Capítulo 10: Mistérios dos irmãos

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Carmen Villanueva

Entro no toalete do segundo andar, perto do quarto de Miguel, que por sinal, não parece um toalete, até porque é muito grande. Fiquei encantada com a decoração do toalete. Eu não me aventurei nem em 80% desta casa e cada momento eu fico mais encantada.

Eu fiquei tão apertada com o decorrer do tempo que esqueci de trancar a porta, então apenas deixei encostado. Por sorte ninguém abriu em quanto eu estava fazendo as minhas necessidades.

Quando estava lavando as mãos, escutei a porta abrir e acabei tomando um susto. Levantei a cabeça e olhei pelo espelho, quando vi quem era, revirei os olhos, desliguei a torneira, peguei minha bolsa e caminhei em direção a porta, mas o encosto me segurou pelo ombro e me empurrou para trás.

━ Quer utilizar o banheiro comigo dentro? Me ama tanto que quer fazer xixi olhando para mim? Ou você me odeia por eu estar com o Miguel. - Perguntei olhando fixamente para Miranda.

━ Eu vou te ensinar que nunca se rouba o homem de Miranda Castilho. - A vaca bate a porta e parte pra cima de mim.

Ela me segura pelo cabelo, empurro ela para trás e ela escorrega e cai de bunda no chão.

━ Quer brigar? Então vamos brigar. Levanta vadia que eu vou te ensinar como Carmen Villanueva de La Paz cresceu. - Fico em posição.

━ O que é isso? Lutadora de boxe? Não me faça rir. Otária! - Ela corre em minha direção.

Ela pega no meu cabelo e me dá alguns tapas, eu dou uma joelhada em sua barriga que faz com que ela fique sem respirar. Puxo seu cabelo para trás e dou um tapa em seu rosto fazendo com que ela caia no chão.

━ Cadela, eu vou te processar! Rata de esgoto podre! - Ela explana ainda caída no chão.

━ Você vai ver quem é a rata de esgoto podre, loira oxigenada! - Fico em cima dela e começo a dar vários tapas.

Chego perto do seu ouvido e digo...

━ Eu não sou qualquer uma, então não se meta comigo.

━ Vou lavar as minhas mãos, para não contrair doença de gente suja como você. - Digo, enquanto me levanto.

Lavo minhas mãos, pego minha bolsa e saio do toalete. Andei por alguns corredores e acabei vendo Caíque fumando na varanda. Me aproximei dele sem fazer barulho.

━ Não sabia que você fumava. - Pergunto. Ele se assusta com a minha presença.

━ Eu não fumo. - Ele responde dando uma tragada. ━ Não? Então isso é o quê? A cura do câncer de pulmão? - Ironizo

━ Podemos dizer que isso é a cura para os meus problemas. - Afirma ele olhando para mim.

━ Um cigarro? - Franzo o cenho. Ele começa a se aproximar de mim.

Quando ele começa a se apropinquar o suficiente, ergo o braço e ponho a mão em seu peitoral coberto pelo tecido suave do paletó.

━ Eu tenho repulsa com o odor de cigarro. - Olho para o lado com a expressão de nojo.

━ O cheiro não fica em mim. - Ele nega pegando no meu pulso e se aproximando mais do meu corpo.

Senti o cheiro forte do seu perfume. Ficamos a centímetros de distância um do outro. Ele ficou segurando meu pulso a todo momento.

━ Chega! Não irão demorar para bater os parabéns. Até logo. - Me inclino e dou um beijo em sua bochecha, viro e saio.

Desço as escadas e encontro Miguel olhando para o celular e com uma cara de preocupado. Paro ele no meio do caminho e coloco a mão em seu braço direito.

━ Está tudo bem? - Pergunto preocupada.

━ S-sim, só tenho que resolver umas coisas, você viu o Caíque? - O olhar de desespero dele é assustador.

━ Ele está na sacada, lá em cima. - Digo soltando seu braço e logo depois aponto para cima. Ele beija minha bochecha e depois sobe as escadas com agilidade absurda.

Por algum motivo, eu fiquei intrigada com a preocupação dele no rosto, então resolvi segui-ló. Chego bem perto da sacada em que eles estão e escuto os dois discutirem. Não ouço muita coisa, mas sei que é uma discussão.

━ O FBI está chegando perto demais. Estamos nos arriscando bastante. - Miguel diz com medo na voz. FBI? O que eles fazem para o FBI se meter?

━ Quem é essa pessoa que se infiltrou na boate? - Caíque. Boate? Por que uma boate seria ilegal?

━ Não sei, mas amanhã teremos que ir lá. - Afirma Miguel.

Tudo fica em silêncio e então percebo que a conversa está encerrada.

Entrei em desespero quando percebi que eles estavam saindo da sacada e então me escondi atrás da cortina que por pura sorte cobria o meu corpo inteiro. Depois de esperar um pouco escondida, pus apenas o meu rosto para fora, apenas para ver se a área estava limpa. Vejo que não há ninguém, então saio de trás da cortina. Chego perto do espelho de parede, arrumo o meu cabelo e retoco meu gloss. Caminho em direção às escadas, desço e volto para a festa.

━ Onde você estava? Eu te procurei por todo lugar da festa. - Pergunta Miguel

━ Eu estava no meu quarto, tive que retocar a maquiagem. - Digo sorrindo.

━ Vamos, já iremos bater os parabéns. - Ele me puxa levemente pela cintura.

Andamos até a mesa principal e todos estavam nos esperando. Miguel e Stella ficaram ao lado de Evangeline, até cortarem o bolo. Evangeline deu o primeiro pedaço para o seu pai.

Não consigo me concentrar em nada, até porque continuo intrigada com a conversa dos dois.

[...]

━ Venha dar um abraço no seu paizão! - Miguel fica acocorado para Evangeline abraçá-lo.

━ Tá legal, eu te levo no carro. - Diz ele com Evangeline no braço.

━ Foi ótimo te conhecer, Carmen. Eu acho que Miguel acertou desta vez. - Ela abre um sorriso e me dá um abraço, logo depois ela caminha em direção ao carro.

Miguel volta, coloca a mão na minha cintura e com o outro braço, ele acena. O carro sai e entramos dentro da casa.

━ A casa é toda nossa agora. - Ele me segura pela cintura e começa a beijar meu pescoço.

━ Eu vou tirar esse vestido e a maquiagem, me espera no seu quarto. - Caminho em direção a escada.

Subo para o segundo andar e entro no meu quarto. Corro em direção a penteadeira para tirar toda a maquiagem.
Depois de remover a maquiagem, fui direto para o banheiro.
Tomei uma ducha rápida, depois sai e vesti um baby doll preto transparente e fiquei apenas de calcinha.

Saí do meu quarto e caminhei até o dele. A porta do seu quarto estava entreaberta. Para deixá-lo louco, entrei como se não quisesse nada. Ele estava sentado na cama com uma cueca preta. Caminhei para o lado da cama e deitei. Ele ficou sem entender.

━ Estou cansada, vamos dormir.

"Todo vilão tem um motivo para ser o vilão"

Olá pessoal! Gente, eu vou explicar algumas coisas no próximo  "capítulo".

Power X LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora