William Campbell, o futuro capo da máfia de Nova York, se vê tendo que se casar novamente tres anos depois de perder sua amada e primeira esposa, mas ele fez um juramento, colocou em sua cabeça que nunca mais amaria uma mulher outra vez, que nunca s...
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Me sinto sufocada, como se as várias mãos que trabalham em mim agora estivessem apertando meu pescoço.
Não sei bem como vim parar aqui, tudo foi acontecendo rápido de mais.
Fui acordada no chão do banheiro, onde nem lembrava de ter dormido, e depois de tomar meu café da manhã, empurrar uma torrada e tomar uma xícara de chá, começou a correria do dia. Não comentei nada sobre o ocorrido de ontem para ninguém.
Eu não sabia o quão chato é ser uma noiva. Ou melhor, eu não sabia o quão chato é ser uma noiva nessa circunstância.
Eu não tenho voz de nada, sou feita de fantoche, uma boneca que todos podem manusear.
Eles fazem minhas unhas do pé e da mão, passam produtos de skin care no meu rosto, me fazem massagem, me maquiam, fazem meu cabelo. E eu fico ali, apenas parada e respirando enquanto tudo acontece.
Não consegui ver minha mãe ainda, ela está atolada até a borda de tarefas para fazer, quis que o casamento de sua filha fosse perfeito, então tinha que cuidar de tudo de perto.
- Pode se levantar, querida. - a moça de mãos leves que arrumava meu cabelo diz.
- Obrigada.
Me levanto da poltrona, agradecendo aos céus por poder esticar minhas pernas.
A moça sai do quarto e no mesmo momento minha mãe entra. Meus ombros relaxando imediatamente quando a vejo com os olhos marejados.
- Você esta linda, meu amor.
- Obrigada mamãe. - sorrio - Achei que não fosse te ver até a cerimônia.
- Estava tão ocupada meu bem, mas valeu muito a pena, esta lindo o jardim, a decoração, você nem imagina. - eu sorrio pela maneira que seus olhos brilham quando dizem.
Mamãe ama decorar, planejar, tudo que envolve isso. Ela acha que eu estou de bem com isso, que acho boa a idéia de me casar, porque foi o que eu fiz parecer pra ela.
Percebemos em casa que ela estava ficando cada dia mais triste por ter que me ver sendo levada de maneira forçada de seus braços. Tive que dar a impressão para ela de que queria este casamento, e que queria essa cerimônia, para assim ela não ficar deprimida. Funcionou, pelo menos, e eu estava feliz de não ter que vê-la triste.
- A depiladora esta esperando para entrar. - ela pega minha mão direita entre as suas e ja me sinto constrangida com o papo que vem a seguir. - Sabe o que acontece na noite de núpcias, não é?
- Sim, sei mamãe. - meu rosto arde.
- Eu sei que a primeira vez pode parecer uma coisa assustadora, mas não é um bicho de sete cabeças. Só se permita curtir o momento, aliás, a primeira vez é única.
Ok, o que eu não estive nervosa a manhã toda, estou agora com os pensamentos de hoje a noite.
- Eu não me sinto pronta ainda, mãe... - meus olhos ardem com as lágrimas ameaçando vir a tona.
