O carma

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De repente  ele se levantou e eu apenas fiquei olhando para onde ele iria.

Até então imaginei que ele iria voltar para o luga que estava antes e voltaria a dormir, mas. Logo ele voltou trazendo um som velho que estava bastante empoeirado por sinal. Ao olhar aquilo perguntei o que ele iria fazer, nisso ele começou a mexer e  limpa-lo, pude vê claramente que o som era um daqueles toca fita muito antigo, e sim!, um daqueles clássicos. Ele havia saído de novo e logo voltou trazendo um fio em uma caixa que por sinal também estava completamente empoeirada. Nisso ele me pediu que procurasse fitas velhas na caixa para o som, eu é claro procurei mas com mal(ರ ~ ರ) vontade.

Eu havia achado várias fitas e nisso ele já tinha conseguido ligar aquele bagulho velho. Ele então pediu que eu escolhesse uma fita para toca, e eu é claro, escolhi qualquer uma, apenas peguei da caixa e o entreguei, sem menos olhar.

É sério! Eu não tava com vontade nenhuma de ouvido aquele treco tocar, ao contrário de mim, ele estava bastante empolgado, até parecia uma criança indo no parque de diversões pela primeira vez, seus olhos estavam brilhando e saltitantes. Até então eu estava de mau humor pensando como eu iria sair dalí e preocupada de não pode entregar o trabalho que me esforcei tanto para entregar ao professor. Surpreendentemente, e né! Que o treco começou a tocar. The Time Of My Life, Canção de 𝘽𝙞𝙡𝙡 𝙈𝙚𝙙𝙡𝙚𝙮 e 𝙅𝙚𝙣𝙣𝙞𝙛𝙚𝙧 𝙒𝙖𝙧𝙣𝙚𝙨

Vou dizer para você, o som era agradável(θ‿θ). Do nada ele começou a dançar e eu caí na risada, não porque estava dançando desajeitado mas sim porque ele havia começado a dançar aleatoriamente em minha frente sem menos se importar. Eu até pensei em dançar mas eu estava acanhada demais para fazer uma coisa dessa, então preferi ficar quieta no meu canto. Enquanto isso ele começou afrouxa a sua gravata e se solta ainda mais no ritmo da canção. Ele aparentava está bastante empolgando, enquanto eu, apenas fiquei ali observando sua performance. Até então eu não estava querendo sair do meu canto mas, de repente ele veio e se agachou em minha frente e me perguntou dizendo:

_É sério que você vai me deixar passar essa vergonha sozinho!?

( 𝘾𝙇𝘼𝙍𝙊 𝙌𝙐𝙀 𝙑𝙊𝙐!.)

Ao estender sua mão em minha direção, eu simplesmente a peguei e ele então me levantou. Ao me erguer, repentinamente ele agarrou minha cintura e m puxou para perto dele, e meio que foi estranho pois sentir um arrepio estremo subindo em minha nuca e descendo até meus joelhos, automaticamente eu olhei em seus olhos e não conseguir dizer uma só palavras sobre aquilo. Ele me girava e me levava para um lado e para o outro como, como se, estivéssemos dançando uma valsa com um toque de balé clássico.

Na infância eu havia feito belê, e por três anos, enfim. Neste momento enquanto dançávamos eu me perguntava se ele já havia dançado balé pela forma delicada de se movimentar, aquilo não era de um amador mas sim de um verdadeiro profissional. Nisso o som começou a engasgar e parou de tocar, então começamos a cair na risada, não sei dizer se foi por constrangimento ou por estarmos felizes pela diversão ou talvez até pela parada repentina do som que só fez a gente voltar para a devida realidade. Então eu me sentei no chão de cansaço, eu estava ofegante, então do nada, ele veio me perguntar:

_Me diz, porque parou?

Sem entender sua pergunta, perguntei o que ele estava querendo dizer, nisso ele me perguntou novamente:

_Por que parou com o balé?

Espantada com sua pergunta indireta a minha pessoa, respondi perguntando-o:

_Como você sabe que eu parei??

  Dando um leve sorriso e desviando seus os olhos dos meus, ele disse:

_Você exitou na hora do passo como se estivesse com dúvidas

  Com uma face "sorridente" então respondi:

_Que observação perspicaz a sua em!

Na verdade eu estava perplexa e com medo dele, por simplesmente ter descobrido algo pessoal meu, tão facilmente, sendo que eu não tinha dito nada a ele(ಠಿ-ಠ). No entanto ele logo voltava a perguntar o motivo de eu ter parado de dançar balé e nisso eu digo:

_ Eu parei porque....bem...foi assim.
Eu tive um professor, por pouco tempo é claro. Jean...Jhemiz, era o nome dele. Sabe!, eu gostava muito dele. Acredite ou não mas, eu só não faltava as aulas por causa dele. As aulas da professora Lilian eram chatas e sendo sincera, eu só comecei a fazer balé por causa da minha mãe, ela tinha esse "sonho" de se tornar bailarina mas como seus pais não tinham condições, teve que desistir, ae você já viu né eu tive que me tornar seu sonho. Enfim. Respondendo sua pergunta, um dos motivos que desistir do balé foi por causa que eles afastaram o professor Jean Jhemiz. Bem, a professora havia inventado uma história que o professor tinha ido para outra escola e tal, mas. Na verdade por alguns anos eu fiquei sabendo que o professor havia sido afastado por causa que as outras meninas ficaram com inveja do professor só me ensinar. Por causa que eu tinha.... Tanto faz não importa!. Se quer saber elas inventaram alguma coisa não sei, para seus pais e eles pediram para a professora Lilian tomar uma providência, e, ae ele foi-se embora, sem dar tchau, sem dizer tô indo, sem menos se despedir de mim... Acho, acho que foi minha primeira vez que chorei tanto na minha vida, tá!, nós nascemos chorando mas, não lágrimas de dó. E a outra razão por eu te saído foi... À deixa pra lá!.

Como eu estava exausta e suando sem parar, ele havia se levantado e logo após trouxe uma garrafa d'água para mim, surpresa logo perguntei de onde diabos ele estava tirando todas aquelas garrafas d'água.

Então ele me contou que ali no armazém tinha uma geladeira velha que ele havia conseguido consertar-la a duas semanas atrás, como era difícil alguém aparecer ali ele então aproveitou e começou a trazer coisas para pôr nela. EU ME SENTI TROUXA⁄⁠(⁠⁄⁠ ⁠⁄⁠•⁠⁄⁠-⁠⁄⁠•⁠⁄⁠ ⁠⁄⁠)⁠⁄, COMPLETAMENTE TROUXA, É SÉRIO quando ouvir isso dele. Se eu soubesse disso desde o começo eu não tinha nunca na minha me sujeitado aquele humilhação toda pela água.

Nisso perguntei se por acaso ele tinha algo para come afinal eu estava com fome e eu não havia tomado meu café da manhã. Ele me disse que tinha uma pizza na geladeira, aproveitei e perguntei se por acaso ali também tinha um microondas para esquentar a pizza.

De repente ele me perguntou que tipo de lugar que eu estava pensando que o armazém era, então eu aceitei que ali realmente não tinha nenhum microondas mas seria legal se ele disse que tinha sim um microondas. Como não tinha outra coisa para comer eu peguei uma das minhas barras de chocolate e dividir com ele, enquanto eu comia percebi que....EU ESTAVA COMPLETAMENTE ENCOSTADA NELE TIPO, APOIADA NELE MESMO(ʘᴗʘ✿).

Aquilo não me encomendava nenhum pouco, e menos ainda me deixava desconfortável ou com repulsa. Eu me sentia [.......] Me sentia confortável tipo segura com ele, e isso era bizarramente estranho. E foi quando eu apoiei minha cabeça em seu ombro, eu não sei por que fiz aquilo eu só fiz, apenas fechei meus olhos e... e deixei me levar. Então ouvir ele cheirando meu cabelo e logo retirei minha cabeça de seu ombro rapidamente, assim fazendo contato visual com um semblante meio envergonhada e perguntei o que ele estava fazendo. Nisso ele começou a cheira seu ombro e ao olhar para mim ele disse:

_Esse odor está me impregnando agora, isso tá vindo de você?

Nesse momento parei de mastigar meu chocolate e lentamente o engolir. Logo me virei para que ele não visse meu rosto. (._.') Acredite ou não, eu queria ²⁷morrer naquele exato momento.

O conto de Júlia keuin (Lua crescente)Onde histórias criam vida. Descubra agora