Vingança

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Gojo não se importou se estavam na frente do trabalho e dentro de seu carro com vidros não escuros o suficiente, seu corpo tinha pressa por ela. Estavam em uma troca de beijos que mais parecia uma tortura, ambos excitados e suficientemente provocados, sua mente a desejava e, se não fosse por Utahime, já estariam em sua casa se entregando por completo a emoção.

– Precisamos nos comportar, alguém pode nos ver. – Disse ela ajeitando a blusa no corpo e buscando por uma postura que já não estava ali.

– Eu realmente não me importo. – Respondeu Gojo enquanto beijava toda a lateral do pescoço dela. – Mas se realmente quiser privacidade podemos ir para casa, você gostou de dormir lá...

Por mais que quisesse, Utahime usou o seu lado mais racional para se afastar, se distraiu rindo da cara que Satoru fez ao ter um beijo negado. Seria difícil manter a mente ocupada quando o horário de trabalho voltasse, tudo nela pedia por ele. Estava gostando dessa reaproximação.

– Eu vou sair do carro e ir para o meu lugar de sempre, por favor, não venha falar comigo a menos que seja algo de extrema importância sobre o trabalho.

– Você é malvada comigo, vou poder te levar para a minha casa no fim do dia? – Se não soubesse como ele é, ao ver aquela expressão pidona diria até que Satoru era "fofo".

– Não! Eu tenho minhas coisas pra fazer em casa! – Era verdade, mas ela sabia que não havia absolutamente nada urgente em sua agenda.

– Ok, então eu vou dormir na sua. – A expressão serena dele mostrava que não estava mentindo. Satoru havia acabado de se auto convidar.

– Eu não disse que você pode fazer isso! – Reclamou Utahime.

– Mas também não disse que não quer isso.

A insistência de Gojo a venceria, ela já sabia disso, por essa razão apenas deixou que ele vencesse antes de criar uma discussão e finalmente saiu do carro. Seus olhos ficaram atentos para qualquer movimento que via na rua, com receio de que pudesse acabar sendo flagrada por algum colega e ter sua carreira estraga e ainda ganhar uma péssima fama. Podia sentir Satoru a observando com aquele maldito sorriso cínico e isso fazia sua face avermelhar, ele realmente não estava fazendo o mínimo para manter as coisas em sigilo.

***

As primeiras horas depois de retornar do intervalo de almoço foram tranquilas, Iori estava mais atenta as datas que seus professores disponibilizaram das provas, então se ocupou com a montagem de um cronograma. Olhou o horário na tela do computador e comemorou internamente por já se passar das três da tarde, porém sua animação diminui ao ver de canto de olho a figura que se aproximava.

– Cara funcionária, vim aqui lhe trazer assuntos de extrema importância sobre nosso trabalho. ­– Satoru falava em um tom mais alto, para que os demais que estivessem perto pudessem ouvir, o que logicamente irritou sua funcionária.

Iori se arrependeu imediatamente de ter feito aquele pedido mais cedo, sabia que ele iria fazer alguma gracinha. Quando Satoru queria algo ele certamente conseguiria.

– Falei pra você não vir falar comigo. – Sua boca se mantinha quase fechada para que fosse impossível uma pessoa que estivesse fora da conversa a compreender.

– Mas é de extrema importância. – Disse ele a imitando.

Ela revirou os olhos e pegou o amontoado de folhas que Gojo segurava, olhando por cima pareciam apenas processos comuns.

– Veja se minhas anotações não deixaram nada passar, caso precise de ajuda pode passar na minha sala que eu a receberei com muito prazer. – Iori desejou se demitir ao ver aquela expressão tão idiota no rosto de seu chefe. Se perguntava como alguém tão infantil conseguiu chegar onde ele chegou.

Namorada de MentirinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora