Papo de academia ᶜᵃᵖ ¹¹

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- Bom dia

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- Bom dia. - Disse Matheus com um sorriso no rosto.

- Bom dia. - Respondi secamente ao entrar no carro dele.

Pelo o que entendia de carro, ele tinha um Vectra GT preto dado pelo pai - mas é claro. Ele trabalhava e estudava, mas não tinha tudo isso para bancar um carro.

- Você está bem? - Perguntou ele colocando uma música.

- Não muito. - Eu dormi pouco, e acordar cedo me tirava do sério. Ver ele não ajudou, principalmente quando me toquei que, por causa dele eu havia tido um domingo horrível.

- Foi algo que eu disse ontem a noite? - Disse ele um pouco irritado dando partida no carro.- Eu estava com sono. não lembro se falei alguma coisa...

- Não de ontem a noite, só me lembrei que quase criei uma cena ridícula com um cliente porque você me atrapalhou e eu tive um domingo super estressante.

- Ah... poxa, eu me desculpei. - Disse ele bufando focado no trânsito.- E porque você conversa com um cliente num domingo à tarde? Não parecia cliente. Se estiver ficando com alguém...

- Para, Matheus. Não vamos ter essa conversa.

- Nós tínhamos esse tipo de conversa e não parecia nada ruim pra gente.

- Mas eu não tô ficando com alguém!

- Ok. Mas você ainda vai marcar um horário pra mim, não vai?

- Não.

- O que!?

- Você quer saber o quanto eu cobro. Quer xeretar os meus ganhos?

- Na-o não... claro que não.

- Então porque debochou de mim com o Rogério por eu estar ajudando mais financeiramente a tia?

- Marisa... - Ele suspirou um pouco irritado me encarando quando parou no farol. - Talvez eu queira saber realmente algo ao meu respeito, não é sobre seus ganhos...

- Acho melhor você não se envolver nisso.

Ficamos um tempo em silêncio. Ele parecia estar medindo as palavras, chateado, e vê-lo assim me angustiava também mesmo acreditando na personalidade manipuladora dele, agindo sempre de forma dramatica para causar remorso nas pessoas.

- Você já rejeitou... trabalhar... pra alguém? - Perguntou ele sem olhar para mim, ainda focado no percurso.

Era uma boa pergunta.

- Algumas vezes.

- Porquê? - Perguntou ele quase sussurrando.

- Senti que não deveria.

- E para quem tem muito dinheiro? Você já rejeitou? - Questionou ele com um tom mais sarcástico.

Óbvio que ele estava tentando saber meus ganhos, fiquei muito irritada.

A vidente do chefeOnde histórias criam vida. Descubra agora