Capítulo - 20 - No hospital

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Já era madrugada quando Oto, Brisa e Tonho deixaram o aeroporto e seguiram em direção ao hospital em um carro de aplicativo. No trajeto, a angústia e desespero aumentavam dentro do veículo a cada quilômetro percorrido. 

Tonho, encolhido no banco de trás, tremia incontrolavelmente. Seu rosto estava pálido e contorcido de dor, a febre havia atingido níveis alarmantes, e seu corpo parecia ferver de tão quente. Cada solavanco da estrada parecia torturá-lo ainda mais, enquanto Brisa, olhava para o rosto abatido do filho com olhos cheios de preocupação, sentindo seu coração apertar a cada gemido angustiante que escapava dos lábios pálidos de Tonho.  

Oto, sentado no banco do carona, observava a cena angustiante que se desenrolava no banco de trás através do espelho retrovisor, com uma expressão de preocupação evidente em seu rosto. 

A estrada até o hospital se estendia à frente deles, parecendo interminável. Brisa segurava a mão de Tonho com firmeza, tentando transmitir uma sensação de segurança, em meio à turbulência que os cercava, enquanto sussurrava para ele. 

— A gente já está chegando. — ela falava, com seus olhos fixos no rosto abatido do filho. As palavras de Brisa eram uma tentativa de acalmar o coração do filho e o seu próprio. 

A situação atingiu um ponto crítico quando, de repente, Tonho convulsionou. Brisa viu seu filho contorcendo-se em uma agonia inimaginável. Ela o segurou nos braços com força, enquanto lágrimas de desespero inundavam seus olhos. Seu coração parecia estar prestes a parar, e a sensação de impotência a envolvia, ao ver o sofrimento do pequeno Tonho. Cada espasmo parecia arrancar um pedaço de sua alma. 

Enquanto isso, Oto implorava ao motorista que acelerasse o veículo ao máximo possível, e o motorista, compreendendo a gravidade da situação, prontamente atendeu ao pedido de Oto. Com determinação, ele pressionou o acelerador ao limite, fazendo o carro avançar como uma flecha na escuridão.  

Ao chegar à entrada do hospital, Oto não esperou nem mesmo que o carro parasse por completo. Com um movimento rápido, ele saltou do veículo, abriu a porta de trás e pegou Tonho nos braços, ainda convulsionando, e correu em direção à entrada do pronto-socorro. Cada passo era uma corrida contra o tempo, e seu coração batia com desespero enquanto ele buscava a ajuda médica que o menino precisava.

Brisa, envolta na aflição e ansiedade, vinha correndo logo atrás de Oto. Seus olhos estavam cheios de lágrimas, e seu grito angustiado por ajuda ecoava pelo ambiente do pronto-socorro. 

— Alguém ajuda, por favor! Meu filho precisa de ajuda! — As palavras eram um apelo desesperado, de uma mãe que via seu filho em uma situação crítica.

Os enfermeiros que estavam de plantão reconheceram imediatamente a gravidade da situação, e correram para socorrer o garoto. Oto entregou Tonho nos braços de um deles, que o levou às pressas para a sala de emergência, e começaram a prestar os primeiros socorros.

Enquanto Tonho recebia cuidados imediatos, uma voz ecoou pelo sistema de som do hospital:

"Doutor Caique, por favor comparecer ao pronto-socorro imediatamente."

Minutos depois, um médico surgiu correndo pelo corredor em direção à sala de emergência. Ele rapidamente se aproximou de Tonho, que estava deitado sobre a maca, avaliando a situação e dando ordens claras à equipe médica que o cercava. 

Do lado de fora, Brisa e Oto observavam atentamente o que se desenrolava lá dentro, através da parede de vidro da sala. Cada segundo que passava parecia uma eternidade, enquanto a ansiedade de Brisa só aumentava. Ela chorava descontroladamente enquanto Oto a envolvia em um abraço acolhedor, sussurrando palavras de ânimo e esperança em seu ouvido.

Como será o amanhã? | BRISOTOOnde histórias criam vida. Descubra agora