capítulo 37

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Aproveitei ao máximo o resto do dia com meu loirinho, infelizmente era o último antes de eu ter que levá-lo para seus pais. Ficamos alguns minutinhos agarrados um ao outro antes de sairmos da empresa.

Jimin parecia nervoso, era notável como suas mãos tremiam e ele tentava ocultar alguma coisa, perguntei diversas vezes o que estava acontecendo, mas ele apenas me dizia que estava tudo bem.

Era óbvio que não estava tudo bem, entretanto eu não podia forçar ele a me contar, eu só desejava que meu menino se sentisse confortável o suficiente pra me contar em algum momento o que se passava por sua cabeça.

Assim que paramos em frente a mansão Park, o rosto de Jimin ficou mais branco que o normal, ele apertava forte o tecido da bolsa e sua respiração estava ofegante.

-Sabe que pode me contar qualquer coisa, não sabe ? - perguntei fazendo um carinho em seus cabelos.

-Eu sei…- ele respirou fundo - n-não se p-preocupa.

Eu não conseguia acreditar naquilo, mas tentei não ficar pensando muito sobre isso, precisava confiar em meu menino, mesmo que naquele momento eu tivesse minhas desconfianças.

Beijei seus lábios antes de meu amor abrir a porta do carro e sair, Aylin lhe esperava em frente a porta da enorme mansão, assim que o loiro passou ao seu lado a mulher fez questão de lhe abraçar.

Aquilo não me tranquilizava, Aylin parecia ser uma mulher doce e gentil, porém  ela era igual Go-naha, ambas eram podres por dentro e escondiam isso com um sorriso.

Saí dali com a cabeça cheia, não conseguia simplesmente ignorar como meu namorado não parecia nem um pouco bem. Jimin era facilmente o tipo de pessoa que escondia seus sentimentos para não preocupar as pessoas ao seu redor.

Mandei algumas mensagens para o loiro, porém aquilo não adiantou de nada, olhei para o chão do carro vendo o celular do loirinho ali.

Aquilo foi mais um alerta vermelho, Jimin sempre foi extremamente cuidadoso com seu celular, ele sempre faz questão de deixá-lo em um lugar visível justamente para não esquecer.

Então se ele estava ali, foi por decisão do menor, meu coração estava disparado, mas tive que tentar mudar meus pensamentos ao chegar em casa.

Saí do carro, estranhando o fato das luzes estarem apagadas e não ter nenhum segurança andando pela casa, entrei na sala com receio do que poderia acontecer.

A sala estava com algumas velas e pétalas de rosa, seria algo romântico se não fosse Nari a preparar tudo isso, não confiava em nenhuma atitude da mulher, então preferi manter distância dela.

Falando em minha “ esposa “, ela estava sentada no sofá usando um vestido preto colado e uma maquiagem, aquilo poderia ser considerado sexy por alguém que sentisse atração por mulher.

Percebi ao longo dos meses que eu era completamente gay, nunca nem havia sentido interesse em uma mulher, demorei para perceber isso, mas tendo um namorado de extrema beleza eu não poderia ter mais dúvidas.

-Boa noite amor - a mulher se levantou, mas não se aproximou - demorou muito, estou te esperando faz horas para podermos jantar.

-Boa noite, sinto muito pela demora, precisei deixar seu irmão em casa.

Caminhei até a mesa que já estava posta com dois pratos recheados por muitas comidas, puxei uma cadeira para a morena que me agradeceu com um selar na bochecha.

Me sentei em sua frente, esperando que ela dissesse o que precisava já que era pra isso que servia aquele jantar.

-Meu irmão sempre atrapalhando meus planos, não é atoa que meu pai alia sua raiva com ele - a mulher disse aquilo como se não fosse nada, fazendo meu sangue ferver.

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