A vida é feita de escolhas. mas existem coisas que não podemos controlar.
Adolescentes sem medo das consequências, uma aposta, mágoas e tristeza.
Jimin, nunca imaginou que em apenas uma noite sua vida mudaria por completo. Agora, com seu filhote, e...
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-Jimin, tem certeza que você vai ficar bem voltando para Busan? — minha mãe pergunta apreensiva enquanto dirige.
-Omma! Já disse que sim! Já fiz a transferência da minha faculdade e começo semana que vem. Só falta uma escolinha para o Yohan.
-Sem a escola você não consegue ir pra faculdade, né? Queria poder ajudar mais, mas voltamos para Busan porque meu trabalho estava muito cheio para resolver de longe.
-Você já me ajuda e ajudou tanto omma. Nem imagina como. Você paga minha faculdade, a escola do Yohan, só tenho que agradecer a você. — digo e a olho com lagrimas nos olhos.
-Não chora, filho. — tira uma mão do volante e seca minhas lágrimas — Seu pai ficaria muito orgulhoso pelo homem que você se tornou.
Ficamos no carro com um silêncio acolhedor, ainda é um pouco difícil aceitar que estou voltando para a cidade que mudou minha vida completamente, mas o importante é que já superei tudo.
Me chamo Park Jimin, tenho 21 anos e um filhote de 4 aninhos, ele se chama Park Yohan e é simplesmente a razão da minha felicidade. Quem é o pai dele? É melhor nem saber. Tenho grandes chances de o encontrar novamente estando aqui. Mas vou me manter firme.
Após algumas horas finalmente chegamos à nossa casa, faz um pouco mais de quatro anos que não entramos nela. Foi a casa em que cresci e vivi os melhores momentos com meu appa e minha omma.
Desço do carro e pego Yohan no colo, ele está completamente apagado no banco traseiro do carro. Por sorte ele é uma criança extremamente calma e bem comportadinho.
Observo a rua que cresci, ela é bem calma e familiar, paro no rostinho do meu filhote, ele está tão sereno. Faço carinho em seu rostinho e o admiro dormir mais um pouco, eu acho a cena mais linda de todo o mundo.
Não nego que sou um omma bem coruja e protetor com meu filho, mas eu passei por tanta coisa, sofri tanto, que estou disposto a estar sempre ao lado protegendo meu doce Yohan.
Aproximo meu nariz proximo ao seu pescocinho e sinto seu cheiro de uva que eu tanto amo. Melhor cheiro impossível. Escuto passos ao meu lado, mas realmente não dou muito importância. A cinco anos atrás, fui embora dessa lugar e deixei tudo para trás, sem remorso algum.
-Ji? J-Jimin?? É, é você mesmo? — uma voz que não escuto a anos surge atrás de mim. Me viro lentamente em direção a pessoa.
-O-Oi!? — não nego que estou com receio.
-AI MEO DEOS!!! É VOCÊ MESMOOOO!! — não vou negar que senti falta dos surtos de Kim Taehyung, meu vizinho e provavelmente ex amigo.
-Shiii! — peço silêncio, por força do hábito, já que um amigo que fiz na minha antiga cidade surtava igual.
-Ai, me desculpa. Não vi a criança no seu colo. A tia Sun teve outro filho, muito fofo seu irmão. — infelizmente aqui a realidade é outra, ninguém sabe da verdade, eu odeio quando dizem que o Yohan é meu irmão. Eu não pretendia mostrar para ninguém o meu filho, seria segredo.
-Tudo bem, Taehyung. Foi bom te rev...
-Ai, Jimin! Você sumiu do nada, não deu sinal de vida por anos, não sabe como eu morri de preocupação. Achei que fôssemos amigos, nem me avisou que ia se mudar. — como imaginei, ele nem me deixou terminar de falar.
-Rolaram umas coisas e acabamos nos mudando mas está tudo bem.
Ele ia responder algo, mas na hora minha omma saiu de dentro de casa por estranhar minha demora, ela conseguiu me tirar de uma. Por sorte, ela me conhece muito bem e sabe que a situação em que me encontro agora não era planejada e que quero fugir dela.
-Jimin! O dia está muito quente pra deixar o Yohan assim, ele ainda deve estar com febre. — ditou, me olhando nos olhos para me passar segurança.
-Oiii tia Sun!! Quanto tempo.
-Oi, Taehyung. Faz tempo mesmo. Mas outra hora vocês conversam, acabamos de chegar e temos muitas coisas para organizar.
Minha omma fez um corte direto na conversa, ela viu meu desconforto. Saí sem nem olhar para trás, deixando Taehyung para trás. Não me julguem por ser uma pessoa ruim, tive meus motivos para ir embora sem contactar ninguém.
Dei nem dez passos direito e fui interrompido pelo toque do meu celular, a senhora Sun pegou meu pequeno do meu colo, falando que ia colocar ele na cama para descansar melhor.
-Alô? — atendi sem olhar quem era mesmo.
-Jiminie!! Vocês já chegaram? To morrendo de saudades de você e do meu afilhado. Eu disse para me ligar assim que chegasse!
-Hope! Calma, acabei de chegar, aconteceram umas coisas, mas está tudo bem. Sei que você que ver mais o Yohan do que eu. Pode vir aqui em casa.
-Vou mesmo. Em cinco minutos estou aí, ainda bem que te consultei antes de alugar uma casa aqui em Busan, consegui uma pertinho da sua.
-Vou estar te esperando.
Jung Hoseok, minha esperança, conheci ele no ensino médio, assim que me mudei para Daegu. Ele foi uma pessoa que me apoiou muito e esteve comigo em todos os momentos, diria que um ótimo alfa e um melhor amigo mais que perfeito.
Nem entrei dentro de casa direito, já fui tirando nossas coisas do carro. Definitivamente, odeio fazer mudança. Já estava na terceira viagem quando reconheci a voz do meu ex melhor amigo e do meu melhor amigo.
-Hoseok, o que faz por essas bandas? Achei que ainda não tivesse se familiarizado com Busan.
-Vim ver um amigo e meu afilhado. Aliás, olha ele ali. — o mini querido balançou os braços em minha direção — Jiminieeeeeee!!!!!!
-JHopeeeeeeeee! — nossos parafusos não funcionam bem, então sem julgamentos.
-Tô indo, Tae. Nos vemos segunda. JIMIN! Cadê meu afilhado?
-Obrigado por lembrar do amigo. Estou bem também. Ele estava dormindo, por estar com um pouco de febre, mas essa gritaria toda vai acabar acordando ele. Anda, me ajuda a tirar as coisas do carro.
Mesmo resmungando ele me ajudou, agradeço muito, era muita coisa e muito peso. Minhas costas já estavam doendo, coluna de omma é assim, infelizmente.
