Àquelas cartas de inverno

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                                                            05/07/23
 

Achava que o ar era doce como morangos
mas na verdade, era poluído e sôfrego
eu lembro, sentei sob grama e folhas
pensando sobre idealizações estúpidas
amores, sentimentos e emoções tolas.
 

Havia algum feitiço naquele seu olhar
porque o céu com neve fora contaminado
com sorrisos e risos antes bonitos
agora, vejo serem azedos e maléficos
que azar, viver contigo não foi benéfico.
 

Eu abrira as portas do meu castelo
para você incendiá-lo logo na entrada
uma brasa que nem a neve pôde sugar
meus pêsames, antigo eu...
seus sonhos eram pesadelos mascarados.
 

Por uns meses, lembro-me muito bem
de encarar a janela, até achar algo bom
alguém que eu julgava ser bom, na verdade
aqueles cabelos vermelhos, olhos secos
sumiram para sempre, felizmente.

Eventualmente, o bordô virou preto fosco
e qual a próxima cor? Não me importo
mais atento aos infortúnios da vida
eu pairo a antigas cartas de in

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