Capítulo 14: De volta para o meu aconchego

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Na manhã seguinte... 

Creusa se movia com habilidade e delicadeza, servindo o café naquela manhã tranquila. A luz do sol inundava a sala de jantar, enquanto Helô estava sentada à mesa, concentrada em seu tablet, lendo as notícias do dia, e segurando uma caneca de café em uma das mãos.

Enquanto isso, Brisa atravessava o corredor em direção à sala de estar, segurando uma pequena mala. Seus passos suaves ecoaram no ambiente, chamando a atenção de Helô, que quebrou o silêncio com uma pergunta:

— Então, quer dizer que a senhora vai mesmo embora? 

Brisa parou por um instante, seus olhos encontraram os de Helô, e com um sorriso tímido, ela respondeu:

— Sim, consegui uma passagem em promoção. A madrinha não contou? — Brisa desviou o olhar para Creusa, em busca de confirmação para sua história.

— A Creusa me contou sim... 

Então Helô não pôde evitar um tom irônico se infiltrar em sua voz enquanto continuava responder Brisa: 

— Só espero que, dessa vez, você não tenha errado o aeroporto ao emitir a passagem.

Brisa sorriu meio sem jeito, lembrando-se da história um tanto mirabolante que havia contado anteriormente na tentativa de proteger Oto.

Então, Creusa preocupada com a afilhada, interveio mudando a direção da conversa:

— Brisa, tu não vai tomar café antes de ir?

Brisa se aproximou de Creusa com carinho e respondeu:

— Não, madrinha. O Uber que eu chamei já está chegando. Eu como alguma coisa no aeroporto. — Madrinha e afilhada deram um abraço de despedida. 

Brisa, então, se voltou para Helô, com a voz cheia de gratidão:

— Dona Helô, muito obrigada por ter me acolhido aqui em sua casa. 

 — De nada, você é sempre bem-vinda, Brisa. — Helô respondeu com gentileza.

Brisa sorriu para Helô, e antes de partir, ela deu um carinhoso beijo na testa de Creusa, pegou sua mala e começou a caminhar em direção à porta. Antes que Brisa pudesse atravessá-la, Helô acrescentou:

— Juízo, dona Brisa. Juízo...

Brisa respondeu com um sorriso ligeiramente desconcertado e, em seguida, partiu, deixando Helô e Creusa para trás naquele apartamento que, por algum tempo, havia sido seu refúgio.

Ela atravessou o corredor até o elevador e o aguardou pacientemente. Enquanto esperava, seu celular vibrou, indicando uma nova mensagem. Era Oto, informando que já havia chegado. Brisa leu a mensagem com um sorriso de alívio e uma pitada de ansiedade. Ela mal podia esperar para reencontrar o filho. Quando as portas do elevador se abriram, ela entrou rapidamente.

Finalmente, no térreo, caminhou em direção à portaria com passos apressados. Assim que pisou na calçada, seus olhos percorreram a rua, procurando ansiosamente por Oto. Em um momento, uma buzinada aguda ecoou no ar, chamando sua atenção. Brisa virou a cabeça na direção do som, e seus olhares se encontraram, e um sorriso caloroso iluminou o rosto de ambos.

Brisa, então caminhou até o carro, enquanto Oto saía do veículo. Eles se aproximaram, e um abraço apertado selou o reencontro. Oto gentilmente pegou a mala de Brisa e a colocou no porta-malas com cuidado. Juntos, eles entraram no carro, e Oto deu partida, iniciando o trajeto em direção ao aeroporto.

No entanto, na janela de seu apartamento, Helô observava discretamente a cena que se desenrolava na rua, com seu olhar perspicaz captando cada detalhe. 

Como será o amanhã? | BRISOTOOnde histórias criam vida. Descubra agora