As vezes a simplicidade e o silêncio dizem mais que a eloquência planejada.William Shakespeare
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POV BENJI LeBLANC ... -Quer me usar de cobaia hoje?- Mahina disse enquanto estávamos a caminho de um ponto aberto. -Seria uma honra- Respondo. Ficamos andando um pouco em silêncio. -Mahina- Antes de eu acabar, ela me interrompe. -Já que eu te chamo de Benji, você pode me chamar de Hina. -Hina, você saiu sozinha hoje? -Na verdade, Cedrico me chamou para ir no Três Vassouras, aparentemente ele não apareceu. -Mas que... -Pois é, mas eu já imaginava. Foi só falarmos de Cedrico que nós dois vimos, ao mesmo tempo, ele estava com Cho. Mahina deve estar arrasada agora. Que desgraçado. Ele tem a audácia de olhar para Hina, a mesma que me olha pedindo socorro no mesmo momento. -Me abraça, por favor- Ela pede. -Abraçar? -Rápido, por favor. Eu a abraço, como pedido, sussurro no seu ouvido: "Relaxa, ele já saiu". -Obrigada- Ela fala, com vergonha. -Olha, eu acho que ele pensou que nós estamos saindo, desculpa. -A intenção era essa. Fico vermelho. -Então, agora você é o Sol- Ela fala sorridente, mas sei que ela não está tão bem assim. Chegamos até o lugar que eu queria, bem aberto, as estrelas podiam ser observadas perfeitamente, e a Lua. Pedi para Hina se sentar no chão, já que estávamos no aberto e eu não peguei nenhum banco ou cadeira. Ela não questionou e só o fez. Era uma linda paisagem, uma noite tão estrelada quanto a de Van Gogh, mas era mais bonita, apenas por um detalhe. Ela. Ela era o detalhe. Comecei a pintar. Fiz algumas modificações no que estava vendo, estendi um pouco o céu, para que cobrisse toda folha, Hina estava de costas, admirando a noite. Em seus cabelos escuros adicionei estrelas, que se misturavam com as mechas brancas. Era magnífico. Com pequenos frascos de tinta que guardava no bolso, consegui fazer um tom parecido com a pele dela, e dei toques de azul, os que refletiam a luz noturna. Enfim, acabei. -Eu acabei, eu acho. -Vem aqui, me mostra- Ela pediu. Eu obedeço, tiro a tela do cavalete e mostro-a, enquanto me sento ao seu lado. Ela segura a pintura amadora, abre um sorriso. -Isso ficou esplêndido! Você faz isso com perfeição! Sério, nem sei o que falar. -Não ficou tudo isso, você que melhorou o desenho. -Não seja modesto, eu sei que você não é!
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(Imagem meramente representativa) Rimos e ficamos observando a luz noturna. Até percebermos que não era mais tão noturna. Alguns raios de Sol bateram em nossa pele e nos assustamos, se nos vissem fora dos dormitórios essa hora nem sei o que poderia acontecer. Então voltamos correndo, cada um para uma direção diferente. Desci para as masmorras, e nada mais aconteceu, apenas dormir por poucas horas até voltar a rotina normal. Eu pensei em chamar Hina para o baile, mas eu já prometi a professora McGonagall que vou ajudar nos preparativos e essas coisas, como som, decoração e iluminação. Além disso, acho que ela não aceitaria, Cedrico a chamou para sair, então quem sou eu na fila do pão? Apesar de Cedrico ter sido um otário. Eu fiquei com a pintura de Hina, eu devia ter dado a ela, idiota, mas eu posso entregá-la depois. POV MAHINA DOLUNAY Diggory ter me deixado plantada no Três Vassouras para ficar com Chang não foi tão ruim assim, pude observar as estrelas, ter meus cabelos pintados em uma tela e fazer as pazes com meu irmão. Falando em cabelos pintados, a pintura ficou com Benji, eu deveria ter pedido, ficou tão lindo, mas era dele, talvez ele não queira me dar, mas está tudo gravado em minha mente. Hoje passei o dia tentando evitar Diggory, assisti todas as aulas, e quando rudo acabou fui direto para o dormitório, mas ainda não tinha falado com James, eu precisava falar com ele. Desviei da rota e fui para a torre da Corvinal. Pelo caminho, o que eu mais temia no momento aparece, Cedrico e companhia, me escondo atrás de uma pilastra, pego um livro e finjo que estou concentrada, infelizmente minha tentativa de me esconder foi falha, e ele também não respeitou minha leitura. -Dolunay, ei!- Ele me chama a atenção. Eu apenas levanto a cabeça, não fingindo, mas realmente sentindo nenhum interesse em suas palavras. -Olha Mahina, desculpa furar com você, é que surgiu um imprevisto e acabei esquecendo de mandar um coruja avisando. Voltando o olhar para meu livro, aberto em uma página completamente aleatória, mas que mesmo assim me deixava mais desejosa do que esta conversa, respondo: -Imprevisto esse chamado Cho Chang? -Ela precisou da minha ajuda em algo importante. -Diggory, a coisa que menos me interessa no mundo é a ajuda que você precisou prestar a Chang, além disso, você poderia dizer que saiu, e não me avisou, com ela porque gostava dela, inventar desculpas não cai bem, só mostra o quão otário você consegue ser. Nós nunca íamos dar certo, e eu bebi a cerveja amanteigada, e estava uma delícia. Com licença! Eu passei por ele empurrando seu ombro, o que deixou seus amigos dando altas risadas, eu amei. Enfim encontrei Jay e contei todo o acontecimento de ontem para ele, inclusive a parte que eu voltei para Hogwarts quando estava amanhecendo. -Não perde tempo não é minha filha? Levou um fora do moreno e, nem esperou dar tempo de sofrer que já foi pro loiro. E está certa, estou te ensinando direitinho.- Ele fala esse absurdo. -Não é isso, eu encontrei o Benji por acaso, e não é isso que você está pensando, somos só bons amigos!- Eu o corrijo. -Ele te chamou para o baile?- O baile, eu nem me lembrava do baile, baile o qual não comparecerei. -Não, nem eu lembrava disso! Não poderei comparecer ao evento, pois, infelizmente, "gripaloei". -"Gripaloou" o caramba, óbvio que você vai, eu vou chamar uma pessoa, ou duas, mas você pode vir comigo também, eu sou igual coração de mãe. -James Tramblay Jr! Você vai chamar duas pessoas? -Calma, eu estou em dúvidas entre o John Lincoln e o Edward Prescott, os dois são bonitos e querem ir comigo, só preciso convencer ambos a irem em trio comigo. -Você não tem jeito! -Falou a mesma que voltou para a escola de madrugada porque tava ocupada esquecendo o moreno, junto com o loiro. -Jay!- Disse bem alto, e começamos a rir.
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