Nenhum deles aprovava a conduta sorrateira para com Yewon. Após refletirem, no entanto, perceberam que o segredo não começou naquela tarde, pois teciam há meses uma relação íntima a qual ela desconhecia, bem como ambas as famílias e toda a escola. Já haviam encontrado uma solução acidental para a falta de privacidade no sigilo de seus encontros. Utilizar a mesma tática na casa dos Choi, embora desonesto, não faria mal.
Buscando preservar um pouco da honestidade (se possível), estabeleceram regras: Exceto aos finais de semana, nos quais Soobin quase sempre escapulia pela janela, ele só visitaria às escondidas em dias que também frequentasse a casa dos Choi. Na sexta-feira presente, por exemplo, à convite de Yewon, acompanharia a receptiva família num passeio ao parque municipal após a aula.
Hyojung pausou seus afazeres professorais e levou os três adolescentes mais a caçula até o local arborizado, onde brincaram com o bolão multicolorido de YooA, caminharam com a grama suave sob os pés, tomaram sorvete a fim de aplacar o clima ensolarado e admiraram a paisagem bucólica.
Partiram quando o brilho do sol se extinguia no horizonte, pintando um crepúsculo avermelhado dentre as nuvens, e Soobin se despediu tão logo descera do carro. Prometeu retornar em breve, laçou a amiga num abraço apertado, do mesmo jeito que Yeonjun fizera com ele, acariciou o cabelo de YooA e dobrou-se numa reverência educada para Hyojung.
Cerca de quinze minutos depois, o tempo duma volta inteira no quarteirão, subia a treliça aos resmungos. Praticou bastante à medida em que os dias passavam, dominou a técnica, contudo ainda se esfolava na madeira irregular vez ou outra.
Yeonjun o aguardava no quarto desarrumado conforme se tornara rotineiro. Mas tinha algo fora do comum àquele dia. Os olhos de Soobin engoliram o outro rapaz de cima à baixo, analisando seus trajes — ou a escassez deles.
A julgar pela expressão de Yeonjun, este sabia o efeito que lhe causaria vestir-se somente com a jaqueta do time e uma cueca tipo thong, cavada na parte frontal. Ele soltou uma risadinha perante o olhar carregado e deu-lhe as costas.
Espiando por cima do ombro, puxou a barra do casaco de modo travesso para exibir o pecaminoso arranjo de pano e pele, no qual o fino tecido da veste íntima lhe abraçava os quadris e sumia entre as bandas. Além de dar-lhe volume, a peça delineava seus glúteos à imagem da perfeição.
Uma quantidade anormal de saliva se acumulou na boca de Soobin, que tragou com dificuldade.
— E-essa jaqueta é minha?
O sorriso de Yeonjun aumentou. Escrito em branco no fundo azul-marinho, as cores da escola, lia-se "Choi Soobin" acima do número doze.
— Chegou essa semana. Pedi ao Mingyu pra te entregar pessoalmente. — Empinou-se mais. — Já a parte de baixo foi sugestão do Wonwoo. Gostou?
Soobin acenou com a cabeça, abobalhado. Despertava mais risinhos em Yeonjun, quem terminou o giro, de frente para ele novamente. Atravessou o cômodo num galgar lento, concedendo-lhe tempo de sobra para apreciar a nudez das longas pernas. Uma camada de pele aparentemente sedosa ao toque escondia músculos bem trabalhados; suas mãos coçaram na ânsia de senti-los.
Nada fez, todavia. Estava sem reação, hipnotizado pelo corpo malemolente, absorvido pelo olhar implacável. Conquanto Yeonjun o atraísse feito um ímã e seu consciente implorasse por ação, tinha algo naquela situação que lhe provocava letargia. Queria tomá-lo tanto quanto urgia por contemplá-lo.
Coube a Yeonjun guiar suas mãos hesitosas até a carne farta de sua bunda. Afundou os dedos ali com violência, puxando-o inconscientemente de encontro à própria pelve. Inspirou pesado sob o choque da crescente volúpia, ao mesmo tempo em que arrancava um ofego maravilhado do parceiro.
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Yewon's Brother • YeonBin
FanfictionApesar do visual grunge e cabelo avermelhado, Choi Soobin era um rapaz discreto, que desejava o mesmo para sua vida escolar. Fazer amizade com a princesinha do colégio, no entanto, põe ele sob os holofotes, especialmente porque a proximidade dos doi...