Péssima decisão ᶜᵃᵖ ⁷

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- Não seja deselegante

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- Não seja deselegante. - Disse minha tia com um sorriso forçado, tentando me defender.

- Ah, tia, ela é doidinha sim. E ai , Ma, ta ouvindo vozes? Vendo espíritos? - Disse ele tantando me cumprimentar mas eu empurrei seus braços, me afastando.

- Sai, fora, Rogério!

- Cara. - Disse o Cássio. - Menos, tá.

Não sei como ele tinha amigos tão babacas, não fazia sentido, mas compreendia a amizade de anos. Quando eram adolescentes eles não tinham tanta coragem de ser abusados assim.

- Poxa. - Debochou Rogério se afastando, sentando no sofá de dois lugares vazios. - Uma é minha irmã, a Jéssica. - Disse ele apontando. - A outra alí é a minha prima Letícia.

Ambas cumprimentaram minha tia e eu também, de má vontade.

- Pedir quatro pizzas, bora escolher as bebidas? - Perguntou meu primo todo empolgado.

Conversas de todo tipo rolaram, principalmente das viagens do meu primo. Eu só fiquei em silêncio de braços cruzados, não tinha interesse em ninguém nem nos papos e então comecei a ficar entediada.

Peguei meu celular e fiquei olhando a ligação do Pablo. Conversamos só cinco minutos: era um absurdo. Eu comecei a ficar ansiosa porque eu não podia mandar mensagem a ele, era um risco. Não sei como eu poderia suportar essa situação, eu precisava voltar para minha casa ou subir para o meu antigo quarto.

Minha tia foi gentil com todos e comeu pizza também, mas por respeito, ninguém bebeu bebida alcoólica perto dela. Meu olhar oscilava entre a TV que ninguém dava atenção e meu celular, na esperança boboca de uma mensagem do Pablo e nada acontecia.

- Bom, vou subir. - Disse minha tia logo após meu primo pegar o violão dele.

- Que isso, tia, não vai me ver tocar?

- Ouvi a vida inteira, e lá de cima eu ouço.

Mentira, ela gostava de colocar o fone no ouvido e ouvir ASMR.

- Ta bom, vai. - Se lamentou ele ao se levantar e dar um beijo na bochecha dela.

Os outros a cumprimentaram com carinho e Cássio deu um beijo na mão dela.

- Bom descanso tia, em breve vamos embora. - Disse ele amorosamente.

- Fique à vontade. - Disse ela apontando para ele. - Só você. - Concluiu ela sorrindo. E depois subiu as escadas.

Acho que já estava na hora de se mudar e achar uma casa térrea, era mais seguro para ela.

- Bom, eu vou cantar Catedral. - Disse ele se arrumando na poltrona.

- Credo, Theus , de tanto rock legal que você curte...- começou a falar Rogério.

- Mas é boa. - Interrompeu Letícia. Nessa hora eu já tinha memorizado a cara e seu nome.

A vidente do chefeOnde histórias criam vida. Descubra agora