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~Duas semanas depois~

Aniversário da minha irmã e a garota do nada cismou de fazer uma festa. Nem gosto, né? Cada amiguinha. Piscina do Salsa ficou pequena, fi! Já tô aqui com os crias, bebendo de cantinho. A gente já comemorou em família, agora é só com os amigos mesmo.

Dinho: Teu primo só trás as melhores, menor. Que isso!-Falou, e eu olhei na direção do Bernardo.

Tá ele e mais duas. A pretinha que eu vi uns dias atrás com ele, tava junto. Short jeans aberto, biquíni por dentro. Que isso! Se não for minha hoje, não vai ser nunca mais.

Ruan: É aquela ali que eu quero.

Pato: Deixa Jéssica ouvir isso-Riu, e eu dei uma golada na cerveja.

Botei meu copo na mesa, e levantei. Se eu não falar com ela agora, vou conseguir falar nunca. Fui até onde tava as bebidas e Bernardo tava ali com as meninas. Peguei um copo de vidro, botei uísque e gelo de côco. Saí de trás do balcão, e fui até Bernardo.

Ruan: Coe-Ele me olhou e já riu, porque sabia o que eu queria.

Bernardo: E aí, bofe-estalei a língua, ele sabe que não gosto que me chame assim-Gente, esse é meu primo Ruan. Aquele que te falei-Olhou pra amiga-Essa é Tata...-Apertei a mão da loira-E essa é Luma, minha irmã perdida.-Ela sorriu, e eu apertei a mão dela também.

Ruan: Cês quer alguma coisa?

Tata: Eu tô suave.

Luma: Ai, eu queria cerveja. Tô enjoada dessa Ousadia já.

Ruan: Corona?

Luma: Pode ser-Sorriu, e eu voltei pro freezer: Peguei uma, abri e levei pra ela-Obrigada.

Ruan: Nada-Dei na mão dela, e ajeitei o boné-Chega aí, Bernardo-Chamei, fui pra trás do balcão novamente e ele veio junto-Não vou dormir em paz se eu não ficar com essa mina, papo reto.

Bernardo: Ela só gosta de bofe mais velho, ué.

Ruan: Ela tem quantos anos?-cruzei os braços.

Bernardo: Quase 20, mas prefere os acima de 30.

Ruan: Ah, quê isso!-Levantei um pouco o boné, cocei a cabeça e ajeitei de novo-Me manda o número dela que eu faço ela mudar de idéia rapidinho.

Bernardo: Mas o senhor tá se sentindo muito pro meu gosto!-Riu.

Ruan: Me sentindo, não. Sou esforçado! E o que eu quero, eu sei que consigo.

Bernardo: Ai, ai Ruan-Suspirou-Vou perguntar a ela se pode-Disse, e foi saindo.

Voltei pra onde os menor tava, mas já com esperança. Quando eu cismo com um bagulho, já era! Eu só desisto se eu ver que não tem jeito mesmo. Caso contrário, só paro quando consigo.

Desce Gold, filho! Se for pra beber, tem que beber direito. Tava de olho na Luma a tarde todinha, e ela nem aí. Na verdade, tava todo mundo olhando pra ela. Mina bonita e de fora, é assim mesmo. O melhor é a postura dela, dá confiança pra ninguém! Mina assim me ganha fácil.

Amara: Ruan?-Se aproximou.

Dinho: Que isso hein?-Mexeu em seu cabelo, mas ela nem deu confiança. Eu fecho logo a cara! Sabe que não gosto dessas brincadeiras.

Amara: Busca lá mais cerveja.

Ruan: Mais?-Até me assustei-Bora lá, Dinho.

Dinho: Bora-Disse, e levantou.

Peguei a chave do carro, celular e saí da piscina com ele.

(...)

Voltei com a cerva, botamos tudo no freezer e eu fui no Bernardo de novo.

Ruan: Cadê ela?-Perguntei, e olhei a nossa volta. Tava só ele e a loira. Essa já tava jogando, mas não me encheu os olhos. Quero a que não me deu confiança!

Bernardo: no banheiro.

Ruan: E aí?

Bernardo: Não quer.

Ruan: Bora ver então!-Ri, e me afastei deles.

Fui até a porta do banheiro e fiquei parado esperando. Ainda bem que da piscina não dava pra ver a porta do banheiro, então ninguém ia maldar nada.

Luma abriu a porta do banheiro, e se assustou. Fiquei na frente, atrapalhando sua passagem.

Ruan: Vai me dar teu número mermo não?-Ela cruzou os braços, e eu me apoiei na parede.

Luma: Pra quê?

Ruan: Hã, pra quê...-Ri pelo nariz-Vai ou não?

Luma: Meu telefone é mais pra trabalho.

Ruan: Aí tu não pode me dar teu número?

Luma: Não é nem questão de poder, é de não querer mesmo.

Ruan: Ialá-ela riu.

Luma: Anota aí-Tirei o celular do bolso e dei pra ela, que anotou-Se ficar de graça, vou bloquear-Me entregou o celular e eu guardei.

Ruan: É casada não, né?

Luma: Casada com a noite, só se for-Ela ia saindo, mas segurei ela pelo braço.

Ruan: Vai me dar as costas mermo?-Ela sorriu, e eu a puxei pra dentro do banheiro. Ela veio fechando a porta,
e eu a encostei na mesma. Segurei seu rosto firme e nem pensei duas vezes, beijei mermo! Segurei sua nuca com uma mão, a outra já botei na bunda e pressionei seu corpo contra o meu. Bagulho tava esquentando de verdade, o garoto crescendo.

Fui descendo, beijando o pescoço dela. E quando tava chegando no biquíni, ela me afastou com a mão.

Luma: Chega, tá se empolgando-ela deu uma risadinha safada, e já ia saindo.
Mas eu segurei a porta.

Ruan: Vai fazer o quê mais tarde?

Luma: Trabalhar!-disse, me deu um selinho e saiu do banheiro.

Fechei a porta e fiquei esperando os ânimos se acalmarem.

Saí do banheiro, e me joguei na piscina.
Tava com corpo quente, precisava de água gelada. Ela no canto dela, fingindo que nem tava me vendo. Mas eu não conseguia parar de olhar, que isso!

Eu não dou sorte de ter uma dessa só pra mim.

R3-Amor e CaosOnde histórias criam vida. Descubra agora