Na manhã seguinte...
Creusa se movia com habilidade e delicadeza, servindo o café naquela manhã tranquila. A luz do sol inundava a sala de jantar, enquanto Helô estava sentada à mesa, concentrada em seu tablet, lendo as notícias do dia, e segurando uma caneca de café em uma das mãos.
Enquanto isso, Brisa atravessava o corredor em direção à sala de estar, segurando uma pequena mala. Seus passos suaves ecoaram no ambiente, chamando a atenção de Helô, que quebrou o silêncio com uma pergunta:
— Então, quer dizer que a senhora vai mesmo embora?
Brisa parou por um instante, seus olhos encontraram os de Helô, e com um sorriso tímido, ela respondeu:
— Sim, consegui uma passagem em promoção. A madrinha não contou? — Brisa desviou o olhar para Creusa, em busca de confirmação para sua história.
— A Creusa me contou sim...
Então Helô não pôde evitar um tom irônico se infiltrar em sua voz enquanto continuava responder Brisa:
— Só espero que, dessa vez, você não tenha errado o aeroporto ao emitir a passagem.
Brisa sorriu meio sem jeito, lembrando-se da história um tanto mirabolante que havia contado anteriormente na tentativa de proteger Oto.
Então, Creusa preocupada com a afilhada, interveio mudando a direção da conversa:
— Brisa, tu não vai tomar café antes de ir?
Brisa se aproximou de Creusa com carinho e respondeu:
— Não, madrinha. O Uber que eu chamei já está chegando. Eu como alguma coisa no aeroporto. — Madrinha e afilhada deram um abraço de despedida.
Brisa, então, se voltou para Helô, com a voz cheia de gratidão:
— Dona Helô, muito obrigada por ter me acolhido aqui em sua casa.
— De nada, você é sempre bem-vinda, Brisa. — Helô respondeu com gentileza.
Brisa sorriu para Helô, e antes de partir, ela deu um carinhoso beijo na testa de Creusa, pegou sua mala e começou a caminhar em direção à porta. Antes que Brisa pudesse atravessá-la, Helô acrescentou:
— Juízo, dona Brisa. Juízo...
Brisa respondeu com um sorriso ligeiramente desconcertado e, em seguida, partiu, deixando Helô e Creusa para trás naquele apartamento que, por algum tempo, havia sido seu refúgio.
Ela atravessou o corredor até o elevador e o aguardou pacientemente. Enquanto esperava, seu celular vibrou, indicando uma nova mensagem. Era Oto, informando que já havia chegado. Brisa leu a mensagem com um sorriso de alívio e uma pitada de ansiedade. Ela mal podia esperar para reencontrar o filho. Quando as portas do elevador se abriram, ela entrou rapidamente.
Finalmente, no térreo, caminhou em direção à portaria com passos apressados. Assim que pisou na calçada, seus olhos percorreram a rua, procurando ansiosamente por Oto. Em um momento, uma buzinada aguda ecoou no ar, chamando sua atenção. Brisa virou a cabeça na direção do som, e seus olhares se encontraram, e um sorriso caloroso iluminou o rosto de ambos.
Brisa, então caminhou até o carro, enquanto Oto saía do veículo. Eles se aproximaram, e um abraço apertado selou o reencontro. Oto gentilmente pegou a mala de Brisa e a colocou no porta-malas com cuidado. Juntos, eles entraram no carro, e Oto deu partida, iniciando o trajeto em direção ao aeroporto.
No entanto, na janela de seu apartamento, Helô observava discretamente a cena que se desenrolava na rua, com seu olhar perspicaz captando cada detalhe.
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Como será o amanhã? | BRISOTO
RomanceNascida e criada no interior do Maranhão, Brisa é uma mulher corajosa e cheia de atitude. Desde a adolescência, ela namora Ari. Eles estão de casamento marcado, mas isso muda do dia para noite. Algum tempo depois o destino de Brisa cruza com o de Ot...