Capítulo 07: Um sobrenome tem seu valor

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Carmen Villanueva

Sofia e eu, fomos conversando o caminho inteiro, sobre Miguel. Falei da pegada, do sorriso, do jantar... de tudo.

Entramos no shopping, fomos ao segundo piso que é onde fica todas as lojas de luxo. Sofia gosta apenas das lojas de grife porque ela se sente, ela mesma.

Primeiro fomos na Dior, depois na Prada, Sofia comprou um vestido e um sapato para mim e comprou um vestido, um sapato, uma bolsa, uma saia, um short, uma calça e alguns acessórios para ela. Tudo custou, mais ou menos, U$80.000,00.

As minhas coisas não passaram nem dos U$1.000,00 direito. Quando saímos da Prada, fomos em direção a Chanel. Fomos atendidas por uma moça que por pura coincidência, era uma das mulheres que já me humilhou por ser pobre.

Ela trabalhava em uma loja, não muito chique, mas mesmo assim me humilhou. O meu cartão de crédito não tinha o limite da compra que eu tinha feito e por isso ela fez o maior escândalo na loja dizendo que eu era pobre e que não tinha condições nem de comprar uma calça legging. Eu saí chorando da loja, foi um dos piores dias da minha vida.

━ Acho que você deve ter se enganado de loja, essa aqui não é pra pessoas como você. - O moça debocha.

━ Pelo menos eu acho que atendentes deveriam ter o mínimo de educação, mesmo que os fregueses não comprem nada. - Dou um sorriso debochado.

━ A sua opinião não me interessa, querida. - Ela faz um sorriso falso.

━ Assim como a sua nunca irá me interessar. Não perco meu tempo escutando besteiras de gente mal educada como você.

━ Tá legal, não gostei de você. Por favor, será que outra pessoa pode nos atender? - Sofia explana para toda a loja escutar, mas infelizmente ninguém se interessou.

━ Ninguém? Não? Ótimo, perderam uma cliente e só para lembrar que vocês não perderam qualquer cliente, vocês perderam Sofia Campbell Sanches. - Ela termina olhando friamente para a atendente.

Quando escutou o sobrenome "Sanches", todas as funcionárias da loja correram para atendê-la. Eu acho que não se vê um sobrenome importante desses na loja todos os dias.

Saímos da loja de braços dados e rindo bastante da cara que a vaca ficou depois da vergonha que ela passou. Fomos até o estacionamento para pegar o carro.

━ Chega de compras por hoje. - Diz Sofia abrindo a porta do carro e logo depois entra.

━ Espero que não tenha esquecido do nosso encontro no sábado. - A voz grossa atrás de mim é familiar.

Virei rapidamente e vi Caíque encostado no capô do seu McLaren preto de braços cruzados.

━ Não esqueci, mas infelizmente acho que não vou poder ir, estou sem a roupa ideal.

━ Por mim você poderia ir até nua, eu não me importo com roupas. Eu quero apenas que você vá. - Ele não tira os olhos de mim e isso faz com que eu fique um pouco envergonhada.

━ Não se preocupe, eu estarei lá. - Digo enquanto abro a porta do carro.

Entro e logo depois Sofia acelera.

━ Quem era esse chocolate gostoso? - Ela pergunta ainda com as mãos no volante.

━ Caíque... Ou melhor, Caíque Feytor Marinho, dono da Fey.Company e irmão do Miguel. - Quando termino de falar, Sofia freia no mesmo momento.

━ Ele é o que do Miguel? - Ela arregala os olhos enquanto fala.

━ Irmão. - Digo cabisbaixa.

━ E você ainda vai sair com ele? Você é louca?

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