Capítulo 4 - A foto

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Naquela mesma noite...

No tranquilo cenário noturno de Mandacaru, o show que encantou a cidade havia terminado. Brisa, envolta pela atmosfera pós show, tentava contatar Ari, mas sem sucesso. Sua expressão refletia uma mistura de frustração e preocupação. Enquanto ela se perdia em pensamentos, Tadeu, se aproxima silenciosamente. 

— Ligando para o Ari? - Tadeu quebra o silêncio, pegando Brisa de surpresa.

— Aí que susto, Tadeu! — Brisa reage com um sobressalto e um pequeno sorriso, aliviada ao perceber quem era. 

— Desculpa, não quis te assustar. 

— Respondendo tua pergunta: eu estou sim ligando para o Ari, mas ele não atende. Acho que já está dormindo.

— Deve mesmo, já está tarde. — Tadeu comenta, lançando um olhar reflexivo.

Brisa nota que Tadeu está agindo de maneira um pouco estranha. Ela percebe sua inquietação e não hesita em abordar o assunto.

— Aconteceu alguma coisa? Por que tu tá com essa cara? - ela pergunta.

Tadeu parece buscar a coragem para compartilhar algo. Há uma breve pausa, um momento carregado de hesitação, antes que ele finalmente decida falar.

— Brisa, eu... — ele começa, mas sua voz treme, revelando que o que ele tem a dizer pode ser complicado.

— Fale logo homem. O que foi? — Brisa se aproxima dele, olhando-o nos olhos com um olhar atento.

Tadeu hesita mais um instante, lutando para encontrar as palavras certas para expressar o que estava sentindo.

— Tu tá me deixando agoniada, fale logo. 

O clima de ansiedade cresce à medida que Brisa pressiona Tadeu para revelar o que estava perturbando sua mente. Brisa de repente para de falar, seus olhos se fecham e ela leva uma das mãos à boca, demonstrando sinais de mal-estar súbito. 

Está tudo bem, Brisa? O que aconteceu?  — Tadeu pergunta, preocupado, indo de encontro a ela e a segurando em seus braços.

— De repente me deu uma tontura, um enjoo. Tá tudo girando. — Ela responde com a voz fraca, sua pele perdendo a cor natural.

A tontura parece aumentar, levando Brisa a apoiar a cabeça em um ombro de Tadeu. Ele a segura com cuidado, demonstrando sua preocupação.

Após alguns minutos nessa posição, Brisa ergue a cabeça lentamente e abre os olhos, respirando fundo.

— Acho que passou. — Brisa sussurra, ainda fraca e desorientada

Tadeu sente a proximidade do rosto de Brisa, um momento que ele jamais imaginou experimentar. A mulher que ele secretamente ama estava ali em seus braços. O impulso toma conta dele e, antes que possa frear seus sentimentos, ele a beija. O beijo é breve, mas intenso, cheio de emoções reprimidas. No entanto, a reação de Brisa é imediata.  empurrando-o 

Ela recuou no mesmo instante, a surpresa estampada em seus olhos enquanto suas mãos delicadas pousaram no peito de Tadeu, empurrando-o com suavidade. Seu rosto refletia uma mistura de choque e perplexidade, enquanto tenta compreender o que aconteceu.

— Por que tu fez isso? — Ela questiona, ainda se sentindo meio atordoada pela tontura anterior.

— Desculpa! Desculpa! — Tadeu balbucia, visivelmente arrependido. Ele compreende a gravidade de suas ações, especialmente considerando o momento frágil pelo qual Brisa estava passando. 

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