Capítulo 1

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Se preparem para o maior clichê 😆 essa fic será pior que novela mexicana 😅

               
                 Boa leitura!

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Sete anos depois...

Pov: Danilo

É incrível como a vida da gente muda em um piscar de olhos. Tudo está bem, e de uma hora pra outra desmorona sob nossa cabeça. Mesmo depois de tudo que Maraisa me fez não tem um dia que eu não pense nela, ás vezes, me perguntou como ela deve estar? Provavelmente ela tenha encontrado outro pra fazer de trouxa, ou talvez, como o plano de me enganar não tenha dado certo, a mulher tenha ido atrás do pai do bebê que ela esperava e eles estão juntos e felizes como aquelas famílias de comercial de margarina, e eu aqui feito um idiota pensando nela. Durante esses anos a morena sempre esteve presente em minha vida mesmo estando longe. Até hoje eu busco entender por que ela fez isso comigo? Eu também não fui honesto com ela quando omiti o meu maior segredo, mas isso não é justificativa para o erro que ela cometeu. Quando eu tinha quinze anos eu fiquei doente com caxumba, e apesar dos cuidados e repouso absoluto a doença apresentou uma complicação, e o vírus foi para os testículos ocasionando uma orquite, fiz todo o tratamento corretamente e em algumas semanas já estava curado. Na época o médico até recomendou que minha mãe me levasse a um urologista justamente para averiguar possíveis sequelas deixadas pela doença. Apesar da insistência de dona Guiomar eu "bati o pé" e não aceitei me consultar com o especialista, segui minha vida normalmente. Um ano depois eu conheci a Maraisa, e em dois meses começamos a namorar, foram seis anos de namoro até que resolvi pedi-la em casamento. Não tinha mais por que esperar, Maraisa era a mulher da minha vida e eu queria viver com ela para sempre. Depois do nosso noivado, Isa começou a falar sobre o futuro e a família que iríamos construir juntos, a morena sempre quis ser mãe e eu também tinha o desejo de ser pai. Foi durante uma conversa assim com minha mãe que ela me fez recordar dos problemas que eu tive na adolescência que poderiam vir a ser um empecilho para a realização desse sonho. Pensando nisso resolvi fazer o que deveria ter sido feito naquela época. Procurei um urologista e a pedido dele fiz um espermograma que infelizmente destruiu o meu sonho de ser pai, com o resultado de esterilidade. Fiquei sem chão com a notícia, eu não estava apenas enterrado os meus sonhos, mas também os de Maraisa de formar uma família ao meu lado. Por mais difícil que seja tudo isso eu tinha que contar pra ela, e tentei por várias vezes na mesma semana que recebi o resultado do exame, mas sempre me faltava coragem e eu acabava desistindo na hora. O medo de ser rejeitado pela mulher da minha vida me atormentava, e assim os dias foram passando até chegarmos naquela noite. Eu acreditei que tinha encontrado a mulher que passaria o resto da vida ao meu lado, ela sempre me pareceu tão sincera quando se declarava pra mim, nossos momentos juntos eram tão verdadeiros que eu jurava que Isa realmente me amava da mesma forma que eu a ela. Quando ela me entregou a caixa com o sapatinho o meu chão se abriu, como eu gostaria que aquele bebê que ela carregava em seu ventre fosse meu, eu daria tudo para poder fazê-la conceber um filho nosso. Porém, o destino não quis que eu desfrutasse desse momento ao seu lado. Foi muito difícil lidar com a sua traição, eu confiava em Maraisa de olhos fechados ela era meu porto seguro, meu bálsamo e no entanto foi a responsável por devastar a minha vida. Depois de todo o acontecido eu não vi mais a morena, Maraisa sumiu da faculdade, e eu nunca mais soube dela.

— Bora, Danilo! As crianças já estão aí. — A voz de Oscar se fez presente.

— Já vou. — peguei o apito sobre a mesa saindo da sala.

Logo depois de terminar a faculdade de rádio e tv, eu tentei encontrar um trabalho na área, mas após algumas tentativas fracassadas eu acabei desistindo. Enquanto procurava um novo curso pra fazer eu conheci o Diogo que veio a ser tornar uns dos meus melhores amigos ao lado de Oscar, os dois são sócios em uma escolinha de futebol e me chamaram para trabalhar junto com eles, eu aceitei, pois tudo o que precisava naquele momento era ocupar a minha mente para não enlouquecer pensando no passado. Por um tempo eu apenas ajudava no básico da escola, com o passar dos dias comecei a me interessar pela profissão de treinador, sempre fui louco por futebol, o que tinha de errado em querer me tornar um profissional da área. Por conta disso ingressei na faculdade de educação física visando me tornar um treinador, foram quarto anos de curso de licenciatura em educação física para me tornar um professor e começar a trabalhar na escolinha "Futmedy". Nunca me vi trabalhando com crianças, mas esses anos todos que passei aqui ajudando antes de poder exercer minhas funções como técnico e durante as horas de estágio, me mostraram o quanto somos miseráveis por não conseguirmos manter a pureza, e a inocência das crianças. As aulas eram para crianças de cinco a onze anos e adolescentes de doze a quatorze.
E ocorriam três vezes por semana, entre segundas, quartas e sextas. Cada categoria tinha seu horário, os alunos de cinco e seis anos iniciavam seus treinamentos aparti das oito da manhã. Já as meninas treinavam às dez. Os garotos de sete aos onze entravam as duas da tarde, e os meninos mais velhos treinavam no período de trade até o início da noite das quatro as seis. Eu era responsável pelos alunos do turno da manhã, tarde e noite, na parte da manhã meus alunos eram as crianças de seis anos já o período da tarde eu treinava os meninos de sete, e a noite os garotos de doze.

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