Capítulo cinco

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JOSEPH SPROUTS

    Porra, essa mulher ainda me mataria. Ela me tinha em suas mãos e me controlava em seu dedo mindinho.

   Anya era o meu mundo e parecia que nem tinha noção disso.

  No dia que me esbarrei nela, e derramei café na sua roupa, quase morri de preocupação. Só o pensamento de machucar ela, mesmo que seja por um acidente…   Seus cabelos loiros claros estão esparramados no meu ombro, local que ela adora dormir, tocar, morder, beijar…

  Quando ela me disse sua tara por braços e ombros, aumentei até o peso da academia, para definir ainda mais.

  Minha linda parece estar exausta. Ontem tivemos uma noite quente e hoje na festa, foi mais quente ainda. Saí da cama para não a incomodar pela parte da manhã, mas parece que ela decidiu me fazer uma surpresa. E que surpresa mais deliciosa.

  Quando a vi chegando na festa, toda perfeita com seu vestido favorito, decotado na frente e atrás, com fendas que faziam qualquer desavisado se apaixonar. Me vi mais louco por ela.

  Seu penteado, sua maquiagem, e a forma encantadora que entrou, me nocautearam. Seus olhos castanhos esverdeados não se desviaram de mim, nem por um segundo.

  E quando aquele babaca do Toby, o mesmo que eu chamava de amigo, se aproximou dela, como se fosse alguma coisa da minha mulher, o ciúmes me deixou cego e me fez perceber o quanto sou dependente dela.

   Os últimos tempos foram difíceis, meu sonho de ser pai, acabou deixando Any neurótica. Quanto mais tentávamos ter um filho, mas triste ela ficava quando não dava certo. Toda vez que sua menstruação descia, eram lágrimas em cima de lágrimas. Até chegar o momento que a situação ficou insustentável, e ficar no mesmo local que ela, vendo sua dor por não conseguir dá um bebê, me fazia ficar ainda mais mal, e sumia para não descontar minhas frustrações nela.

  Minha vida não tinha culpa.

   Cogitei adotar uma criança com ela. E foi então que ela teve seu primeiro surto. Fiquei desesperado com sua reação, não esperava que isso a deixaria tão arrasada.
E então, passei a evitar ficar em casa, quando ficávamos juntos, parecia forçado, como se ela fizesse apenas com a finalidade de ter um bebê nosso.

  Na noite passada, e hoje, me senti o mesmo homem que era há sete anos atrás, como se fosse nossa primeira vez. Nossos corpos se encaixaram como um… E ela estava tão linda me dominando e mostrando que era ela quem realmente mandava.

   A dona do meu coração, juízo, meus bens e vida.

  Mesmo com todos os nossos problemas, eu sabia que era só ela mandar, que eu faria todas as suas vontades. Minha menina sofreu a vida toda, sendo negligenciada pelos pais, e sem ter parentes próximos ou amigos para a ajudarem em momentos tão difíceis da sua vida.

  Desde o dia em que a vi, sabia que ela seria a rainha do meu império. E foi difícil conquistar o seu coração, parecia que tinha uma muralha em volta.

  Na primeira vez que eu tentei beijá-la…. Levei um tapa forte na cara, e quase fui preso, pois quem estava em volta achou que eu estava a forçando.

  Como eu iria imaginar que era dez anos mais velho? E que seria o primeiro cara a beijá-la de verdade?

  Fui entrando na sua vida aos poucos, aproveitando as poucas brechas que ela dava, e quando eu descobri que ela trabalhava na minha empresa… Há, aquele foi um dia feliz!

  Eu a surpreendi com o seu café preferido e seu doce favorito. Donuts. Até hoje a vendedora sorria quando me via entrar na loja. Ela sabe que eu não levo menos que seis caixas de donuts quando vou na cafeteria preferida da minha esposa.

  Sete anos se passaram, e os olhos de Anya ainda brilham quando vêem donuts. E toda vez que a vejo, meus olhos brilham para ela.

  Fico acariciando seus cabelos, observando o quanto ela está jogada em cima de mim. Demorou, mas consegui a sua confiança, e principalmente: seu amor.

   Ela abre os olhos, e eu me perco nas suas íris claras. Beijo sua boca, e suspiro. Não consigo ficar longe dela, mas precisamos conversar. Eu só espero que essa conversa não nos afaste, eu não aguentaria ficar longe dela.

  — Oi, meu amor! — ela diz e esconde seu rosto no meu pescoço, segundo ela, é o seu cantinho preferido.

  — Oi, linda. Descansou?

— Eu dormi né? — pergunta e eu concordo, nunca tinha sido tão intenso. Nos entregamos de corpo e alma.

  — Sim, e parece que ficamos fora da festa por umas duas horas…

  — Tudo isso? — resmunga e se aconchega mais em mim.

  — Hum rum… — eu sabia o que ela estava fazendo: me distraindo para que não conversássemos. Mas algumas coisas precisavam ser esclarecidas. Por isso a tiro do meu pescoço e a encaro. Ela fecha os olhos.

  — Abre os olhos para mim, amor. Você sabe que eu amo…  — É a sua parte preferida em mim! — diz, e nego.

— Minha parte preferida é essa aqui…— coloco minha mão na sua boceta, Anya ofega.

— Seu pervertido! Achei que os ingleses tinham fama de cavalheiros, mas são todos uns safados! — ela arregala os olhos, e eu não consigo evitar rir da sua expressão.

  Quando Anya soube que eu era inglês, ela ficou enlouquecida, e me fez falar um monte de palavras que deixavam mais em evidência o meu sotaque, na cabecinha dela, todos os ingleses eram uns perfeitos cavalheiros, e quando ficamos… ela percebeu que não era bem assim.

   — Amor… O que está acontecendo?

  E então, Anya começa a chorar na minha frente, como nunca tinha chorado antes. E eu choro junto, pois não consigo olhar para ela e vê a sua dor. Isso me destrói tanto.

  — Eu não aguento mais! Eu queria tanto te dar um filho, Joy. Você é tudo para mim! Me deu tanto, e eu não consigo te dar o que você tanto sonha! Eu sou um monstro! E o pior, eu desisti, porque não estava mais me sentindo bem. Me desculpa por ser tão egoísta e só pensar em mim! Me perdoa! — ela joga de uma vez, e soluça forte.

  No que eu transformei esse casamento? Será que em algum momento eu me deixei cegar por essa vontade de ter um filho?
  — Anya, eu não quero que você se sinta mal, amor. Eu não vou mentir e dizer que não quero um filho. Mas antes de tudo, eu quero você! O seu bem… eu quero vê você feliz e realizada ao meu lado. E se ainda não aconteceu de termos um filho, tudo bem. Eu tenho você e isso me basta. Na verdade, isso é tudo para mim! Eu te amo tanto, amor, tanto…. Se você soubesse o que eu faria por você! — digo as palavras que queria falar desde que esse conflito aconteceu, mas não conseguia.

  Ela me olha emocionada, será que terei seu perdão? Ou ela vai me falar que não aguenta mais, e a nossa noite de amor foi uma despedida?

  A beijo, pois pode ser o nosso último beijo… então a beijo com tudo de mim.

   E com um olhar ela me responde…

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Gostaram? Trouxe um pouquinho do nosso Joseph, espero que vocês se apaixonem por ele, o tanto que eu fiquei apaixonada...

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