4. Capítulo Quatro

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Viver um amor é como olhar para um céu estrelado e se encantar com brilho de apenas uma estrela. Autor desconhecido



POV MAHINA DOLUNAY Quando vejo que não estou sozinha, logo recuo, tentando fazer o mínimo de sons possíveis, mas eu estava andando de costas, péssima ideia. Bati com costas em uma parede, quase saindo da sala, quando a pessoa que estava comigo me percebeu.


Começou a rir e vir em minha direção, eu já estava mais vermelha que a sala comunal na Grifinória, e isso só aumentou quando eu vejo quem estava rindo de mim.


-O que estava tentando fazer? Atravessar a parede? Acho que não funciona assim- Provocou o garoto da cabine.


-Benjamin Tiago LeBlanc, na verdade estava tentando te evitar- respondo confiante.


-Então falhou miseravelmente, mas por quê?- indaga.


Eu já me sinto insegura novamente, mas respondo:


-Vergonha? Ordens do meu irmão?


-Vergonha? Então você tem vergonha de mim? Eu faço você sentir vergonha ou você fica envergonhada perante minha magnitude?


-Ha Ha, com certeza é vergonha alheia.


Rimos um pouco, descontraídos, quando ele acrescenta:


-Sobre Luke, ele não está aqui, está?


-Não, mas eles colocou um microfone no meu cabelo e tá escutando tudo.


Ele faz uma expressão de susto, mas logo percebe o absurdo que disse e começa a rir novamente.


-Vem, vamos ver o céu, se você não contar eu não conto, Srta. Mahina Nyx Dolunay.


Faço expressão de reprovação ao escutar meu nome completo antecedido por "Srta.", Mas respondo na mesma intensidade:


-Pode ter certeza que eu não vou contar, Sr. Benjamin Tiago LeBlanc.


Assim como eu, ele parece reprovar o nome expresso desta forma, mas ele estende a mão pra mim como se estivesse me chamando pra dançar. Eu até penso em retribuir o ato, mas só ando para a frente dele em direção a visão do céu. Estava cedo da noite, ainda não se via tantas estrelas, mas era lindo.


Procurando a Lua pelo céu, percebo que ele está olhando para mim, Benjamin parece curioso.


-O que você está procurando?


-A Lua- me surpreende.


-Garanto que não é nessa direção que ela está.


-Garanto que é- Fala, mesmo sabendo que a lua ficava para o outro lado.


-Como pode garantir isso?- pergunto curiosa com a resposta.


-Posso garantir porque eu já achei.


Nesse momento fiquei totalmente paralisada e sem reação, não sei se estava vermelha ou azul de tanta vergonha.


-Se bem que acho que você é o Sol- Ele acrescenta.


-P-por quê?- Pergunto, quase sem achar as letras.


-Porque está corada como o fogo- Ele fala rindo e quebrando o clima estranho.


-Caramba como você é engraçado- falo em tom sarcástico.


-Sou sincero, é diferente.


Ficamos um certo tempo observando o céu, em silêncio, mas não constrangedor, um silêncio bom, inspirador, mas que ia ser quebrado.


-É porque você tem luz própria- Benjamin fala, mas eu não entendo muito bem- Pode me chamar de Benji- Ele sai da torre acenando para mim com um sorriso tímido, o qual eu retribuo sem falar nada. Mas por impulso saio correndo e grito:


-Não preciso, não vamos mais nos falar, não é?


Ele apenas virou a cabeça em decepção e voltou a andar.


Benji é um garoto legal, seria um bom amigo, mas nossas casas nos separaram, desde que fomos escolhidos nosso futuro já foi esteriotipado, todos já têm opiniões sem mesmo antes nos conhecer. Já foram 4 anos que me disseram que eu sou corajosa e ousada, nobre e determinada, até hoje procuro essas características em mim, suspeito que o Chapéu se perdeu em meus pensamentos e disse qualquer casa._____ Eu saí da torre pouco tempo depois, não consegui me concentrar, meus pensamentos me descontrolavam, então decidi voltar para o salão comunal da Grifinória. Antes eu passo pelo da Corvinal para tentar falar com James antes de dormir, as pessoas de lá são muito gentis comigo, já me conhecem pelo James, que é muito sociável por lá. Luna Lovegood estava na entrada da sala comunal, me junto a ela, ela decifra a senha e nós entramos. Comprimento a todos e pergunto onde Jay está, aparentemente deve estar no dormitório sozinho, ninguém tem certeza. Eu me convido a entrar no dormitório, bato na porta antes, claro, e logo em seguida abro a porta, e...


-Por Merlin, Mahina, o que você está fazendo aqui?- Aparentemente, cheguei em um momento inconveniente, devo ter ficado verde de vergonha, tanto que nem falo nada, só fecho a porta imediatamente e saio quase imóvel, sem ao menos piscar.



 Com que cara vou olhar para o Jay depois de ter visto ele beijando um garoto da Corvinal, com outras intenções, que não identifiquei? Se bem que, pensando melhor, foi só um beijo, não é como se eu tivesse visto algo +18, eu já vi isso outras vezes, é o Jay, mas dessa vez parecia que ia acontecer algo a mais e eu estraguei o clima. Podiam ter trancado a porta pelo menos, não é? Mas de que adianta se temos Alohomora? Mas é o Jay, é de se esperar.


Decido que, obviamente, vou deixar para falar com Jay amanhã. Volto para meu dormitório e lembro do torneio tribruxo, quem será que vai ser escolhido? Tenho meus palpites, com certeza o Diggory, Cedrico Diggory da Lufa-lufa será um deles.

1001 - Nights and rules (imagine harry potter)Onde histórias criam vida. Descubra agora