O garoto da capa vermelha

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Conto 1

  A floresta dessa e úmida cheia de carvalhos e mugo escondia uma cabana rodeada de flores silvestres . Jimin arrastava sua imansa capa vermelha pela neve com sua cesta com frutas e pães. Ninguém entendia o seu gosto pela solidão mas todas as noites ele espero lobo .

No vilarejo todos sabiam do conto do lobo. Que em toda lua cheia ele aparecia e levava alguém como oferenda. Ninguém nunca havia visto o lobo , exceto Jimin. Ele não sabe se realmente o viu , ele tem a sensação. Quando tinha cinco anos ele se perdeu na floresta , cansado e com frio antes de perder a consciência ele viu olhos vermelhos e pelagem negra. Desde então passou a vida procurando pelo lobo .

Jimin acordou com o barulho do vento em sua janela, mesmo com preguiça ele se arrastou até a pequena cozinha e comeu o seu desjejum com pães de frutas e chá de amora. O inverno logo chegaria e ele precisava estocar mantimentos para aguentar a grande nevasca. Ele calçou suas botas de couro preta, pegou sua cesta e sua capa vermelha e saiu a caminho do vilarejo.

O som dos seus passos na neve faziam um barulho ímpar, seus ouvidos  registrava todos os sons floresta, mas o som de um galho quebrado o fez parar. Talvez um coelho ou um veado pudesse estar passando por ali . Ele olhou para trás e nada viu , se certificou se sua adaga estava na bainha do seu cinto e voltou a caminhar.

Ele deu três passos e ouviu o som de passos. Ele parou novamente, olhou para trás no meio dos arbustos e continuou. Dessa vez ele continuou andando o som dos seus passos ímpar agora eram par. Alguém ou alguma coisa estava seguindo os seus passos, ele continuou olhando para frente até às grades árvore ficarem para trás e a clareira do vilarejo surgir. Seu coração batia descompensado mas ele não sabia o motivo, ele seguiu cumprimentando as pessoas que via pelo caminho.

– Ei você demorou ! – Exclamou Hobi que veio segurando Jimin pelo braço. Eles eram amigos desde sempre , seus pais adotaram Jimin quando seus pais morreram, mas ele preferiu continuar na cabana em que foi gerado.

– Eu cheguei não cheguei? Me conta , o que aconteceu na minha ausência?

– Nada de mais . A mulher do prefeito continua reclamando da gravidez, ela diz que só os sabonetes de ervas a acalmam.

– Talvez eu deveria começar por ela.  Preciso vender todos antes do fim do dia , está esfriando.

– Eu não entendo porque você tem que se isolar, era legal quando você morava conosco.

– Hobi..

– Eu sei , eu sei , é na floresta que o lobo mora . Você acha mesmo que vai conseguir ver ele ? Ninguém nunca o viu , acho que é só uma lenda. 

– Eu o vi . Tenho certeza.

– Tudo bem . Vamos . Eu vou te ajudar com os sabonetes e depois vamos ver a mamãe e o pai.

Jimin vendeu todos os sabonetes que tinha trago. Ele era o melhor sabonetoeiro da região e muito vinham para comprar. Ele almoçou com seus pais adotivos e ganhou mais uma colcha e pães de nozes. Já era tarde quando ele saiu da vendinha com velas e fósforos, a noite loga cairia e ele precisava ser rápido.

Ele adentrou na floresta fazendo o caminho para casa. A neve caia em flocos grandes e rápidos conforme o vento sobrava , Jimin dava um passo para frente e dois para trás , estava impossível ver algo na sua frente, suas pernas estavam pesadas e cesta na sua mão também. Ele segurou o capuz mantendo seus olhos seguros e continuou andando, até tropeçar uma raiz e cair com as mãos na neve.  Sua mente voltou para quando ele tinha cinco anos e se perdera na floresta, estava frio e ele podia sentir seus lábios ficando roxos.  Ele se levantou e tentou se orientar mas não conseguia ver nada.  O som do vento cantava em seus ouvidos uma melodia assustadora, o som de galhos quebrando passou a ser mais alto e próximo, Jimin parou tentando olhar em redor, o seu coração bateu descompensado quando ele viu olhos vermelhos no meio da tempestade branca. Ele piscou mas nada mudou . Era ele .
O lobo .

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