🔥Capítulo 2🔥

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ATENÇÃO.
🔥 -  este capítulo contém menção a drogas.

🔥 - Menção a suicídio.

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O vento soprava quente e a brisa fresca do mar naquela noite não era capaz de esfriar o calor que emanava daquele local. O cheiro de cigarro, vodka no tapete velho e barato, se misturava ao cheiro forte de cerveja quente e suor. O ar dentro daquele pub era sufocante e mesmo assim ele continuava lotado.

A música tocava alto e as pessoas dançavam conforme a batida, o gole de vodka pura e gelada nunca foi tão saboroso quanto aquele gole naquele momento. Hoseok pensou.

O corpo em movimento dançava para esquecer os problemas e ideias malucas. O corpo se mexia com animação e determinação a fazer daquela noite a sua última noite na terra. Foda-se se haveria um caminho depois, ele não se importava.

O corpo bêbado, cheio de substancias que ele já nem lembrava mais o que eram, balançava já com a visão turva e desfocada. As pupilas dos olhos estavam extremamente dilatadas. Ele não se importava, estava entregue a desgraça.

Asmodeus encarava aquela alma perdida, era aquela maldita alma que gritava por ele havia trinta e poucos anos, o demônio salivou por aquela alma, um suicida e como ele era um gostoso, poderia foder com ele no inferno antes de destruir a sua alma.

Asmodeus tinha o jogo como ganho, ele sabia que Hoseok cometeria suicídio aquela noite, e aquela alma o atraía como nenhuma outra nunca o atraiu ainda que suicida, ela tinha um fio de luz intrigante. Ao mesmo tempo que queria ser eliminada, aquele brilho estranho brilhava em uma intensidade quase sufocante.

O sorriso em seus lábios brotou quando Asmodeus observava que aquela seria a alma que ele terminaria de enlouquecer, analisava o humano passando o dedo nos lábios fino, notava a aura intrigante e a forma como o humano se movia com a batida na música e o copo na mão, o cigarro entre os dedos enquanto ele tragava aquilo admirado e perplexo pelo humano que encontrou. Asmodeus sentiu um desejo incontrolável em tocar aquele humano.

Hoseok se dirigiu ao bar, parando ao lado de Asmodeus ele pediu mais uma dose. Jogou seu último saquinho de cocaína e comprimidos triturados e bebeu em um só gole.

Asmodeus percebeu que aquele cara não iria durar até o final da noite. Logo Jungkook apareceria ali para ceifar a pobre alma.

O demônio da luxúria terminou o whisky do seu copo dando uma última tragada em seu cigarro, observou o homem de longe quando o efeito das substâncias estavam quase o levando para o precipício. Ele não moveu sequer um dedo para salva-lo, apenas o mantinha no olhar como uma presa sendo caçada.

Seguiu Hoseok que cambaleava pelas ruas, se segurando pelas paredes, o humano soltou uma gargalhada estranha o que intrigou Asmodeus. A gargalhada estava carregada de ódio, frustração, uma pontada de medo e carregada de insanidade.

Logo veio o vômito, o jato saia com força, certamente fazendo doer por onde passava, a visão era deplorável, constrangedora e até digna de pena. Asmodeus pensou se uma overdose por excesso de drogas seria considerada um suicídio pelo qual ele lutaria. Aquela não era hora de ter pena. Hoseok limpou a boca encarando o liquido viscoso que saiu dela, os olhos se fecharam e o corpo caiu para o lado com tudo fazendo um eco terrível. Mas ele estava na presença de um demônio, aquela cena não assustou nenhum um pouco a Asmodeus.

Ele pensou que encontraria com o ceifador Jungkook naquele momento, mas ninguém apareceu, o brilho naquela alma continuava piscando e estava quase ofuscando seus olhos. Quando uma figura celestial apareceu ali emburrado andando até o corpo inerte no chão, pegando e jogando o braço do moribundo sobre seus ombros.

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