III

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  •A verdade no equilíbrio e o medo da verdade.

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   A verdade e o medo são como irmãos opostos, a chuva me controla a cada gota que desce do céu me faz ficar ainda mais nessa autodestruição da minha mente, a chuva que cai na hora da verdade e assim busquei o equilíbrio que na realidade é apenas um modo que eu vejo as coisas e as vezes me pergunto para mim mesmo "o que estou fazendo?" tentando respirar mas cada vez se torna mais difícil porque fico ofegante queria poder encontrar a verdade no equilíbrio mas o medo me permite em dizer que o equilíbrio é o próprio medo. Em tese o medo da morte faz com que possamos acreditar no equilíbrio que na realidade é a paz e a verdade é só o medo do que encontraríamos na guerra e por isso surgem as leis, os tratados de paz. Me encontro em uma praça observando carros passarem, a chuva caindo, olhando, sentindo mas não vivendo a realidade por causa das memórias, o passado, a conveniência, queria poder sentir o equilíbrio de um modo que não me faça querer me afogar em verdades por isso fingimos o que não há nada para ser fingido posso moldar a realidade da forma que eu quero mas nunca vou conseguir esquecer da verdade por meios do medo e da simplicidade da vida, posso chorar e me contradizer, porém aos passos do equilíbrio é a forma da dor, corra o mais longe que puder mas nunca pare de respirar porque a verdade vem a tona como uma explosão no seu peito, fuja da realidade como você foge da verdade que se encontra no equilíbrio de memórias passadas. O período de coerência com base em atos carnais fazem de mim um profeta meio louco que surgem da grandeza de explicação metafórica, não existe o amor para quem não precisa ser amado só existe a ilusão de ser amado. Eu entendi da pior maneira o que exatamente estou buscando e agora entendo que na realidade estou querendo o equilíbrio. Não importa quantas vezes eu coloque no meu livro todos as falas e escritas dos meus amigos, vocês nunca saberiam se estou blefando ou se realmente existe alguém por trás, e o que estou querendo dizer nessa escrita que não importa se é a verdade ou não, nada muda a escrita ou a realidade por trás da imaginação. E se meu equilíbrio fosse ela talvez nesse exato momento eu não teria encontrado o medo e a verdade de quem ela era, analogias, teses e teorias nada mais é que uma grandiosa piada só que ao invés de rimos possamos respirar e dizer o que sentimos ao invés de procurar um equilíbrio que gera a verdade e que se molda o medo, eu criei a dependência na verdade que gerou frutos do medo e da capacidade da minha burrice em forma de amor e teorias do que eu achava que era e agora no presente procuro a certeza... Mas a vida é assim assustadora do que possa ser minha dignidade no lixo e a minha capacidade resumida em baixa autoestima eu não saberia explicar e se me perguntarem o que estou fazendo vou dizer que estou apenas respirando.

O Gabinete de cartas do Myssael Onde histórias criam vida. Descubra agora