Já passava das 2 da manhã quando Severo finalmente retornou à Hogwarts. Seu corpo inteiro doía, as múltiplas maldições Cruciatus fritando seus nervos, o fez sentir como se tivesse sido atingido por um raio várias vezes.
Ele se arrastou até seus aposentos, grato pelo fato dos estudantes estarem dormindo e não testemunhar seu fraco estado. Sabia que tinha de ir ver Alvo antes de poder cair em sua cama e tentar pegar pelo menos algumas horas de sono. Mas primeiro, estava na terrível necessidade de uma poção anti-cruciatus, uma de suas próprias invenções se fez necessária pelo passatempo favorito do Lorde das Trevas.
Após beber a poção e livrar-se de sua capa preta, Severo foi até a lareira. Suas mãos ainda tremiam quando ele alcançava o pó de flu.
"Severo!" O diretor, já vestido em uma camisola com um roupão roxo jogado por cima, esperava por ele em seu escritório. "Como foi? Está ferido?"
O mestre de poções saiu da lareira cuidadosamente, atento aos seus membros doloridos. "O Lorde das Trevas não estava satisfeito comigo." Respondeu Severo. "Ele me instruiu a voltar novamente às suas boas graças."
Alvo assentiu, satisfeito com o resultado. "E sua punição?" Ele inquiriu, embora já suspeitasse da resposta. Severo tem frequentemente voltado das convocações de Voldemort em dor.
"O mesmo." Respondeu o homem de cabelos pretos. "Eu merecia muito pior."
Ele rigidamente assentou-se perto da mesa do diretor, tendo certeza de não tocar as suas costas na cadeira.
Alvo considerou-o com uma expressão pensativa. "Há uma razão válida para ter tratado Harry de maneira tão dura?" Ele finalmente perguntou.
Encarando a parede mais distante com uma expressão em branco, Severo gentilmente balançou a cabeça. Quando ele falou, soou distante, suas emoções bem escondidas. "A amizade de Lily foi um dos mais preciosos, queridos bens por toda a minha infância. Ela era meu refúgio de um pai abusivo, de uma mãe que comecei a ressentir porque ela tinha os meios de nos proteger, porém permitia o abuso continuar. Lily me manteve são, só quando a perdi eu percebi o quão isso era verdade. Então havia Potter e o resto dos Marotos. Eles podiam se safar de qualquer coisa, pegadinhas, bullying, praticamente com assassinato e você só permitiu!"
Alvo tentou interrompê-lo mas Severo pressionou.
"Quando Lucio Malfoy me abordou com um convite do Lorde das Trevas, não pensei duas vezes antes de aceitá-lo. Ele parecia oferecer tudo que eu ansiava, respeito por minhas habilidades, poder, fama, aceitação..." Severo rigidamente virou sua cabeça para o diretor. "Então eu ouvi a profecia e cometi o pior erro da minha vida. Pintei um alvo na cabeça de Lily. Não importava que o Lorde das Trevas só queria a criança dela, eu sabia que Lily nunca renunciaria de seu bebê sem lutar. Esforcei-me para salvá-la de qualquer maneira que pude. Eu rastejei aos pés do Lorde das Trevas, implorando a ele que poupasse a vida de Lily por mim. Vim até você, arriscando ser mandado direto para Azkaban, apenas para que Lily pudesse ficar segura. Foi tudo em vão."
Os olhos do mestre de poções brilhou com uma repentina emoção. "Lily estava morta mas a criança sobreviveu. Sem o menino não haveria profecia e minha amiga estaria viva. Ainda, a criança também era parte da Lily, a menor parte dela que sobreviveu e eu jurei proteger. Mantive minha palavra mesmo o garoto sendo um Potter por completo. Uma miniatura do meu atormentador da infância estava mais uma vez correndo pelos corredores de Hogwarts, se livrando dos problemas assim como seu pai. Pode me culpar por ser amargo?"
"Harry não é o Tiago, Severo." Alvo olhou para o mais jovem, de cima dos seus óculos meia-lua. "Na verdade, você e Harry são mais parecidos do que pensa."
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TRUST (IN) ME || [PT-BR]
FanfictionNo início de seu sexto ano em Hogwarts, Harry Potter está determinado a se desculpar com Snape por invadir sua penseira e para pedir mais aulas de Oclumência. Ele não espera ser recebido de braços abertos, mas a reação de Snape é inesperadamente ext...