Na segunda feira antes da Camilla ir para o trabalho, citou sobre uma entrevista de emprego numa tal lanchonete ali bem próximo e pediu que "dá-se uma olhada."
Como eu estava precisando de trabalho para não só depender da minha irmã, decidi em dá uma passada por lá sem compromisso. E o "ali bem próximo" dela, queria dizer meia hora de caminhada. Mas consegui achar o local pelo endereço que ela havia dado, e sendo sincera o lugar era muito bonito, assim posso dizer.
Era bem localizado numa avenida bastante movimentada e chamativa. Eu estava confiante sobre aquilo, e nada pessimista. Mas eu ainda estava parado na frente da porta da lanchonete e as pessoas que ali dentro se encontravam já estavam todos me olhando com uma expressão meio interrogativa. Acho que eles estavam pensando " PORQUE AQUELA GAROTA ESQUISITA ESTÁ OLHANDO PARA NÓS." Daí decidi entrar me direcionando até o balcão.
Uma garota muito simpática me atendeu, e nos apresentamos uma para outra. Depois que a Marina confirmou sobre uma vaga de emprego eu me empolguei. Aquele emprego seria perfeito para começar, só precisaria conversar com a gerente. Eu perguntei a Marina sobre a gerente, disse-me que iria chama-lá e pediu que esperasse enquanto isso. Quando ela voltou disse-me que a Jéssica tava ocupada e que ela perguntou se eu poderia esperar um pouco até ela terminar o que estava fazendo, eu é claro esperei afinal não tinha muito o que fazer então o que custava esperar um pouquinho.
Enquanto isso me sentei em uma das mesas, mas só foi eu me acomodar para aparecer uma senhora perguntando se poderia se sentar comigo, eu é claro, disse a ela que poderia sim. Ao se sentar ela começou a me perguntar se eu gostava do lugar, como era minha primeira vez, falei para ela que eu adorava a decoração do lugar em si, era muito bonito, citei também sobre as garotas que ali trabalhavam, que eram muito simpáticas e que com certeza eu voltaria novamente naquele local afinal tinha um clima aconchegante. Novamente ela voltava a me perguntar mas desta vez era sobre a comida, e como eu ainda não tinha pedido nada, falei para ela que ainda não havia provado para dizer alguma coisa, afinal eu tinha acabado de chegar.
Ao terminar de dizer isso, ela deu uma leve gargalhada e chamou uma das garçonetes e pediu o melhor prato da casa, um pra ela e outro para mim. Tentei dizer que não precisava mas ela insistiu dizendo-me que só queria uma companhia para conversar um pouco. No decorrer da conversa eu não conseguia parar de admirar sua beleza, pois ela era muito bonita tipo fora do comum até me perguntei se aquilo era plástica em seu rosto. Como eu estava olhando fixamente para seu rosto sem piscar, ela logo me perguntar porque eu estava olhando tanto para ela daquela maneira. Nisso rapidamente quebrou o meu silêncio, me deixando um pouco sem jeito naquele momento, então abrir o jogo dizendo-á que ela era muito bonita, nisso ela começou a rir dizendo-me para deixar de se boba e, após isso agradeceu-me dizendo obrigado por minha gentileza. Quando voltei a ficar em silêncio, inesperadamente ela me perguntou:
_Você não parece ser daqui jovem mocinha!
Como ela havia me pegado de surpresa com essa pergunta, eu apenas perguntei da onde ela tinha tirado essa conclusão. De repente ela começou a se inclina para o lado e logo percebi que ela estava me analisando de baixo para cima, voltando a se sentar normalmente, ela pôs seus braços sobre a mesa e apoiou seu queixo em suas mãos. Me olhando ela deu um sorrio e começou a rir, daí em seguida ela veio com uma perguntar, perguntando de onde eu era.
Como eu havia chegado poucos dias, falei que havia vindo do interior para estudar na universidade, empolgada com minha resposta perguntou-me se eu estava falando sério, nisso ela começou a contar que também havia vindo do interior a muito tempo atrás e nunca mais voltou.
No entanto logo percebi uma decadência em sua voz ao falar do passando e um leve sorriso discreto como se estivesse tendo algumas boas lembrança de algo. Acredite em mim, eu fiquei bastante curiosa para saber como era as coisas de antigamente, e aquele momento seria perfeito para descobri. Então não deixei passar, logo eu estava perguntando como era a vida dela antes de vim para cidade.
Daí ela começava a contar sobre sua vida na roça e o quão era divertido, enquanto ela contava dava para ver o quão especial aquilo era para ela, seus olhos brilhavam em todo momento quando pronunciava as coisas que fazia, ela não parava de falar o quão maravilhoso era a sua vida.
Se quer saber, eu estava gostando de ouvir suas histórias era como se eu estivesse olhando para o meu próprio reflexo no espelho em minha frente. Quando ela estava terminando de me contar as histórias a garçonete nos interrompeu trazendo os nossos pratos, nisso a senhora me pediu que provasse.
Ao provar eu não consegui segurar o som da degustação, aquilo estava muito bom. Vendo a minha reação encadeada a senhora simplesmente disse-me que nem iria perguntar se estava bom ou não, só pela minha expressão já confirmava tudo o que ela queria saber, mas antes mesmo que eu dissesse algo a Marina me interrompeu me perguntando se a Jéssica já havia me atendido. Contei a ela que ainda não tinha, e nisso ela me pediu só mais um estantinho que iria lá dentro para vê o que houve.
Enquanto isso a senhora me perguntou se eu estava ali para a entrevista de emprego, eu afirmei que sim e ela logo me perguntou meio que brincando se eu tinha trazido o currículo comigo e bem. Eu, "meio" que, não tinha um currículo!(・_・;).
Claro perguntei a ela se realmente precisava dessas coisas e ela disse-me que sim e, me explicou como funcionava as coisas ali. Mas é claro eu fiquei sem jeito depois que ouvir tudo o que ela havia me contado.
Logo comecei a ficar sem esperança e a senhora vendo minhas "reações preocupadas," começou me encorajar dizendo-me para não me desanima que tudo daria certo no final. Ela disse-me que também havia passado pela mesmas situações quando veio para cidade na sua juventude, disse-me também que não sabia de nada e nem de onde começar, daí argumentei para ela que eu precisava de um trabalho afinal eu não queria só ficar dependendo da minha irmã, eu também queria ajudá-la sobre as contas de casa e pode mandar todo mês um dinheiro para minha mãe, pois ela ajudava pessoas menos favorecidas e eu também queria fazer o mesmo pelo menos ajudando-á com um dinheirinho assim ela poderia tá comprando algo para doar para aquelas pessoas.
Antes mesmo de eu terminar de conta sobre meus objetivos para a senhora, a Jéssica veio e me pediu desculpas pela demora e logo me chamou para ir até a sua sala para conversarmos, mas ao me levantar da cadeira a senhora que estava sentada comigo disse:
_Não precisa levá-la Jéssica!, só dê um uniforme a essa Menina e expliquei o que ela deve fazer, contrate-á! Que eu mesmo me responsabilizo!.
Neste momento eu olhei para a senhora que alí estava sentada e disse.....
( COMO É QUE É O NEGÓCIO!???(°_o).
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O conto de Júlia keuin (Lua crescente)
Teen FictionApós ser premiada por uma bolsa de estudos, Júlia uma garota puritana traumatizada pelo passado, irá morar com sua irmã por algum tempo até se formar na universidade. No entanto, o que ela não esperava era que sua vida normal e pacifica se tornaria...