Capítulo 4

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Alvo viajou de flu direto para os aposentos de Poppy Pomfrey e dirigiu-se para a porta que conectava o escritório à ala hospitalar. Outra porta conduzia para o quarto pessoal da medibruxa, ela nunca ficava muito longe de seus pacientes.

A ala hospitalar, visto que era a primeira noite do novo ano escolar, tinha apenas um paciente.

Harry Potter deitava em sua cama 'habitual', a que ele frequentemente ocupava enquanto ali. Poppy se movimentava ao redor dele, configurando feitiços de monitoramento e alarmes. Minerva sentava-se em uma cadeira de visitas na extremidade da cama de Harry, esfregando seus olhos com um pequeno lenço xadrez de vez em quando.

"Como ele está, Poppy?" Alvo perguntou ao se aproximar.

A medibruxa olhou para cima e abaixou sua varinha. "Ele está estável por enquanto. O coloquei num coma curativo induzido magicamente que ajuda a manter o inchaço do seu cérebro ao mínimo. Espero que isso previna danos cerebrais avançados. Neste momento, é muito cedo para dizer se ou quanto mais dano já ocorreu." Ela explicou, seu tom estritamente profissional e sem emoção.

Alvo assentiu e silenciosamente rezou para todas as divindades por aí que Harry se recuperasse sem qualquer efeitos negativos. Ele se importava com o adolescente de cabelos bagunçados e se vivessem em um mundo diferente, iria alegremente ter o adotado como seu neto. Contudo, uma guerra se aproximava rapidamente e Alvo era nada mais que um mestre tático. Ele tinha que colocar seus sentimentos pessoais de lado e olhar para o mais importante. Ás vezes, sacrifícios devem ser feitos para o bem maior.

"Quanto tempo até você ter certeza?" Ele perguntou.

"Eu defini o coma curativo para quarenta e oito horas. Isso deve ser o suficiente para o inchaço diminuir. Além disso, teremos só que esperar e ver. Quanto mais cedo ele acordar depois disso, melhor suas chances de recuperação completa." Respondeu Poppy. "Felizmente, o crânio dele não foi fraturado ou ele poderia não ter sobrevivido. Também há o risco dele desenvolver pneumonia depois de ficar deitado naquele chão gelado por tanto tempo, embora o frio provavelmente tenha salvo sua vida, já que desacelerou o sangramento. Ele vai precisar de poções de reabastecimento de sangue continuamente."

Poppy olhou para Minerva, uma comunicação silenciosa passando entre elas. Finalmente, ela tornou para Alvo. "Severo está vindo? Tenho uma lista de poções que devem ser fabricadas o mais cedo possível."

O diretor aproximou-se da cama de hospital ocupada, suas vestes azul claras fluindo ao redor dele como um rio, ondulando com cada movimento. "Severo está indisponível no momento. Farei com que ele tenha a lista e que as poções estejam prontas amanhã." Ele respondeu, elevando sua mão para gentilmente afagar a cabeça de Harry.

Minerva franziu a testa. "Alvo, o que aconteceu hoje à noite? Severo fez... ele é responsável pelo ferimento de Potter?"

"Ainda é muito cedo para chegar numa conclusão deste assunto. Falarei com Harry quando ele acordar e então saberemos mais." O diretor falou suavemente como se para não perturbar o menino dormindo.

"Você acha que mais alguém pode estar envolvido? Algum estudante? O que Severo te disse?" Questionou Minerva com um olhar suspeito em seu rosto. Algo não estava certo, ela sentia. Bem, fora do fato que um de seus alunos favoritos estava deitado no hospital inconsciente. Ela sabia que Alvo tinha a tendência de ocultar coisas quando se adequava aos seus planos. Embora ela não conseguia compreender porquê ele iria querer para uma investigação deste infeliz incidente.

Alvo se virou e a olhou com pesarosos olhos. "Neste momento, não posso dizer nada. Severo teve de comparecer á um assunto urgente, mas assim que retornar falarei com ele. Eu sugiro nos retiramos para a noite, as aulas começam bem cedo afinal. Vou me dirigir aos alunos pela manhã e informá-los que Harry teve um acidente. Minerva, talvez você deva falar com a Srta. Granger e o Sr. Weasley antes deles descerem para o café da manhã, eles podem querer visitá-lo antes de suas aulas."

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