Efêmero

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                                     18/11/22

Eu, há muito tempo, perdi minha fé
o desfecho daquele vento foi apático
ardendo em dor, me aproximando do desfiladeiro
mesmo doendo, havia pétalas a serem contadas.

Era uma rosa morrendo, regando um girassol morto
dessa forma, entendi, não se rega o que não vive
do mesmo modo, atirar fósforos em querosene ruim
não ascende, não aquece, é indiferente.

A culpa foi mútua, de ambos os lados
você tinha motivos que me desabaram
e eu, fui apenas algo dispensável
deveria ter notado, o silêncio é só comigo.

Tenho para mim que esse fim doeu mais
um ano ao seu lado virou uma memória de angústia
eu prefiro viver uma verdade do que morrer
acreditando cegamente que não éramos efêmeros.

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