Harry estava encarando o medalhão estranho, imaginando porque uma aparição fantasmagórica o chamaria de irmão quando ele de repente foi pressionada contra um peito duro. Severo gritou e num mero segundo depois um caos completo estourou.
Os sofás explodiram, penas e almofadas voavam em todas as direções, a janelas quebraram, banhando a sala com vidros quebrados e o fogo da lareira acendeu tanto que queimou parte da mesa de café.
O tempo todo, Severo o segurava bem forte, curvado sobre Harry para protegê-lo com seu próprio corpo. Confuso, Harry espiou por debaixo do braço de Severo para o diretor. O velho bruxo estava parado no outro lado da sala, a varinha na mão e um feitiço de proteção ao redor dele.
O caos terminou repentinamente assim como começou.
Suspirando suavemente, Dumbledore cancelou o feitiço de proteção, agitando sua varinha em um movimento complexo para reparar a sala destruída.
Ao terminar, ele falou numa voz calmante. "Severo, essa foi uma bela exibição. Eu não acreditava que você ainda fosse capaz de magia acidental, meu rapaz."
Severo afrouxou levemente seu aperto em Harry, olhando para o diretor. "É verdade?" Ele perguntou num tom doloroso.
Harry olhou para ele confuso. Ele tinha a sensação de que perdeu alguma coisa, especialmente quando Severo e o diretor parecian estar tendo uma conversa silenciosa pelos olhos.
"Temo que sim." Finalmente o diretor respondeu.
Severo fez um som estrangulado, enterrando o rosto no cabelo de Harry. Harry não sabia o que estava acontecendo, mas ele não gostava nada.
Ele se virou para olhar para Dumbledore. "Humm, senhor? O que acabou de acontecer?"
Dumbledore moveu-se em direção à poltrona reparada, acenando com a mão. "Talvez devamos sentar e eu irei explicar tudo desde o começo. Acredito que seja a hora de ambos saberem toda a verdade."
Severo levou-os sem uma palavra, guiando Harry para um dos sofás. Sentando juntos, Severo deixou seu braço esquerdo firmemente em torno dos ombros de Harry. Harry não se importava, embora se perguntasse o que o diretor pensava sobre sua proximidade repentina.
"Como vocês dois sabem, Voldemort criou várias relíquias obscuras e as imbuiu com sua própria magia." As palavras de Dumbledore tiraram Harry de seus pensamentos. "Essas relíquias são os meios de preservar a sua imortalidade. Em outras palavras, enquanto elas existirem ele não pode morrer."
"É isso o que o medalhão era?" Harry perguntou com curiosidade.
Dumbledore assentiu. "De fato, meu garoto. Eu tenho procurado por esse objetos desde que suspeitei da existência deles. Eu não estava convencido de que Voldemort havia os criado até você me trazer o diário de Tom Riddle, Harry. O diário foi a primeira relíquia que ele encantou, sua primeira Horcrux."
"Uma Horcrux?" Harry olhou de soslaio para Severo mas o mestre de poções não parecia saber o que uma Horcrux era mais do que Harry.
Olhando intensamente para o diretor, Severo perguntou. "Como exatamente essas relíquias permitem ao Lorde das Trevas manter sua imortalidade? O que elas são?"
Harry podia sentir o quão tenso Severo estava, sentando-se ao lado dele. Nos últimos meses, ele aprendeu a reconhecer muitas das emoções do mestre de poções mas ele nunca o havia visto tão... preocupado, Harry finalmente decidiu que essa era a palavra correta.
"Uma Horcrux é um objeto no qual uma pessoa esconde parte de sua alma após dividi-la. Essa parte então é escondida em segurança e mesmo se a pessoa for atacada e destruída, ela não pode morrer, por parte de sua alma permanecer presa à terra e intacta." Explicou o diretor com uma expressão séria no rosto.
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TRUST (IN) ME || [PT-BR]
FanfictionNo início de seu sexto ano em Hogwarts, Harry Potter está determinado a se desculpar com Snape por invadir sua penseira e para pedir mais aulas de Oclumência. Ele não espera ser recebido de braços abertos, mas a reação de Snape é inesperadamente ext...