𝗳𝗶𝗳𝘁𝗲𝗲𝗻. 𝗳𝗲𝗲𝗹𝗶𝗻𝗴𝘀

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KENMA KOZUME

— que merda, falei merda agora, desculpa! — indagou Andy num tom arrependido quase em um sussuro como uma criança de castigo por fazer birra — mano se você quiser eu posso ir até ela e

— deixa — expressei depois de um momento em silêncio andando de volta para o meu campus, meus pés se arrastavam pela grama com um rancor mas maior ainda um sono impossível de lidar

— que vacilo de merda seu viu! — murmurou em um tom de repreensão leo para andy para que eu não ouvisse, mas oque eu ouvi

Não se engane, não é como se eu estivesse com raiva dele por ter falo alguma coisa, nem com raiva dela por ter reagido desse jeito, na real eu nem sei oque eu estou sentindo, a noite mal dormida e esse drama todo está levando minha cabeça aos delirios e com pouca paciência para lidar.

Eu não sabia oque fazer, logo me dirigi ao banheiro para tentar esfriar minha cabeça que estava dando error similar ao que acontece em sistema operacional de um computador, me sentia assim, tudo dando errado e meu sistema sem saber oque fazer e nem ao menos falar.

Procurei a primeira pia a minha frente, jogando a água gelada em meu rosto tentando despertar daquele sono maldito que me causava uma enxaqueca dos infernos, fiz uma nota mental de ir até a sala do Kuroo rezando muito para ele ter algum analgésico. Puxei o celular em meu bolso, abaixando seu brilho e procurando o contato da seu nome em um certo desespero até que achei e digitei rapidamente:

CHAT ON

baby 💐
online

| você pode por favor
parar com esse drama!!
| eu não fiz nada demais
| desculpa, mas agora você
fez muita maluquice

| KOZUME VAI SE FUDER
| não fala comigo, me
bloqueia na porra do seu celular
| e faz o favor de nem olhar
para o caralho do meu rosto

| vsfd, quando você estiver
mais calma, você fala comigo

| BABACA

CHAT OFF

Okay! Agora definitivamente estou completamente exaltado e consumido por uma raiva, é incrível como eu sou taxado como errado sendo que ela só sabe me xingar e me atacar sem ao menos querer me ouvir, eu não fiz absolutamente nada e não tenho culpa das altas expectativas dela sobre mim.

Saí do banheiro com as náuseas bloqueando certos pontos do meu campo de vista, eu estava em certo ponto de crise, mas nao queria admitir a mim mesmo nem ser vencido por um drama tão bobo quanto esse. Por isso corri tentando me manter acordado até chegar no Kuroo, ele provavelmente saberia oque fazer.

O que funcionou parecendo um sinal telepático ele parecia me esperar na frente da sua sala de braços cruzados

— por algum motivo eu senti que algo tinha acontecido contigo — falou me olhando com uma expressão carranqueira — você 'tá bem ?

Olhei para ele com uma expressão irônica quase falando uma das maiores atrocidades que ele poderia ouvir em seu dia, apesar de estar num estado de completo inferno físico e mental

— esquece você está péssimo — expressou quase como uma ofensa me empurrando para dentro da sala e eu apenas sussurrei em deboche um "obrigado por reparar" — desembucha oque diabos aconteceu — perguntou me balançando sob meus ombros me fazendo mais enjoado

eu iria morrer a qualquer momento

— pelo amor de deus, primeiramente me dê algum remédio, eu irei de arrasta em algum momento se continuar desse jeito — ele se prontificou fuçando toda sua mochila até achar a cartela de algum remédio e me entregar mais uma garrafa com água

𝓢𝐔𝐍𝐒𝐇𝐈𝐍𝐄, 𝐊𝐄𝐍𝐌𝐀Onde histórias criam vida. Descubra agora