia, eu queria dizer que ele não precisava responder por que eu só estava agradecendo sem esperar algo dele.

- Você tam-também cuidou de mim...

-----duas horas depois

Eu queria poder dizer que aquele momento com Jimin havia durado muito e que conversamos mais depois daquilo, mas não foi o que aconteceu.

Nari entrou no quarto de forma descontrolada e ao ver o irmão sentado na cama ao meu lado surtou de todas as maneiras possíveis, foi difícil tentar inventar uma desculpa para a presença do loiro no quarto, entretanto eu não podia deixar ele se machucar denovo.

Tive que inventar algumas mentiras, como o fato  de ele estar ali apenas para me dar uma opinião sobre que presente dar pra minha tão " amada " noiva.

Eu sentia certa repulsa por chama-la assim, mas eu engolia todos os sentimentos ruins para poder proteger o garoto. Nari ficou feliz com a resposta que teve e nem ao menos contou aos pais sobre o acontecido.

Agora já era hora do jantar, eu estava com meu smoking, cabelo liso e uma leve maquiagem para esconder a cara de abatido após a minha crise. Claro que minha noiva não pareceu perceber meu estado e se percebeu não se importou o suficiente para perguntar.

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