Capítulo três

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  ANYA SPROUTS

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  ANYA SPROUTS

  Saio de casa e peço ao meu motorista me levar na festa que o meu marido foi.
Erick faz como mandei.

  Desde que meu marido o colocou como meu segurança e motorista particular, Erick se transformou em um amigo, quase irmão mais velho, e ele faz tudo o que peço. Até vigiar o meu marido de piranhas manipuladoras.

   Ele pode até não agir, mas Joseph ainda é meu marido, e vai continuar sendo. Isso até eu me cansar de toda a sua merda.

  — Senhora Sprouts, permita-me dizer que está sensacional essa noite! — Erick me ajuda a entrar, e eu o olho pelo espelho do carro quando ele se senta no banco do motorista.

  — Agradeço. E se eu não soubesse que está tão bem casado, e sou amiga de Kelvin, quase acreditaria no seu flerte, seu pervertido! — falo e ambos rimos.

  — Fico feliz de ouvir sua risada, Any. — diz, e meus olhos lacrimejam, fazia tanto tempo que não sabia o que era rir. Estava tão presa dentro de casa e dos meus conflitos internos, que não me reconhecia mais.

   — Eu também, amigo. Eu também. — falo nostálgica. E me lembro… — Cuidado com o que diz, Erick, você sabe que Joseph é ciumento, e só ele me chama de Any, ele diz que…

  — "Não devo chamar sua mulher pelo apelido, devo chamá-la de Senhora Sprouts" — ele completa.

  Rimos ainda mais. E fecho os olhos, cheia de nostalgia e pensamentos de amor. Joseph consegue ser muito ciumento quando quer.

Me lembro que no dia que Erick me chamou de "Any", algo que eu considero tão simples e sem importância, Joseph me pegou com força e me lembrou quem era o único homem que me chamaria assim. Céus! Se eu estivesse de calcinha, teria estragado-a.

Chegamos ao evento, e fico momentaneamente tímida. Será que fiz certo em vir aqui?

  Tem um tapete vermelho. Sou casada, mas meu marido não me convidou, e eu tenho certeza que meu nome está no convite, mas... Quantas mulheres casadas não andaram sozinha no tapete vermelho? Oras, eu não sou a única!

  Erick me ajuda a sair do carro.

  — A senhora quer que eu lhe acompanhe até a entrada, Anya? — diz. O contraste de suas palavras me fazem rir, e é capturado pelos flashs.

  — Não, obrigada. Preciso fazer isso sozinha, Erick.

   — Sempre que precisar.

  Vou em direção a entrada sendo tão fotografada que nem imagino como me sairei em todas essas fotos. Parece um retorno digno para mim. Retorno esse comprovado quando entro no grande salão de festa, e vejo todos virarem em minha direção.

   Suas expressões são de surpresa.

Homens me olham com desejo e gula, mulheres me encaram com ódio disfarçado de boa educação, e algumas até me olham com desejo em suas faces. Todos encaram demais as fendas do vestido. Tanto dos seios quanto das pernas. Fenda essa que quase chega ao meu quadril.

  Vejo o meu marido conversar com uma loira, e arqueio a sobrancelha. Então é você a vagabunda que quer se tornar a senhora Sprouts? Só em outra vida, vadia.

   Eu não enfrentei o mundo por esse homem, para ele me trocar por outra. Ah, mas não mesmo! Desço as escadas decidida!

Vou em sua direção, e quando quase chego no final dos degraus, Joseph me olha, e eu vejo o mesmo brilho que ele me olhou na primeira vez que nos vimos.

  Será que é tarde demais?

  Eu espero que não, pois ainda o amo tanto, e não vejo minha vida sem ele, mas se por um acaso ele estiver mesmo me traindo, eu não me submeterei a esse tipo de nojeira.

  Ou quer, ou não quer, simples.

Joseph pede licença a todos, e vem em minha direção, mas antes de chegar, Toby Keith aparece em minha frente e me pega pela mão.  Mas que diabos? Ele não era amigo do meu marido?

  — Se me permite dizer, a senhorita está encantadora, Anya. A mais linda de todas!

   — Sempre tão galant… — sou interrompida por uma voz forte e furiosa.

— Pode me explicar que porra é essa, Toby? Senhorita é o caralho! É senhora! Senhora Sprouts, minha senhora Sprouts! — Joseph aparenta estar furioso. Ele nunca agiu assim com o seu amigo!

  Será que é ciúmes? Me animo.

  — Ahn, eu vou… — meu marido pega a minha mão, e com o outro braço, agarra a minha cintura. Ele consegue ser tão gostoso quando está com ciúmes de mim, tolinho…. Mal sabe que só tenho olhos para ele.

   — Você vai comigo! Vamos, amor. — diz e sai me levando para onde eu imagino ser a nossa mesa. Não acredito que ele vai me fazer sentar com aquela surucucu de barranco!

   Fico corada, mas é de tamanho ódio. Mas não me passa despercebido o apelido carinhoso, esse que a anos não vejo ele falar. Só quando estamos fazendo sexo, e isso quando ele fala.

  — Any, amor, por que você está tão provocadora? Quer me matar? — ele suspira no meu ouvido, mas sinto sua ereção na minha bunda, parece que quando ele viu o decote das minhas costas, ficou louco, e está ficando atrás de mim enquanto andamos.

  — Eu não fiz nada! — digo, pagando de inocente, morro mas não falo que tudo foi premeditado! Queria exatamente essa reação dele, mas dessa vez, eu não faria sexo com ele. Ou talvez sim…

   Chegamos até a mesa e vejo a loira oxigenada. Mas espera... meu Deus, estou falando dela sendo que sou loira também! O mico.

  — Com licença, lhes apresento a minha esposa, Anya Sprouts, esses são Geremy e Graça Williams, e a Dora, sua filha e minha secretária. — Joseph faz as devidas apresentações e gelo. Esse espírito invertido é sua secretária? Eles se vêem todos os dias! Meu Deus, será que ela é o motivo dele chegar tarde em casa?

  Minha cabeça parece que vai explodir! Não acredito que ela seja a responsável pelo fim do meu casamento. Me recuso a acreditar que ele irá me trocar por ela.

  Cumprimento todos, como manda a etiqueta, mas quando a cobrinha chega perto de mim, eu a ignoro. Não sou obrigada a nada, fofa.

  Ela olha para Joseph, mas ele está muito ocupado me admirando, olhando o meu decote. Ele puxa a cadeira para mim, eu me sento, e sou surpreendida quando ele coloca sua cadeira muito mais perto da minha e coloca sua mão fica sobre a minha coxa nua. A fenda do vestido se abre ainda mais quando sento e ando.

   O evento passa sem grandes ocorrências. Isso até Toby se aproximar da mesa e fazer um convite inesperado…

  — Me concede uma dança, senhora Sprouts? — diz, e me vejo sem alternativa. Quando me movimentar para me levantar, meu marido fala.

— Não, ela não concede dança nenhuma com você. Todas as suas danças são minhas. — então vejo o meu marido, calmo e pacifista, dar um murro na cara de Toby, que cai no chão já desmaiado.

  Céus, o que eu fiz?

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