Capítulo 10

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Olá, meus amores! Estou de volta com mais um capítulo. Espero que estejam curtindo a leitura! Muito obrigada pelas estrelinhas e pelos comentários! <3

Rafe

Meu celular vibrou no bolso da camisa às oito da manhã em ponto, quando eu voltava de Bozeman. Pensei em retornar a ligação depois que entrasse em casa, mas estava ansioso por notícias do investigador e com tudo pronto para voar para Dakota do Sul naquela sexta mesmo. Não queria ter que perder muito tempo em Rapid City, esperando para saber a localização exata do rancho da Canela de Veado, queria resolver meus assuntos com ela o quanto antes.

Atravessei a porteira acenando para o segurança na pequena guarita e estacionei o carro na estradinha que levava à sede do rancho.

— Calloway — atendi sem verificar o visor, ao mesmo tempo que puxava o freio de mão. Ouvi a voz do advogado do outro lado e o saudei. — Notícias sobre a garota para mim? — perguntei e parei para ouvir. — Ah, só do meu irmão... — falei sem esconder a decepção. — Difícil arrumar um advogado na região... Sei, sei... E quais são as opções?

Fiquei em silêncio escutando, e ele disse que poderíamos pagar uma fortuna em honorários para um advogado de Las Vegas despencar até lá, no fim de mundo em que meu irmão estava preso, ou que podíamos contratar uma advogada pé de chinelo que ele tinha contactado através de um aplicativo, em uma cidadezinha do tamanho de um ovo da região.

— Pode contratar a pé de chinelo, não vou desembolsar nem mais um níquel para tirar a bunda daquele pilantra do meu irmão da cadeia, não... O quê? Que se dane, Boone, se quer liberdade, ele que lute. — O advogado se deu por vencido e eu insisti no outro assunto. — E sobre a garota, quando terá notícias para mim? — cobrei e ouvi sua resposta. — Nenhuma Rebeca Witz em Rapid City? Sei... — Cocei a barba, pensativo. — Okay, de qualquer forma estou voando para lá daqui a pouco e fico aguardando a localização; ela não deve morar muito longe dali, dê uma olhada pelos municípios vizinhos.

À tarde, conforme eu havia dito, voei para Dakota do Sul e pousei em Rapid City meia hora depois.

No aeroporto parei em um quiosque para tomar um café e liguei para Boone para pressioná-lo. Aproveitei a meia hora seguinte para alugar um carro, confiante de que estava perto de onde Beck vivia.

Logo Terence Boone voltou a me ligar, e eu soube que ela estava morando nos limites de Hot Springs, um município com a densidade demográfica de uma aldeia, só um pouco maior que Harlowton, a cidade mais próxima do meu rancho.

Eu já tinha passado por aquele lugar perdido de Deus a passeio, com Jesse, depois de visitar a reserva Blackfeet na região. Era famoso por abrigar o Parque nacional Wind Cave e fazia jus à fama, com as lendárias pradarias repletas de bisões, alces e outros animais selvagens.

Em uma visita à Caverna dos Ventos, a mais longa de que já tive notícias, fiquei impressionado, o lugar deixou de boca aberta até o meu amigo nativo-americano, que tinha sido criado solto em uma reserva Blackfeet não muito longe dali.

Deixei o aeroporto e algum tempo depois peguei a SD 79 S. Segui as instruções do GPS até a primeira intersecção para N River St e, sabendo agora onde estava, entrei à direita, em Hot Springs.

Quando encontrei o centro comercial da cidade, estacionei o SUV às margens do Rio Creek. A rua estava mais movimentada que da outra vez que estive lá, com algumas vans do outro lado, ocupando todas as vagas em frente ao centro comercial; provavelmente tinham vindo carregadas de turistas para Wind Cave.

Avistei um café no outro lado e resolvi descer para comer alguma coisa, a viagem tinha aberto meu apetite.

"Café da Ginger", li a placa e entrei no local, que parecia simpático, apesar de estar em reforma e de ser a única loja sem porta e sem um toldo colorido na fachada.

A esposa Comprada do Cowboy - Rocky Mountain StarsOnde histórias criam vida. Descubra agora