O conto de Júlia keuin (Lua crescente)

De volta ao clima

Nisso voltei a perguntar sobre o assunto de amizade. Ainda meio sem jeito pergunto:

_Então como faço para conhecer os amigos de verdade?

Olhando para o teto ele então diz:

_Pessoas que diz que você e linda e batem palmas quando está de salto alto não são seus amigos

Logo o pergunto:

_Então quem são?

Ao olhar para mim ele disse:

_Amigos de verdade, vão aplaudir quando você estive em cima do palco e também vão aplaudir quando você não estive.

Quando ele terminou de falar eu o perguntei:

_Então é isso que é amizade!

Balançando sua cabeça ele confimar e logo finalizar dizendo:

_Então seja leal com as pessoas mesmo elas não sendo, isso só mostrará que você é madura o suficiente, e quem na verdade preciso de alguém são elas

Repentinamente a sua feição havia mudado e ele logo desviou o olhar fazendo-me se perguntar o que tinha acontecido. No entanto ele voltou a me olhar mas desta vez com a mão em sua boca dizendo:

_Você percebeu!??

Sem entender perguntei:

_O quê?

Desviado olhar novamente ele diz:

_Acreditei seriamente que você fosse mais inteligente

Percebendo que ele estava fazendo pouco de mim por não entender o que ele estava falando eu disse:

_Vai começa a me zoar por causa do meu cabelo, porque você também é loiro! ☞

Rapidamente ele olhou para mim e retirou sua mão de sua boca e disse se levantando do lugar dizendo:

_Eu me refiro ao clima!. Dois jovens trancados em um lugar possivelmente isolado e não se dão bem, isso te lembro alguma coisa?

Eu ainda relutante para entende-lo pergunto:

_Onde você quer chegar?

Ao dizer isso ele começou a levantar o braço e logo pôs em sua cabeça dizendo:

_Você não entendeu ainda!, isso aqui está parecendo um daqueles filmes românticos que passam... Não interessa, nos filmes os jovens sempre brigam no começo e foi o que aconteceu com a gente, se é que posso dizer que isso foi uma briga mas, agora estamos aqui de boa como se fossemos melhores amigos!

Juro que eu estava tentando entende-lo mas estava difícil pois eu não sabia onde é que ele tava querendo chegar, então eu digo:

_E o que tem haver?

De repente ele me deu as costas e logo voltou a me olhar dizendo:

_Acredito que seria agora que deveríamos nos beijar!

Surpresa com sua perspicácia na análise eu respondi dizendo:

_Áh! Eu entendi, você quer me beijar é isso... Sabe nos filmes é o homem que tomas as iniciativas, acho que você deveria fazer o mesmo!

Eu terminei de dizer isso para ele com um sorriso gentil no rosto, no entanto ele fez uma cara de frustração e logo se sentou do meu lado dizendo:

_Não!, parando para pensar todas as senas dos filmes onde rolam as senas dos beijos, as mulheres sempre estão de cabelos soltos!

Olhando para ele digo:

_E o que têm haver?

Olhando no fundo dos meus olhos ele disse:

_Eu mesmo não beijaria uma garota de cabelos presos.

Nessa hora me toquei que ele estava olhando para o meu cabelo e nisso eu havia me lembrado que eu tinha amarrado porque como eu tinha trocado as roupas eu pensei em amarra-lo pois assim não molharia minha blusa. Quando ele parou de me olhar eu havia entendido, ele só estava tentando me animar me fazendo se distrair, nisso eu dei um tapa em seu ombro e ele começou a rir.

( 𝘽𝙤𝙗𝙤.)

O clima já estava calmo enquanto eu só curtia aquele momento, eu não pensava em mais nada a num ser me perguntar sobre aquela paninho rosa que ele havia me emprestado, e nisso eu logo o perguntou:

_Ei de quem é esse pano rosa?

Ele começou a rir e disse todo "constrangido"

_Isso é meu!

Eu toda debochada digo:

_Ué?, onde você comprou não tinha para homens não?

Sorrindo ele então disse:

_Até tinha mas preferi comprar assim. Pois isso chama mais a atenção dos curiosos!

Ele havia terminado de falar isso olhando em meus olhos, sinalizador que tinha resposta para tudo que eu dissesse. Logo sentir que sua resposta foi como leva uma patada de uma égua. Nisso a única coisa que havia me restado foi cair no riso. Então Fiquei curiosa sobre ele, e logo o perguntei se por acaso ele morava por ali, e nisso ele havia dado uma pausa e logo voltou me perguntando se eu morava no interior.

(𝙀𝙨𝙥𝙚𝙧𝙖 𝙖𝙚!... 𝘾𝙤𝙢𝙤 𝙚𝙡𝙚 𝙨𝙖𝙗𝙚 𝙦𝙪𝙚 𝙨𝙤𝙪 𝙙𝙤 𝙞𝙣𝙩𝙚𝙧𝙞𝙤𝙧?)

Essa daí deixei passar. Depois que comecei a falar sobre o interior e sobre minha vida por lá, ele começou a me olhar diferente, prestando bastante atenção no que eu falava, era difícil de piscar um segundo. Eu não parava de falar o quão era empolgante e divertido, enquanto eu contava não parei de falar mais. Ele sorria, ele fechava os olhos, ele se encostava na parede, ele caia nos risos, ele deitava no chão, ele me empurrava, eu o empurrava, eu o observava a cada detalhe de suas expressões, a cada bobeira e historinhas que eu o contava que por sinal não pareciam serem realmente reais, ele chorava de rir mesmo assim.

Então olhei para ele seria e perguntei:

_Porquê?

Olhando em meus olhos ele respondeu:

_Não sei a resposta, se não á uma referência da pergunta. O que você procura saber?

Logo desviei o olhar, olhando para frente seria, eu disse:

_Porquê?. Porque a gente não se conheceu antes, talvez seria tudo diferente, saber, se você estiver lá.

Então do nada ele me deu uma empurrada de ombro, dizendo:

_Eu estou aqui agora. Se você realmente não quer fazer essa mesma pergunta daqui alguns anos, então o que você quer fazer faça agora só faça o que têm em mente.

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